terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Helvault

O Helvault é uma prisão mística que está localizada no pátio da sede da Igreja, próximo à borda de um penhasco com vista para o mar, na Cidade Alta de Thraben. Depois de Avacyn, ele é o maior símbolo de adoração que existe em Innistrad.

Avacyn foi quem descobriu que o combate contra as forças infernais tinha um grande fator de deseqüilíbrio: cada vez que um demônio era morto em combate, ele reaparecia pouco tempo depois em algum ponto distante do mundo. Sendo assim, embora os vampiros alegassem ser imortais, a verdade é que os verdadeiros detentores de tal título deveriam ser os demônios. Mas o arcanjo não descansou enquanto não encontrou uma forma de derrotar definitivamente seus adversários. Dessa forma, surgiram o Colar de Prata e o Helvault.

A solução de Avacyn para impedir a eterna ressurreição dos demônios derrotados foi bastante simples: "O que não pode ser destruído deve ser exilado". Ela forjou um colar que serviria como algemas e um receptáculo gigantesco que serviria como prisão, ambos moldados em prata pura. Um por um dos demônios capturados pelos exércitos angelicais de Avacyn era algemado com o colar e despachado para dentro do casulo sagrado batizado como Helvaul. O Colar de Prata tornou-se o símbolo da Igreja de Avacyn, empunhado constantemente pelos sacerdotes e cátaros.

O que ninguém sabe é que Griselbrand, um poderoso arqui-demônio e figura central do culto secreto conhecido como o Skirsdag, havia colocado em prática um plano sem precedentes e extremamente ousado para derrotar Avacyn: ele se dirigiu para o local mais santo da sede da Igreja em Thraben, sob a lua cheia, e desafiou o arcanjo para um combate ali mesmo, no jardim em frente ao Helvault. A luta perdurou um longo período e apenas um punhados de clérigos, juntamento com o lunarca Mikaeus, testemunharam-na. Por fim, em um ato de esforço desesperado, AVacyn usou todo o restante de suas forças para conduzir Griselbrand para o interior do Helvaut. Mas o poderoso demônio alcançou o arcanjo com sua lança antes de ser tragado, transpassando seu coração e arrastando-o consigo para dentro da prisão de prata.

Entretanto, o Helvault foi criado para ter o propósito de confinamento, ou seja, Avacyn o modelou para que a passagem foi apenas em um sentido: o de entrada. Por isso, nenhum dos demônios e nem o próprio arcanjo são capazes de romper o recepiente místico para escaparem através de suas forças. Os clérigos que testemunharam seu destino ficaram aterrorizados e, devido ao ocorrido, não sabiam o que fazer. Eles não podiam contar a verdade para o povo, pois isso poderia destruir sua fé e até mesmo a própria Igreja. Assim, para evitar pânico em massa, o sacerdote Mikaeus fez os padres que haviam contemplado tal tragédia jurar segredo absoluto.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Liliana do Véu

Variação de Liliana Vess.

Liliana tinha um problema. Agora este problema está morto.

É assim que Liliana resolve os seus problemas.

O problema em questão era um demônio. Um demônio poderoso, chamado Kothophed, que reivindicou a posse de sua alma. Kothophed, junto com outros três arqui-demônios, realizou um contrato com Liliana pelo qual ela entregaria sua alma em troca de poder necromântico duradouro e um período de vida muito mais longo do que o normal. Ela possui mais de um século de existência, neste momento, e é uma temida feiticeira que destrói qualquer um que ficar em seu caminho. Porém, o custo para obter tamanho poder, que outrora parecia tão inofensivo, agora está se tornando um grande perigo para ela. Os termos do contrato foram gravados em sua pele e quando ela lança magias mais poderosas, estas marcas briham como tatuagens fosforescentes para lembrar-lhe de seu débito.

Quando Kothophed decidiu procurar Liliana para fazê-la saldar a dívida, a feiticeira descobriu uma maneira de burlar o contrato. O demônio obrigou-a a realizar uma viagem à antigas catacumbas para recuperar um poderoso artefato: o Véu Metálico. Ao fazer isso, ela acidentalmente cruzou o caminho de Garruk Falabravo e teve que lutar contra ele, adquirindo um inimigo implacável que vai perseguí-la até o fim do Multiverso. Entretanto, Liliana também aprendeu sobre os poderes sombrios do Véu quando usou-o para derrotar Garruk e deixá-lo marcado com um tipo de maldição tenebrosa.

Quando encontrou Kothophed novamente, ela teve sua chance. Independentemente das consequências, remover os obstáculos em seu caminho para manter seu poder era o mais importante. Se Kothophed era uma das razões de sua alma estar em risco, então ele deveria morrer, bem como o restante dos arqui-demônios. Assim, ela convocou todas as forças das trevas através poder do Véu e destruiu-o. Entretanto, as marcas em seu corpo, para seu espanto, não desapareceram. Mas isso não importava mais, pois ela tem o Véu Metálico agora, um aliado sedutor e potencialmente devastador. E também ainda tem sua juventude e energia. Portanto, seu objetivo permanece o mesmo: obter sua alma de volta.

Três credores demoníacos permanecem vivos e esse é o motivo que traz Liliana à Innistrad. Desde que ela adquiriu o Véu Metálico é como se ela fosse uma nova pessoa. Ou melhor, ela é uma versão de si mesma que está tomando um caminho ainda mais obscuro do que antes. Claramente, a bruxa está assumindo maiores riscos; afinal qualquer um que procura por demônios acaba testemunhando horrores além da imaginação. Liliana pode estar se colocando em grande perigo, usando o poder desconhecido do Véu para realizar seus objetivos, mas de uma maneira assustadora ela parece até estar se divertindo em fazê-lo. Tudo o que lhe falta agora para concluir sua missão macabra é descobrir o paradeiro atual de seu credor: o arqui-demônio Griselbrand, figura central do culto Skirsdak, que está preso no Helvault devido à luta com Avacyn.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sorin, Senhor de Innistrad

Variação de Sorin Markov.

Muitas gerações de vidas mortais se passaram desde a última vez que Sorin Markov voltou ao mundo no qual nasceu. Ele passou séculos confuso perambulando pelo Multiverso, desfrutando de viagens que somente sua longevidade vampírica poderia proporcionar. Mas agora ele retorna para encontrar sua terra natal sendo destruída.

O desaparecimento de Avacyn não só deixou os seres humanos em perigo mortal, como também desfez um equilíbrio cuidadosamente construído entre a humanidade e as criaturas da noite. Sorin nunca esperou por paz e harmonia neste mundo sombrio, mas ele pensou que tinha arranjado uma espécie de justiça eficaz, um conjunto de medidas de segurança projetado para evitar que um lado da balança se incline demasiadamente. No entanto, o vampiro pródigo retorna para testemunhar os descendentes do seu sangue alimentando-se e matando seres humanos à vontade, matilhas de lobisomem predando os sacerdotes e os cátaros cujo poder deveria afastá-los, e ghouls montando um cerco nas paredes de Thraben. Velhas memórias ressurgem e o antigo vampiro desembainha sua espada sob a luz da lua sombria. Tudo isto não era para estar acontecendo. Não outra vez.

