quarta-feira, 24 de março de 2010

O Lendário Nicol Bolas


Planinauta. Dragão Ancião. Tiranos de Mundos. Nicol Bolas é um dos seres mais antigos do Multiverso, com vários milênios de vida. Sua malevolência é tão imensa quanto sua inteligência ilimitada.
 
Milhares de anos antes da Guerra dos Irmãos, os Dragões haviam travado uma grande batalha, denominada Guerra dos Dragões Ancestrais. Nicol Bolas, junto com seus irmãos Arcades Sabboth, Chromium Rhuell e Palladia-Mors e seu primo Vaevictis Asmadi, saíram vitoriosos do conflito e Nicol Bolas ascendeu como o primeiro planinauta de Dominária.

Alguns milhares de anos depois, Nicol Bolas batalhou contra um leviatã demoníaco, cujo confronto durou uma semana e teve consequências catastróficas, pois reduziu seu reinado sobre a ilha de Madara a um terço de seu território original, além de criar a primeira Fenda Temporal. Bolas usou sua poderosa magia para vencer o duelo e, depois disso, o dragão comeu o corpo do adversário durante um ano inteiro, absorvendo os poderes do leviatã neste processo. Quando terminou, os restos do gigantesco oponente se tornaram o que seria conhecido como os Portões de Talon, os quais o dragão encara como um troféu de sua vitória na primeira batalha entre planinautas da história, retornando freqüentemente à Madara para relembrar e celebrar esse acontecimento.

Posteriormente, ainda na ilha, Nicol Bolas entitulou-se como "governante divino" e construiu seu Templo Imperial no ponto de intersecção de três linhas de mana (Azul, Preto e Vermelho), o qual era destinado a ser um lugar onde os representantes de toda Madara poderiam ter o priviégio de conhecer pessoalmente seu soberano.

Infelizmente, Nicol Bolas criou seu próprio pior inimigo, na forma de seu campeão imperial, Tetsuo Umezawa. O Dragão Ancião reinou por 400 anos, quando foi atacado por Tetsuo, desgostoso com o a tirania de seu mestre. Tetsuo destruiu o Templo Imperial, fazendo com que os destroços aniquilassem o principal regimento do exército de Nicol Bolas e restringindo seus planos de conquista à outros territórios. Como parte de seu estratagema, Tetsuo fugiu para um bolsão dimensional que ele havia descoberto acidentalmente tempos atrás, entitulado por ele mesmo como Plano de Meditação, e que fora usado para que treinasse seus poderes mágicos sem o conhecimento de seu mestre. Imerso em raiva, Nicol Bolas seguiu o rastro de Tetsuo e também adentrou neste plano. Porém, esta era a estratégia de Tetsuo e o dragão feito exatamente o que ele previra. Assim, uma armadilha mágica atingiu o Nicol Bolas durante a transição entre os dois planos, desabilitando seu poder de planinauta temporariamente e criando a vantagem necessária para que Tetsuo o derrotasse em combate e destruísse o corpo físico de Nicol Bolas. 
 
No entanto, assim como Tetsuo e talvez nem o próprio dragão ancestral não soubessem até aquele momento, um planinauta só pode ser completamente derrotado se sua centelha, a fonte de todo seu poder, for extinguida. Dessa forma, um resto fantasgórico do poder de Nicol Bolas permaneceu na fenda temporal da costa de Madara, possibilitando que ele mantivesse contato com seus seguidores em Dominária enquanto seu corpo físico jazia falecido no Plano de Meditação.

Durante muito tempo, o planinauta-dragão aguardou em seu estado de etéreo, até que ele sentiu a presença de Teferi, que havia se perdido em uma outra fenda temporal e aproveitou-se que o feiticeiro estava separado de seus companheiros para lubridiá-los. Dessa forma, Nicol Bolas usou a centelha até então latente de Venser para canalizar a energia necessária para o seu plano de ressurreição física e retorno à Madara, o qual ele executou magistralmente, inclusive derrotando posteriormente o próprio Teferi. Por fim, o dragão ancestral partiu de Dominaria para Kamigawa, jurando uma terrível vingança contra a linhagem dos Umezawa e a qualquer um que algum dia tenha ajudado ou tido alguma ligação com eles.

Mais tarde, Bolas retornou mais uma vez para Madara, onde foi emboscado pelo planinauta Leshrac que queria batalhar contra o ele. Tratou-se de uma batalha épica, da qual a vitória pertenceu ao dragão e que resultou no aprisionamento de Leshrac na máscara do Myojin do Alcanse Noturno e no uso da centelha de seu inimigo para fechar o portal de Madara.
 
Nicol Bolas sobreviveu também à Emenda, o evento que restaurou o Multiverso e mudou a natureza da centelha, custando a vida de vários planinautas. O planinauta-dragão deixou Dominária enquanto despedaçada, antes da Emenda, pois acreditava que não podia ser resgatada. "Preparei um lugar apropriado que me abrigasse caso necessário", disse ele antes de partir através dos Portões de Talon, acreditando que Teferi e seus companheiros não iriam conseguir evitar um colapso no Multiverso. Mas, ao contrário do que ele previa, a catástrofere das Fendas Temporais foi contida, embora tenha alterado a natureza da centelha dos planinautas. Dessa forma, como a maioria dos planinautas antigos que sobreviveram a este evento, Bolas perdeu uma porção significativa de seu poder.
 
