sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lorwyn

Lorwyn é um mundo idílico de contos de fada, onde raças de fábulas florescem num perpétuo verão. O plano é coberto de densas florestas, rios serpenteantes e prados acariciados pelo vento. O sol jamais chega a aprofundar-se no horizonte, e o inverno é totalmente desconhecido.

Mas isso não quer dizer que não haja conflitos em Lorwyn. Suas raças também têm suas brigas e discussões, algumas isoladas, outras já antigas. Lorwyn é um dos poucos planos sem humanos, mas existem muitas outras raças para preencher essa lacuna. Na remota cidade de Burrenton, por exemplo, os pequenos kithkins enfrentam a invasão da comunidade vizinha dos flamíneos. Os flamíneos provavelmente são a raça menos à vontade em Lorwyn. Seu fogo natural é visto como uma ameaça pelos outros, que são receosos quanto a sua natureza impulsiva e seu temperamento explosivo.

No distante Vale de Porringer, gangues de papões escondem-se nos bosques dos ents para criar confusão e roubar "souvenirs" dos passantes. Os papões são ávidos por sensações, sempre em busca de novos sabores, cheiros e experiências. Cada vilarejo papão visita o outro durante os "banquetes de solapé", uma ocasião para compartilhar as experiências acumuladas por outros vilarejos.

Conforme essas disputas continuam, os sirenídeos, os tritões dos rios de Lorwyn, atuam como diplomatas, mensageiros e comerciantes para as outras raças. Eles usam os canais e poços subterrâneos como meios de comunicação, e como os sirenídeos são inteligentes e gentis, geralmente conseguem levar a melhor nas negociações.

E do mesmo modo que os sirenídeos são os comerciantes de Lorwyn, os gigantes são seus árbitros e conselheiros. Os gigantes iconoclastas e territoriais vagam livremente por Lorwyn, detendo-se apenas de vez em quando para se ocupar dos problemas e reclamações do povo pequeno. Durante o restante do tempo, estão dormindo ou brigando entre si.

Porém, dentre todos os habitantes de Lorwyn, os elfos são os mais queridos e mais temidos. Num mundo de natureza imaculada e florestas exuberantes, os elfos acreditam ser os paradigmas da beleza natural. Os sinais da supremacia élfica estão por toda parte neste mundo, desde seus palácios de florestas douradas à sua impiedade com relação às outras raças "inferiores". Apesar do domínio élfico, o povo de Lorwyn vive de sua comunidade e de suas tradições, e provavelmente da ajuda de algum poder invisível.

As fadas estão por toda parte em Lorwyn, como abelhas coletando pólen. Embora essas criaturinhas caprichosas e travessas pareçam ser imprevisíveis, elas são todas orientadas pelos desejos de Oona, a rainha das fadas (Oona, Queen of the Fae). Dizem que é a magia de Oona que mantém Lorwyn em seu eterno verão, mas poucos chegaram a vê-la. Seu trono, o Vale de Elendra, é um lugar meio mítico que poucos, além das fadinas, já viram.

Lorwyn é antiga e verdejante, seus processos naturais arraigados em ciclos familiares. Por exemplo, a cada ano, por inúmeras décadas, na cidade kithkin de Kinsbaile, acontece o Festival de Contos, um encontro para contar histórias e divertir-se antes do fenômeno da Aurora, um espetáculo anual de luzes no céu poente. Mas algumas auroras duram mais que outras. Num longo ciclo que somente a rainha das fadas, Oona, é capaz de compreender, uma aurora pode causar uma transformação total do plano de Lorwyn. Após esse fenômeno, o que resta do plano passa a se chamar Pântano Sombrio, um mundo de sombras eternas.

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