Séculos atrás, Innistrad enfrentou uma crise semelhante. Porém, com um único ato de magia, Sorin criou uma salvaguarda, um símbolo mobilizador que luta para manter o equilíbrio entre as forças monstruosas e os seres humanos. Ele assegurou que a maioria dos humanos teriam uma arma contra a maldição dos lobisomens e as assombrações do geists. Sua proteção garantia que os mortos-vivos não sobrecarregariam o mundo com destruição. Alguns diriam que ele traiu sua propria fraternidade vampírica, de modo que nunca conseguissem caçar humanos até sua completa extinção. Por outro lado, ele tembém pretendia garantir que os poderosos demônios também nunca se tornassem soberanos deste mundo.

Este símbolo de proteção que Sorin criou seria uma verdadeira arma contra a ameaça da escuridão eterna. Melhor do que isso, seria uma autoridade suprema que lutaria para auxiliar os humildes e para sustentar a vida em Innistrad. Tal criação fora chamada de Avacyn.

O vampiro Sorin Markov, um aristocrata egoísta que já foi cheio de privilégios como Senhor do Casarão Markov, criou Avacyn, o campeão angelical da humanidade e fonte de poder de proteção divina em Innistrad. Para entender tal ato, temos de aprender sobre um outro membro da família Markov, o avô de Sorin: Edgar Markov.

Milhares de anos atrás, antes de existirem vampiros em Innistrad, Edgar Markov foi um alquimista na terra que se tornaria a província de Stensia. A fome estava varrendo a região e o velho alquimista procurou uma solução que pudesse ajudar. A resposta foi realizar a um ritual de sangue que faria com que algumas das pessoas pudessem adquirir a capacidade de se alimentarem de sangue. Era perigoso, mas proveria sustento para aquela demanda de comida, pois não se tratava de um abate da população em geral e sim de uma redução do número de bocas famintas para alimentar em prol do fim da fome de outras.

Tudo parece bastante simples, mas este conto arrepiante de Edgar Markov tem uma verdade ainda mais obscura por detrás dele. A fome era uma desculpa conveniente para o ritual, pois na verdade o alquimista estava experimentando novas formas de obter a imortalidade para si e para seu neto, Sorin. Um demônio chamado Shilgengar observava a ambição de Edgar e sussurrou segredos que lhe apontaram o caminho o experimento da alimentação de sangue. Shilgengar também ajudou o velho a superar as dúvidas que rondavam sua cabeça a respeito de realizar tal ato aparentemente desumano. Ainda assim, Edgar necessitava de um estímulo para dar início definitivamente ao ritual. E então, veio a Fome.

Não existe nenhuma prova concreta que esta fome que assolou toda a região foi obra de Shilgengar. De qualquer maneira, ela foi avassaladora. Pessoas morriam todos os dias por falta de comida. Definitivamente, foi este o estopim para a gênese dos vampiros neste plano. Ao realizar sua experiência sangüínea, Edgar conseguiu encontrar uma maneira de estender a sua própria vida em troca da alimentação macabra. Assim, nasceriam os vampiros em Innistrad.

Desejando fazer a mesma coisa com seu neto, Edgar untou Sorin com o mesmo sangue vampírico. Porém, durante o processo ritualístico, inesperadamente, Sorin desapareceu. Era a centelha de planinauta, que havia sido sido acendida. Sorin tornara-se um planinauta agora, mas ele também era o neto do progenitor da raça vampírica inteira. Como a linhagem Markov gerou todas as outras linhagens, Edgar continuou a ser o antepassado de prestígio de todos os vampiros e quando retornou para sua casa, Sorin foi aclamado como um verdadeiro rei. Ao longo dos séculos, como os vampiros se propagavam em regiões que antes apenas existiam humanos, o planinauta passou mais e mais tempo longe de sua terra natal, às vezes ficando anos desaparecido. No entanto, os vampiros tornaram-se desdenhoso da raça da qual eles haviam sido gerado e passaram a caçar os humanos mortais com mais ousadia. Sorin desprezava aquele comportamento e, por isso, tornou-se distante de sua própria espécie de vampiro.

Entretanto, Sorin sempre vigiava Innistrad. De sua perspectiva zelosa, ele podia ver as mudanças no mundo. Ele notou que, à medida que os vampiros ganhavam poder, as aldeias humanas estavam diminuindo. Embora ele próprio não fosse mais humano, sua preocupação com os mortais era constante. A imortalidade e o estado de vampiresco criado pelo seu avô tinha trazido para a humanidade de seu mundo uma maldição, pois era evidente que com o tempo a humanidade seriam exterminada pelos bebedores de sangue. Dessa forma, o planinauta decidiu tomar emprestadas antigas crenças sobre a lua e vida após a morte para forjar um guerreiro que conseguisse conter os vampiros e outras forças monstruosas que extinguirão a vida em Innistrad. Ele criou um anjo batizado como Avacyn e encarregou-a de proteger aquele plano, de modo que a fé em torno dela criaria uma verdadeira proteção contra escuridão. Assim, a Igreja de Avacyn cresceu ao redor do poder que Sorin investiu nela.

Na verdade, a fé de Sorin era uma série de encantamentos e mágicas criados para proteger os humanos do plano. E seu trabalho teve sucesso. Ele deu aos humanos a vantagem necessária para darem a volta por cima e repovoarem o mundo. E por séculos a religião se desenvolveu e deu frutos, tornando-se mais profunda e complexa do que Sorin imaginara originalmente.

Ele sabia que não poderia permanecer em Innistrad para manter os encantamentos que a abrangiam. Assim, instituiu uma forma de "renovação" da magia em sua ausência. Sorin formulou um sistema de proteções e mágicas que, quando conjuradas repetidamente, fortaleciam a magia protetora geral da fé. Para encorajar os humanos a evocar as proteções e manter a força dos encantamentos, ele fez de Avacyn o foco da adoração e incorporou crenças a respeito da lua e da vida após a morte, já prevalentes no mundo.

É comum que Sorin suma de Innistrad por meses, até anos, de tempos em tempos. Os outros vampiros presumiram que ele fosse um eremita, um príncipe excêntrico e antissocial. No entanto, sem que seus semelhantes soubessem, ele estava viajando pelo Multiverso em busca de uma solução para a grave situação de seu plano natal. Após anos de pesquisa, Sorin retornou com um plano revolucionário, um plano que lhe faria um pária para os próprios vampiros salvos por ele, pois alguns dos vampiros compreenderam o ponto de vista de Sorin ao criar Avacyn, mas a maioria o apontou como um traidor. Edgar ainda vive na Mansão Markov e é um destes que discordaram de Sorin, inclusive a presença de seu neto não é bem-vinda naquela residência. Talvez esse seja um dos principais motivos que contribuíram para que o planinauta vampiro decidisse percorrer o Multiverso e não voltar tão cedo.