Antes da Emenda, os planinautas eram metamorfos que nunca envelheciam, cujo poder era limitado apenas por sua experiência e conhecimento. Bolas viu esse poder quase divino ser arrancado de suas mãos, portanto fará tudo que puder para recuperá-lo. Mas isso vai exigir inúmeras estratégias e manobras, mesmo sendo ele o mais antigo e poderoso planinauta de todos. Para Nicol Bolas, todo o poder no Multiverso ainda não é suficiente.
 
Porém, Bolas talvez tenha acertado mais do que pensava em suas previsões. Seu "lugar apropriado" eram um dos cinco fragmentos de Alara, os quais Bolas vinha observando com atenção por décadas. Há tempos ele passou a recrutar agentes nos fragmentos — indivíduos, e até mesmo grupos inteiros, que executariam seu plano em segredo. Esses agentes têm espalhado as sementes da discórdia de modo sutil e oculto em cada fragmento, criando assim caos e conflito. Por quê? Apenas Nicol Bolas sabe a verdade: os fragmentos de Alara estão em convergência e formarão um único plano (fenônemo chamado de Confluência). E quando essa convergência se concretizar, Bolas espera ver uma guerra planar total por razões que só ele conhece.

Após estabelecer sua morada no fragmento de Grixis e se preparar para o momento em que ele iria usar a Confluência para recuperar seus antigos poderes. Dentre algumas de suas manipulações, destacaram-se: a ordem do Olho Celestial e Gwafa Hazid, fazendo-os disseminar a xenofobia e a desordem nas fronteiras das nações de Bant; Os Caçadores de Carmot, usados para espalhar a preocupação na população do fragmento com relação aos quase esgotados suprimentos de Etheriun e criar uma fervorosa procura por uma pedra de outro mundo chamada Carmot – revelado posteriormente que o Carmot e os cristais Sangrite de Jund são a mesma pedra; Malfegor, que seria usado para reunir e liderar o imenso exército de mortos-vivos, preparando suas hordas de zumbís para invadir os outros fragmentos e destruir qualquer oposição que pudesse aparecer; Rakka Mar, utilizada para incentivar as tribos guerreiras a buscarem por maiores “caçadas da vida”, que acabavam por extinguir muitas delas; Agentes em Naya responsáveis por matar o irmão de Ajani, estimulando cismas filosóficas dentro do império Nacatl. Bolas também ionfluênciou Marisi em sua revolda dos Nacatl Selvagens, o que resultou na destruição da maioria das mais avançada sociedades e cidades Nacatl, fazendo a nação dos felinos regredir à selvageria.

Nicol Bolas então descobre que Tezzeret tomou o controle sobre um Consórcio Interplanar. O dragão ainda possuía suas habilidades mentais, que haviam sido utilizadas anteriormente para controlar muitas mentes, e foi atrás do artifíce, que por sua vez tentou utilizar Jace Beleren para anular o controle mental de Bolas. Esse evento teve um fim desastroso, com Bolas facilmente superando os dois planinautas em um confronto de poderes mentais os dois fugindo.

No final, após Jace derrotar Tezzeret em um duelo posterior e limpar sua mente, é revelado que todos os acontecimentos, na verdade, haviam sido planejados pelo dragão para que ele tomar o controle sobre o Consórcio e que Liliana Vess, que havia fingido ser amiga de Jace, na verdade trabalhava para Nicol Bolas. Bolas após todo o episódio, recuperou o corpo, agora sem mente, de Tezzeret para examiná-lo mas sem nenhuma finalidade explícita.

Os planos de Bolas então começaram a render frutos. Através de suas manipulações em todos os fragmentos de Alara, seu plano de causar uma guerra total por toda a Alara, agora reunida, fazendo com que obeliscos de mana surgissem por todo plano. Sarkhan Vol também se uniu a esse grupo de marionetes, ajudando o dragão a espalhar destruição por Naya. Isso fez com que o Maelstrom crescesse em grande magnitude, enquanto Bolas esperava o momento certo.

A busca de Ajani pelo assassino de seu irmão acabou por indicar Bolas como o culpado, fazendo com que eles entrassem em um duelo no meio da maior batalha de todas – o exército de zumbís de Malfegor contra os outros exércitos de Alara. Sabendo que não poderia derrotar o dragão sozinho, Ajani invocou a alma do próprio Bolas para lutar contra o dragão. Assim, uma batalha impensada ocorreu. Nicol Bolas e sua própria alma degladiavam-se em perfeita simetria. Cada movimento era imitado perfeitamente por sua cópia em uma batalha de poderosas magias e mordidas. De repente, em um forte brilho de luz, os dois Bolas sumiram. Desde então, é desconhecido o paradeiro de Nicol Bolas. Não se pode afirmar se está morto ou não, se venceu sua alma ou não. As únicas certezas que se tem são de que, se ele estiver vivo, ele pode estar mais poderoso que nunca, pois ele conseguiu absorver 99% de toda a energia do Maelstrom, e de que a ameaça que ele representava para Alara teve um fim, pelo menos por enquanto.

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