Entretanto, depois de longa ausência Sorin, é o desaparecimento de seu guardião angelical que o atraiu para casa novamente. Apesar de ter sido expulso da Mansão Markov, Sorin ainda carrega o título de "Lord" sempre que ele regressa para Innistrad. Estes dias, poucos reconhecem o seu direito, sobretudo por ele ser um Lord ausente, um outrora promissor aristocrata vampírico que passou para a memória de seus compatriotas como alguém cuja natureza de planinauta tornou-se mais importante do que seus deveres relacionados aos seus domínios.

Com exceção do dragão ancião Nicol Bolas, o vampiro Sorin Markov é um dos mais velhos de todos os planinautas. Seus múltiplos milênios lhe trouxeram desapego e muita confiança. Ao contrário de Bolas, Sorin não se interessa por ter mais poder ou controle. Ele se contenta em seguir seus caprichos, mesmo quando esses são cruéis ou mortais. Tendo visto centenas de planos ao longo de milhares de anos, ele se tornou uma espécie de bon vivant, sempre em busca de novidades e diversão. Mas apesar de sua natureza fundamentalmente hedonista, Sorin ainda tem preocupações mais constantes, e durante a sua longa vida essa tendência teve como resultado uma agenda secreta de compromissos e investidas em planos remotos. Como resultado, Sorin é um homem ocupado, viajando pelos planos com frequência com propósitos que somente ele conhece. Sorin parece ter sempre negócios a resolver em outro lugar.

Apesar do vampiro ancestral ter passado boa parte dos últimos milênios explorando o Multiverso, ele ainda se sente conectado à Innistrad. Não é exatamente a responsabilidade. Não é exatamente um senso de comunidade. Esses termos tendem a se tornar sem sentido a uma criatura milenar capaz de viajar à vontade entre os Planos de Existência. Mas quando ele vê o que Innistrad se tornou sem a presença de Avacyn, um sentimento que nasce no Sorin é semelhante a lamentação, que carrega junto uma semelhança familiar a algo que poderíamos chamar de dever. Este conflito interno gerou um sentimento de obrigação e é por isso que ele volta mais uma vez para visitar o mundo onde nasceu.

Sorin ainda é um vampiro e ainda seria considerado como um monstro para qualquer ser humano Innistrad. Ele ainda persegue seus próprios objetivos sem um cuidado para que as instituições efêmeras de qualquer mundo ou da sociedade. Quando ele está em sua terra, ele sente o peso da dor e do derramamento de sangue causado pela sua família, mas ele continua defendendo sua decisão de ajudar a humanidade. Sorin não tem medo de pegar em armas. Aliás, suas armas nesta batalha são aquelas que lhe agraciam desde milhares de anos atrás: uma aura de autoridade e posição, que ele usa para reunir vassalos e inspirar servidão; carisma irresistível, que ele usa para reforçar aqueles sob sua influência; e, o que é talvez sua arma mais potente, a capacidade de gerar novos servos vampiros, que muitas vezes é método preferido Sorin de lidar com seus inimigos.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Santo Traft

Na obscura província de Stensia, em Innistrad, vivia um homem chamado Traft e as criaturas da noite o temiam. Traft era um jovem sacerdote da Igreja de Avacyn. Forte e valente, ele venceu todos os tipos de criaturas do mal, especializando-se na luta contra demônios ao longo da Ashmouth (um poço sulfuroso que leva para dentro das entranhas do mundo). As proezas de Traft com sua espada e sua habilidade com a magia de destruição das entidades malignas eram tão renomadas que os próprios anjos o honravam. Fileiras de guerreiros serafins Avacyn confiavam nas habilidades na batalha de Traft e lutavam ao seu lado contra as famintas almas demoníacas.

Juntos, os anjos de Avacyn e Traft caçaram o mal ao longo da Ashmouth, matando demônio por demônio. Com suas façanhas, Traft tornou-se famoso e até mesmo chamado de “santo” antes de seu quadragésimo aniversário. Porém, infelizmente, os demônios em Innistrad não ficam longe por muito tempo. Quando alguém mata um demônio, o mana preto vinculado ao demonio se dissipa e a segurança é restaurada para as aldeias vizinhas por algum tempo. Mas o mana preto ressurge de novo nos confins obscuros do mundo e outro demônio nascer. Alquimistas e teólogos de Innistrad se perguntam se a energia demoníaca seria constante, eterna e imutável, capaz de mudar de forma, mas nunca cresceria.

Embora comemorasse o sucesso de sua carreira, Traft havia se tornado uma pedra no sapato do Rei dos Demônios. Embora destruí-lo não fosse um obstáculo para os demônios, os assassinatos repetidos de Traft frustraram os planos dos seus lacaios humanos corruptos. Então, como os demônios fazem, tramaram uma armadilha para saciar sua vingança.

Uma certa noite, Santo Traft voltou para sua pequena casa na aldeia de Shadowgrange na província de Stensia. A primeira coisa que notou foi que um anjo estava empoleirado no telhado de sua casinha, com sua espada desembainhada como se estivesse pronto para saltar no ar e lutar. Anjos muitas vezes o acompanharam na batalha contra as forças infernais, mas nenhum nunca tinha visitado sua casa. As trancas de sua porta haviam sido arrombadas e a porta estava entreaberta.

O anjo não falava, mas sua preocupação era clara. Traft estava pronto para caçar o que havia violado sua casa de campo e, assim, tocou o símbolo do colar de prata que pendia em seu pescoço e cumprimentou o anjo com um aceno de cabeça. Então ele entrou e fez uma descoberta horrível: espalhados por sua mesa pequena na cozinha, havia um mapa de Stensia. Um punhal serrilhado, havia sido preso no lado direito da mesa, através do mapa, esfaqueando a famosa passagem da montanha conhecida como Olho da Agulha. Letras de sangue, ao redor do punhal, soletravam uma mensagem: Venha... sem anjos... ou lhe enviaremos... o resto dela.

Ao lado das palavras, havia um dedo de uma menina. Traft nunca havia tirado sua bainha de seu cinto. Ele se virou e saiu, fechando a porta atrás dele com cuidado, preparando seu cavalo para ir para Olho da Agulha imediatamente. Mas havia a questão do anjo.

Um santo raramente se engana. Mas Santo Traft sabia que ele deveria escolher o mal menor, mentindo para o anjo, a fim de evitar a morte de uma criança. A escolha obscura também significava que ele sabia que o trabalho deveria ser de um demônio. Ele olhou para o anjo guerreiro em seu telhado. "Não é nada", disse para o anjo. "Eu vou lidar com isso."

Ele pegou seu cavalo e afastou-se, não sabendo se a sua mensagem era clara. O anjo tinha percebido a mentira, mas ela também sentiu a urgência na voz de Traft e confiava na habilidade do Santo na batalha. Dessa forma, o anjo fez como ele desejava, e não o seguiu.

Needle's Eye, era um caminho unicamente usado em casos de emergências. Foi assediado por geists vingativos e vampiros sedentos por sangue. Traft estava sozinho, sem nenhum assistente angelical. Usando seus conhecimentos de magia avacyniana, ele se protegeu de uma nuvem de morcegos esqueléticos e teve que sacrificar o seu cavalo para escapar de um vampiro frenético, enlouquecido pela sede de sangue. Mas ele concluir o seu caminho para o ponto mais alto: a crista de Olho da Agulha.

Traft viu um grupo de cultistas com vestes e dançando em círculo, em torno de uma jovem possuída. A menina possuía o dedo indicador esquerdo faltando. Com um gesto floreado, um dos cultista envoltou-a no mesmo tipo de roupa que o resto dos cultistas usava, e lançou um sorriso fulminante para Traft. Antes que o Santo pudesse agir, o sacerdote cultista tirou de sua luva de uma adaga esculpida feita de osso. "Se você chamar seus anjos, ela morre", disse o cultista.

Em seguida, o cultista chefe proferiu uma série de sílabas e lançou um feitiço. Um nevoeiro negro, salpicado de cinza, jorrou da terra, cobrindo a passagem da montanha com uma escuridão malévola. Cambaleando, cultistas e sua vítima desapareceram na escuridão, deixando Traft cego. De dentro da nuvem veio uma voz sobrenatural, uma risada estrondosa que soou como o eco de um poço infinito.

Se Traft tivesse convocado o anfitrião de Avacyn, teria surgido a partir das nuvens e varreria a montanha com a santa luz, purgando os monstros. Mas Santo Traft não estava disposto a colocar em risco a vida da criança. Ele nem sequer proferiu um feitiço, temendo que ao invocar a protecção de Avacyn, correria o risco de trazer a atenção de algum anjos. Ele simplesmente desembainhou a espada e avançou, lembrando de onde a criança estava em transe e onde os cultistas dançavam.

Dentro do nevoeiro escuro, a lâmina de Traft encontrou cultista após cultista. Cada um gritou com uma gargalhada sinistra à medida que seus corpos caíam no chão, um por um. Finalmente, ele matou o que ele acreditava ser o cultista chefe, colocando sua espada através do coração do homem e deixando-o cair no chão, e o nevoeiro enfim se dissipou.

Para seu grande alívio, a menina permaneceu. Os cultistas tinha colocado um feitiço sobre ela para fazer sua dança, tornando-a indistinguível dos membros da seita na escuridão, mas ele não havia tocado nela. Os corpos dos mortos cultistas sangravam no chão. Mas, para o horror de Traft, sua mão não segurava sua espada, mas o punhal de osso do cultista chefe e agora ele estava coberto de sangue de muitos sacrifícios. Ele começou a ouvir o riso ecoando novamente, crescendo de baixo para cima dele como um trovão infernal.

Traído e aliciado à fazer uma oferenda a um demônio, Traft deixou cair o punhal no chão, e o chão começou a rachar naquele ponto, dividindo-o como tecidos de má qualidade. A adaga de osso do cultista desapareceu na rachadura, engolido pela terra. Santo Traft correu para desprender a criança. Ele pediu ajuda à Avacyn para dissipar o feitiço que tinham lançado sobre ela e foi atendido: ela voltou, meio grogue como se despertasse de um sonho.

"O que está acontecendo?" ela disse. "", respondeu ele. "Corra, criança. Corra pra casa."... Ele virou-se para enfrentar a rachadura na terra. Um descomunal demônio surgiu, repleto de chifres e asas. Santo Traft finalmente disse sua oração retida, invocando a ajuda dos anjos de Avacyn.

Imediatamente, um anjo apareceu. Era o mesmo que tinha pousado em cima de sua casa. Mas era tarde demais. O demônio Withengar matou o santo, pondo um fim ao famoso assassino de entidades malginas. Com a ajuda de outros irmãos que chegaram logo em seguida, o anjo conteve Withengar. Porém, eles estavam cientes de que não existia uma forma definitivamente para eliminarem aquela criatura macabra. Assim, decidiram mantê-lo afastado o máximo de tempo possível da humanidade, confinando-o em uma arma amaldiçoada chamada Elbrus.

O anjo foi consumido por tristeza e arrependimento, enquanto o espirito de Traft queimava inquietamente por ter sido lubridiado por um demônio. Depois que o Santo foi enterrado, ele nunca passou para o Sono Abençoado e, em vez disso, acabou se tornando um geist a assombrar o mundo.

O Geist de Santo Traft ainda aparece em Innistrad, particularmente em torno Stensia e perto da Ashmouth, o portão infernal não muito longe de Olho da Agulha. Ele ainda caça criaturas criaturas da noite, zelando pelos vivos assim como ele fez durante sua vida. Porém, como um geist, ele não possui a mesma habilidade que ele tinha em vida, no entanto dizem que onde quer que sua aparição seja vista, um anjo surge logo trás, sempre combinando todos seus movimentos com o do próprio Santo. Trata-se de um verdadeiro guardião... um anjo guardião.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Maelstrom

O Maelstrom é uma tempestade caótica de mana oriunda das ondas cataclísmicas provenientes da Confluência, mais especificamente localizada no ponto onde os cinco Fragmentos de Alara se interligavam.

Nicol Bolas foi o grande vilão responsável pela Confluência dos fragmentos. Ele planejou um ritual que poderia devastar todo o plano reunido de Alara, incluindo toda a vida ali existente, mas isso não preocupou o ganancioso dragão. A única coisa que lhe importava era alimentar o caos na Nova Alara e expandir ainda mais o Maelstrom.

Porém, o planinauta Ajani impediu os planos do poderoso vilão após um terrível confronto direto contra o dragão ancestral. Bolas estava consumindo a mana gerada pelo Maelstrom e, em uma tentativa desesperada de pará-lo, Ajani absorveu a última minúscula parte de mana do Maelstrom que Bolas ainda não tinha consumido. Usando esse poder, o leonino conseguiu banir o lendário planinauta dracônico para outro mundo. A convergência de Alara, no entanto, foi concluída. Cada fragmento, que antes era um mundo único, agora é parte do enorme e novo mundo de Alara.

Confluência

A Confluência foi um evento natural que fundiu os cinco Fragmentos de Alara novamente em um único plano. Durante esse processo de sobreposição planar, cada Fragmento ganha duas novas fronteiras com mundos antes separados: Naya funde-se com Bant de um lado e com Jund de outro. Bant colide-se com Naya e Esper. Esper conecta-se com Bant e Grixis, Grixis toca Esper e Jund, e Jund choca-se com Grixis e Naya. Cada mundo é influenciado por duas realidades e dois novos inimigos. Os Fragmentos formam um anel de mundos em contração, e no meio, uma centelha composta de todos os cinco tipos de mana ganha vida.

Os fragmentos de Alara foram impulsionados na direção uns dos outros através do vácuo caótico das Eternidades Cegas. Durante anos, os Fragmentos estavam em rota de colisão mútua e os seus destinos à beira de uma grande fusão. Observada a uma certa distância, ela parecia um belo e estranho espetáculo, um anel com cinco universos em miniatura que iniciam a se sobrepor como pontos de luz colorida. Mas para os habitantes dos cinco Fragmentos, foi um desastre. Os confins de seus mundos cortando-se mutuamente, um terreno rasgando o outro numa reconvergência que de pitoresco não tem nada.

Conforme os Fragmentos se colidiam, o mundo explodia e o caos se instaurava. Cada Fragmento passou a enfrentar novos inimigos em duas frontes. O energia pulsante do mana resultante desta união deu vida a entidades monstruosas. Antes, cada Fragmento conhecia apenas três cores de mana; agora, seus mundos foram inundados por mágicas estranhas e cores de mana nunca antes vistas. Em cada um, magos exploravam as novas mágicas geradas pelo mana desconhecido, instigando ainda mais a instabilidade.

No centro dos cinco Fragmentos formou-se uma tempestade mística conhecida como o Maelstrom, alimentada por ondas ricas em mana provenientes dos fragmentos. Nicol Bolas foi o grande vilão responsável pela Confluência dos fragmentos. Ele planejou um ritual que pode devastar todo o plano reunido, destruindo toda a vida existente, mas isso não preocupava o ganancioso dragão. A única coisa que lhe importava era alimentar o caos na Nova Alara e expandir ainda mais o Maelstrom.

À medida que as culturas colidem ao atravessar fronteiras que não mais existem, a paisagem foi modificada para sempre. Contudo, o trabalho de Bolas não foi concluído e ele terá de enfrentar poderosos adversários, entre eles os planinautas. A guerra épica se espalha e Bolas se prepara para o ato final de seu terrível plano: Alara será restaurada.

Porém, o planinauta Ajani impediu os planos do poderoso vilão após um terrível confronto direto contra o dragão ancestral. Bolas estava consumindo a mana gerada pelo Maelstrom e, em uma tentativa desesperada de pará-lo, Ajani absorveu a última minúscula parte de mana do Maelstrom que Bolas ainda não tinha consumido. Usando esse poder, o leonino conseguiu banir o lendário planinauta dracônico para outro mundo. A convergência de Alara, no entanto, foi concluída. Todos os cinco fragmentos foram sobrepostos uns aos outros, gerando uma caótica mistura mágica que alimenta o poder da tempestade do Maelstrom. Cada fragmento, que antes era um mundo único, agora é parte do enorme e novo mundo de Alara. Enquanto as culturas de Alara se fundem, a guerra mundial entre os antigos fragmentos se intensifica, graças às maquinações de Nicol Bolas.

Esfacelação

O plano de Alara era um mundo abundante em mana, um mundo em equilíbrio... até a Esfacelação. Um cataclisma de proporções inimagináveis dividiu aquele plano em cinco Fragmentos distintos, sendo cada um uma refração incompleta da Alara original.

As causas desse cataclismo se perderam no tempo. Os antigos manuscritos sobre os Fragmentos sugerem que um ser com poderes divinos dividiu Alara intencionalmente para capturar seu mana para uso próprio. Alguns acreditam que tenha sido causado pelas batalhas titânicas pelo destino de Alara, travadas entre o arcanjo Asha e o demônio Malfegor. Mas para a maioria, resta somente uma vaga lembrança cultural de um rico mundo que existiu antes daquele que conhecem. Outros ainda acham que foi um evento natural decorrente de poderosas pulsações e tempestades de mana.

Seja qual for a causa da divisão, uma coisa é certa: os fragmentos tornaram-se lugares muito diferentes desde que passaram a existir isolados dos demais. Cada plano foi privado de duas das cinco cores de mana. Bant, por exemplo, perdeu quase todo seu mana preto e vermelho, mantendo somente mana branco, azul e verde. Esse desequilíbrio de mana fez com que os Fragmentos evoluíssem em direções completamente opostas no decorrer desse milhares de anos. Atualmente, há somente resquícios de um antigo plano comum nos cinco mundos, e seus ambientes e habitantes não poderiam ser mais diferentes uns dos outros.

Os cinco Fragmentos de Alara foram mundos separados durante séculos, cada um com apenas três cores de mana. Eles evoluíram de modo independente: Bant, um reino ensolarado e ordenado; Esper, uma hegemonia de magos e esfinges; Grixis, um pandemônio infestado de mortos-vivos; Jund, um território de caça primitivo dominado por dragões; Naya, um exuberante paraíso selvagem. No entanto, eles agora se fundiram num único plano, e todas as cinco cores de mana fluem novamente na nova Alara. Ondas de poder bruto varreram as antigas fronteiras planares, levando mágicas há muito esquecidas a todos os Fragmentos e misturando-as de modos inéditos. E conforme as fronteiras entre os Fragmentos se dissolvem, as culturas entram em choque e levam à guerra.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Restauração de Alara

Esta é a história por trás dos eventos que acontecem durante o Bloco de Alara, conforme explicado de maneira fragmentada em diversos artigos no site da Wizards.

Há muito tempo, Alara era um único plano, mas foi drenada de seu mana e despedaçada em cinco fragmentos. Durante séculos, cada fragmento recuperou seu próprio mana, mas somente três das cinco cores floresceram em cada fragmento, criando cinco mundos distintos, cada um com sua própria identidade.

As criaturas nativas de cada fragmento esqueceram-se de Alara, seu mundo de origem. Mas os fragmentos de Alara foram impulsionados na direção uns dos outros através do vácuo caótico das Eternidades Cegas. E durante anos, os fragmentos têm estado em rota de colisão mútua. Durante anos, os destinos dos cinco fragmentos têm estado à beira de uma grande fusão.

Observada a uma certa distância, a Confluência dos cinco fragmentos pode parecer um belo e estranho espetáculo, um anel com cinco universos em miniatura que iniciam a se sobrepor como pontos de luz colorida. Mas para os habitantes dos fragmentos, é um desastre. Os confins de seus mundos cortando-se mutuamente, um terreno rasgando o outro numa reconvergência que de pitoresco não tem nada. Enquanto o mana inunda as fronteiras planares e as culturas há muito separadas entram em contato umas com as outras, algo mais ganha vida: a ameaça de uma guerra mundial.

Muito antes da convergência dos planos, grupos secretos semearam o medo e a paranóia em cada um dos fragmentos. Embora desconhecessem os outros, esses agentes da discórdia trabalharam com o mesmo objetivo: desencadear a guerra na Alara reunida. Um gênio calculista nutria um interesse particular pelos fragmentos. Trata-se de um mal antigo com uma visão que englobava todos os mundos. Ele orquestrou seus agentes através de promessas de poder, recompensas ou manipulando suas crenças. Tal entidade era ninguém menos do que Nicol Bolas.

Rakka Mar, uma poderosa líder xamã a serviço do dragão planinauta, usou sua extraordinária força mágica para assumir o controle de sua tribo. Com seus quase 50 anos, ela é um dos humanos mais antigos de Jund, e um dos poucos que podem invocar diversos elementais ao mesmo tempo. Atraída pela promessa de mais poder mágico, ela manipulou as tribos humanas para desafiar dragões e viashinos em busca de mais poder e alimentou sua sede de sangue com promessas de presas em Naya e Grixis.

Os nacatl, que já foram os senhores absolutos de Naya, construíram um império no alto das montanhas. Conforme o império se expandiu, alguns nacatl prosperaram às custas dos outros e, com isso, conflitos internos surgiram. Os agentes aproveitaram-se desses conflitos e semearam a insatisfação perante seus regentes. Liderados pelo carismático Marisi, os rebeldes incitaram os nacatl a recobrar sua verdadeira natureza felina. Os seguidores de Marisi desencadearam uma guerra pelas ruas da cidade, o império desmoronou e os nacatl tornaram-se uma raça dividida.

Olho Celestial era uma ordem de cavaleiros devotada ao ideal de integridade. Mas seus líderes tornaram-se corruptos, com seus valores distorcidos em perseguição e intolerância. Os cavaleiros partiam em cruzadas contra pessoas que não respeitavam os "verdadeiros" valores de Bant, dividindo famílias, castas e causando, conseqüentemente, a guerra entre as nações. Gwafa Hazid é um agente da discórdia atuando em Bant. Ele viajou com espalhando rumores e trapaceando seus conterrâneos sempre que possível, bem como é uma das poucas pessoas realmente ambiciosas de Bant e abraçou seu novo propósito e as potenciais recompensas com fervor.

Uma seita de magos conhecida como os Caçadores de Carmot ganhou grande proeminência em Esper. Quando as reservas de etherium diminuíram, os Caçadores passaram a afirmar que somente eles conheciam o segredo para forjar etherium novo. Eles alegavam ter sob seu poder o "Códice do Etherium", que revelava a localização da carmot, uma misteriosa pedra vermelha necessária para o processo. Na verdade, os agentes estavam manipulando os Caçadores a alimentar as falsas esperanças dos habitantes de Esper.

As videntes do Conventículo do Olho Partido profetizaram que uma fonte de energia vital emergiria em breve em Grixis. As bruxas convenceram seus seguidores de que a energia vital estaria disponível somente àqueles que se submetessem ao seu horripilante comando. Em Grixis, assim como nos outros planos, era o antigo planinauta quem controlava esses agentes da discórdia. Cercado por servos mortos-vivos em seu covil secreto, ele arquitetou um plano sinistro que está prestes a se concretizar. A guerra está explodindo na nova Alara, exatamente como planejou Nicol Bolas.

Nicol Bolas já foi um dos planinautas mais poderosos do Multiverso. Mas a restauração das Fendas Temporais de Dominária mudou a natureza da centelha desse planinauta. Agora que é um mortal e teve seu poder reduzido, Bolas planeja a ressurreição da sua glória e, para tanto, vai se valer dos fragmentos de Alara. Usando seu asseclas para espalhar o medo, o dragão ancestral incitou a guerra em cada um dos planos. A frustração crescia e a hostilidade aumentava enquanto Bolas instigava a discórdia.

Quando os fragmentos colidiram, o mundo explodiu e o caos se instaurou. Cada fragmento passou a enfrentar novos inimigos em duas frontes. O Maelstrom resultante deu vida a entidades monstruosas. Antes, cada fragmento conhecia apenas três cores de mana; agora, seus mundos foram inundados por mágicas estranhas e cores de mana nunca antes vistas. Em cada fragmento, magos exploravam as novas mágicas geradas pelo mana desconhecido, instigando ainda mais a instabilidade.

A guerra se espalhou por Nova Alara, como planejara Bolas. Exércitos imensos tomaram os terrenos numa tentativa desesperada de preservar seu modo de vida. Mayael liderou um exército de nacatls e behemoths na guerra contra Bant e Jund. O código de batalha de Bant se desintegrou à medida que os espectros de dominação e agressão penetraram seu território Os magos de Esper lançam uma cruzada em busca de Carmot, enquanto as hordas de Grixis matam tudo que cruza seu caminho e se alimentam da essência de suas vítimas. Os habitantes de Jund perseguem e matam os inimigos mais fracos, abrindo terreno para os guerreiros mais potentes. À medida que as culturas colidem ao atravessar fronteiras que não mais existem, a paisagem foi modificada para sempre. Contudo, o trabalho de Bolas não havia sido concluído. A guerra épica se espalha e Bolas se preparava para o ato final de seu terrível plano. Uma coisa é certa: o mundo nunca mais será o mesmo.

Todas as tramas tecidas por Nicol Bolas durantes anos finalmente começaram a apresentar resultados. O dragão planinauta havia infiltrado em cada fragmento asseclas que difundiram a paranóia em seus mundos. Em Bant, Bolas usou a Ordem do Olho Celestial para gerar desconfiança entre as nações de Bant. Em Esper, os Caçadores de Carmot geraram medo em relação à escassez de etherium. Em Grixis, o demônio dragão Malfegor formou exércitos de mortos-vivos. Em Jund, Rakka Mar desafiou clãs de humanos para selvagens "caçadas de vida", preparando-os para a guerra iminente. A manipulação mais sutil de Nicol Bolas ocorreu em Naya, onde até mesmo o planinauta Ajani, nativo daquele plano, ainda não descobrira a influência do dragão.

Conforme a magia de cada fragmento entra em confronto na guerra mundial, o Maelstrom cresce, como um relógio que, a cada pulsação, aproxima-se cada vez mais do momento de triunfo de Nicol Bolas. Somente outro planinauta seria capaz de desvendar o plano multiplanar do dragão ancestral. Porém, até mesmo um planinauta pode morrer tentando impedí-lo.

Ajani Juba de Ouro vive dividido entre sua ferocidade leonina e seu senso de justiça. Ele já nasceu como um excomungado dentro de sua própria família, um leonino albino que nunca foi aceito pelo restante do bando. A única pessoa que se importava com ele era seu irmão Jazal, o regente do bando. Ajani sempre demonstrou ter potencial como mago e curandeiro, mas acreditava que sua real vocação fosse ser um guerreiro a serviço de Jazal. Foi no dia em que o irmão de Ajani foi assassinado por forças desconhecidas que a centelha de planinauta de Ajani se acendeu, e tudo mudou.

O leonino recém-desperto vasculhou os fragmentos de Alara com um único pensamento na mente: vingança. Repleto de fúria pelo assassinato de seu irmão, Ajani procura pelo responsável. Nicol Bolas está começando a sentir os efeitos que as eras do tempo e ele sabe que será preciso consumir toda a mana de um plano inteiro para rejuvenescer seu milenar poder e colocar seu esquema em funcionamento.

Ajani foi até Jund, onde conheceu Sarkhan Vol, outro planinauta, que o protegeu do ataque do dragão Karrthus. Após ouvir o neófito e enfurecido Ajani descrever o que tinha acontecido com sua família, Sarkhan aconselhou-o a tomar posse de sua raiva e usá-la, para que seu dom recém despertado de planinauta pudesse rastrear o assassino de seu irmão. Ao fazer isso, ele se viu andando através do Vale Qasali em Naya.

Ao retornar para a toca de Jazal, Ajani encontrou os restos do machado de seu irmão e os usou para criar uma nova arma que simbolizava os seus planos de vingança. Seu primeiro passo foi acertas contas com Tenoch, um antigo amigo de caça entre os leoninos que lhe dera as costas quando mais precisou de ajuda e agora era o líder do bando. Porém, o embate terminou mal para Ajani, que acabou derrotado e fugiu para Bant.

Extremamente ferido, Ajani perdeu-se no caminho e desmaiou, acordando muito tempo mais tarde sob os cuidados de Elspeth. Após se recuperar, o leonino escuta as previsões de alerta de Elspeth a respeito do futuro de Alara e retorna mais uma vez para Naya afim de encontrar a mãe de Tenoch. A anciã revela que o guerreiro rebelde Marisi teve algo a ver com a morte de Jazal. Em busca de resposta, Ajani persegue e enfrenta Marisi. Mayael, a líder élfica cujo dom das visões havia lhe revelado que Marisi sabia qual era a origem do mal que assolava o mundo. Ela surge durante a luta dos dois leoninos e os interrompe. Após convencer Marisi a deixar seu orgulho de lado e contar tudo o que sabia, o guerreiro rebelde admite que foi manipulado e que já sabia de tudo quando estimulou o surgimento do cisma filosófico do Império dos nacatls e a revolta dos selvagens, que resultou na destruição da maioria das avançadas civilizações leoninas, fazendo cidades, pessoas e a nação dos gato regredirem de volta à selvageria. Tudo isso aconteceu devido ao orgulho de Marisi que o manteve em silêncio mesmo quando perbeceu ser um peão de um colossal dragão desconhecido. No entando, não foi Marisi o responsável pela morte de Jazal, e sim outro agente do dragão: a própria curandeira do bando de Ajani, Zaliki. Saber que tantas pessoas o traíram deixou Ajani ainda mais furioso. Não bastasse Tenoch e Marisi, mas também a xamã Zaliki, por quem ele nutria grande afeto. Todos dançaram conforme a música sombria do grande vilão que ameaçava o seu mundo. Não havia mais espaço para justiça, Ajani agora sabia de apenas um lugar para encontrar dragões e, assim, partiu para Jund.

O poderoso Nicol Bolas prepara-se para a fase final de suas maquinações. No centro de Alara, ocorre uma tempestade mística conhecida como Maelstrom. Alimentada por ondas ricas em mana provenientes dos antigos fragmentos, o Maelstrom intensifica-se e expande-se conforme a guerra explode ao seu redor. O Maelstrom é a chave para o destino que Nicol Bolas tramou para o plano e que pode aniquilar a nova Alara.

Durante a Confluência, cada fragmento foi exposto aos mundos vizinhos. Agora que Alara está reunida, os antigos fragmentos enfrentam ainda mais inimigos. Os cavaleiros de Bant lutam contra hordas de mortos-vivos de Grixis pela primeira vez. Os ferozes guerreiros de Jund buscam novas presas nas cidades metálicas de Esper, enquanto os behemoths de Naya causam destruição onde passam. Esta confusão leva a um derramamento de sangue ainda maior e a guerra se intensifica, exatamente como Nicol Bolas planejou há tempos.

Mas o planinauta ancestral não tem nenhuma intenção de permitir que a Nova Alara ultrapasse sua infância. Nicol Bolas planejou um ritual que pode devastar todo o plano reunido, destruindo toda a vida existente, mas isso não preocupa o ganancioso dragão. A única coisa que lhe importa é alimentar o caos na Nova Alara e expandir ainda mais o Maelstrom.

No entanto, quando Ajani partiu para Jund, a Confluência já estava em andamento e Sarkhan Vol já havia descoberto Nicol Bolas, reconhecendo-o como o mais poderoso dragão existente e decidindo servi-lo. Dessa forma, Ajani não conseguiu encontrar seu único contato naquele fragmento. Por acidente, cruzou o caminho de Kresh e ambos se uniram para encontrar seus inimigos. Kresh tinha uma rixa para resolver com Rakka-Mar e quando eles se encontraram, a derrotada xamã contou tudo o que sabia sobre seu mestre. Assim, Ajani descobriu exatamente quem estava por trás da morte de seu irmão e de todos os incidentes que estavam acontecendo em Alara.

Saber que sua busca por vingança ficaria sem resposta deixou Ajani amargurado, afinal ele tinha consciência de que seria uma tarefa extremamente difícil encontrar o maior mestre manipulador do Multiverso. Porém, o dragão ancestral teve a infelicidade de escolher aquele momento para enfrentar os exércitos dos cinco fragmentos. Bolas consumiram a mana do Maelstrom e, em uma tentativa desesperada de pará-lo, Ajani absorveu a última minúscula parte de mana do Maelstrom que Bolas ainda não tinha consumido. Usando esse poder, o leonino conseguiu banir o lendário planinauta de Alara.

A convergência de Alara, no entanto, foi concluída. Todos os cinco fragmentos foram sobrepostos uns aos outros, gerando uma caótica mistura mágica que alimenta o poder da tempestade de mana conhecida como o Maelstrom. Cada fragmento, que antes era um mundo único, agora é parte do enormee novo mundo de Alara. Enquanto as culturas de Alara se fundem, a guerra mundial entre os antigos fragmentos se intensifica, graças às maquinações do dragão planinauta.

O fragmento de Naya, que já foi um exuberante e imaculado paraíso selvagem, foi queimado pela guerra. Os enormes behemoths reverenciados pelos elfos e humanos do fragmento correm desenfreados, devastando as terras estrangeiras indiscriminadamente. Bandos de leoninos nacatl foram dispersos, divididos pela confusão e brigas, seus líderes dominados por forças malignas. Atraídos pela beleza natural de Naya e sedentos por sua energia viva, os mortos-vivos de Grixis infiltraram-se na selva numa campanha de dominação. E os magos de Esper vêem Naya como um animal selvagem que precisa da refinação do etherium ou de uma rédea apertada.

Em Naya, enquanto a mana preta de Jund e a mana azul de Bant adentravam novamente para o paraíso florestal, elas traziam consigo a energia mística necessária para que o deus-hidra despertasse. Quando pressentiu que suas visões estavam se tornando reais, Mayael correu para o Vale do Ancião e naquele exato momento a terra rachou, derrubando as árvores antigas e expelindo um gêiser de vapor fervente. Com sua tumba terrena agora aberta, Progenitus levantou-se até tocar o céu. Com seu corpo físico restaurado, a Alma do Mundo estava mais uma vez dominando o horizonte. A floresta tremia em sua presença e os elfos cylianos caíram de joelhos em terror enquanto a divindade se impunha por dentre as nuvens.

Os inimigos de Bant atacam não somente suas fronteiras físicas, mas também seus ordenados ideais. As nações menores de Bant uniram-se num único e poderoso exército para defender seus habitantes e valores, e para marchar sobre os fragmentos que os ameaçam. Anjos entram em ação para libertar os céus das forças demoníacas e para proteger o plano contra o fogo dos dragões. Cavaleiros partem para enfrentar hordas de zumbis, goblins e viashinos, mas descobrem que a luta não está a seu favor. Habituados a um combate ritualístico ordenado, o tumulto generalizado da batalha deixa-os quase indefesos. A mesma virtude que serviu de base para a sua sociedade se tornou sua ruína na guerra.

Os magos e as esfinges de Esper tentaram controlar cada aspecto de seu ambiente (a flora, a fauna e até mesmo os céus) através do poder da liga mágica etherium. Mas seus estoques de etherium estão no fim e a fórmula para sua criação inclui uma pedra vermelha chamada carmot que não pode ser encontrada em Esper. Agora que os fragmentos se fundiram, os esperianos planejam saquear os outros fragmentos em busca de carmot, mas precisam lutar contra as forças caóticas dos outros planos ao mesmo tempo. Os proféticos elfos e os sanguinários bárbaros parecem acreditar que Esper seja um grande campo esportivo. Enquanto isso, as castas de cavaleiros de Bant e os necromantes de Grixis ávidos por poder perceberam o potencial do etherium e desejam suas vantagens para uso próprio. Manipulada por Bolas, a seita de magos conhecida como os Caçadores de Carmot leva Esper exatamente ao tipo de conflito anárquico que sua sociedade despreza.

Grixis era um caixão fechado, um mundo desprovido da luz e vida do mana. Apodreceu por séculos, tornando-se um covil de demônios e mortos-vivos. Agora, após a convergência dos planos, a tampa do caixão foi escancarada, e suas hordas de demônios sedentos por sangue se arrastaram para fora, liderados por liches e barões necromantes. Conforme Grixis avança sobre os outros fragmentos, suas forças se ampliam. Cada morte nas garras das hordas de Grixis torna-se uma lição de aritmética zumbi: um soldado a menos, um assecla morto-vivo a mais. Os necromantes de Grixis utilizam os poderes especializados de cada fragmento: tóctares mortos-vivos para a cavalaria pesada, magos mortos-vivos para suporte a lançamentos, generais mortos-vivos para liderar ataques, e até mesmo dragões mortos-vivos para potencial destrutivo bruto. A única coisa positiva em Grixis pode ser o êxodo dos vivos. Os sobreviventes vithianos que padeceram uma existência desesperada nos refúgios e túneis do plano agora possuem uma rota de fuga e são recebidos pelo restante de sua raça ainda viva.

Em Jund, um primitivo mundo-caldeirão de vulcões e predadores reptilianos, os fortes sempre sobreviveram porque fraqueza significa morte instantânea. Goblins correm pelos cumes das montanhas, em busca da honra de ser devorado por dragões em mergulhos mortais. Tribos de viashinos lutam pela sobrevivência nas selvas fumegantes. E clãs de guerreiros humanos endurecidos pela batalha convocaram "caçadas de vida" pela maior presa do território. Com a fusão dos fragmentos, os ferozes habitantes de Jund enxergaram novas fronteiras de presas, seres considerados delicados e fracos levando em conta o estilo de vida predatório de Jund. Os clãs de guerreiros vêem mais troféus de sangue para trançar em seus cabelos, e os goblins e viashinos vêem uma oportunidade para fazer refeições fáceis. E, obviamente, os dragões vêem um banquete do tamanho do mundo estendido a seus pés.

A guerra épica intensifica-se enquanto os antigos fragmentos travam batalhas implacáveis e promovem o derramamento de sangue. Mas mesmo enquanto seus exércitos combatem entre si, a discórdia dá início a uma evolução interna nos fragmentos outrora independentes. Conforme as culturas se misturam e as paisagens mudam, os fragmentos começam a se transformar em algo novo. Os antigos costumes estão morrendo. A Nova Alara emergiu das cinzas.

As civilizações adaptam-se ao novo mundo dia após dia. Alguns nacatls empunham armas nos exércitos de Bant. Alguns elfos escolheram lutar ombro a ombro com clãs de guerreiros de Jund. E as selvas de Naya servem de abrigo aos eremitas vedalkeanos que desprezaram o dogma dos Etherólatras. Bant adapta-se recrutando todos os aliados que pode em suas legiões. Alista behemoths e hidras para sitiar as necrópolis de Grixis. Recebe tropas de Naya e Esper que buscam o glorioso abraço dos anjos. Pouco a pouco, a guerra destrói o rígido sistema de castas de Bant, transformando sua sociedade no crisol da guerra.

Os poucos humanos sobreviventes de Grixis fugiram e foram acolhidos por comunidades de humanos em Bant e Naya. Da mesma forma, alguns nativos de Jund optaram por uma nova vida nos outros fragmentos. Alguns uniram-se a mosteiros rhox ou empunharam elegantes armamentos de etherium. Alguns invocaram vormes para servir nos exércitos de Bant ou partiram para explorar terras distantes montados nas costas de lagartos, aprendendo novas formas de magia às quais se dedicar. No meio da guerra, a fusão de culturas pode acabar sendo o caminho para a paz.

Magic Toolbox

A Wizards of the Coast lançou uma ferramenta chamada Magic: The Gathering Toolbox para iPhone, iPad e outros dispositivos iOS. Você pode visitar a App Store e fazer o download deste aplicativo oficial gratuitamente..

Magic: The Gathering Toolbox é mais do que um contador de vida. Ele também permite que você construa decks, realize pesquisas em artigos de estratégias e encontre eventos, tudo a partir de seu dispositivo móvel. Você gosta principalmente de torneios? Ou prefere jogos do tipo Commander? O Toolbox Gathering vem com uma variedade de configurações que você pode ajustar para fazer anotações precisas das informações do jogo. Marcação de pontos de vida, de veneno, de reserva de mana, danos de Commander e muito mais! Você pode acompanhar até seis jogadores por jogo e suas informações de perfil podem ser guardadas para mais tarde. E no iPad, você pode fazer as marcações para até oito jogadores!

Além disso, ele possui uma biblioteca de cartas, que é como ter Gatherer no seu bolso! Pesquisar e filtrar todas as cartas do Magic, sendo que as cartas das novas séries são adicionada automaticamente à medida que são lançadas! Também é disponibilizado o conteúdo a partir do site oficial do Magic e é possível adicionar feed RSS, para atualizar-se com informações de outros de seus sites favoritos. Assim, estará sempre por dentro das novidades do Multiverso.

Por fim, se estiver à procura de um evento para participar, os eventos de Magic mais populares já estarão pré-carregados no aplicativo, e você pode selecionar eventos específicos para agendar em seu calendário. Inclui também um direcionamento para o link Localizador de Lojas, afim de encontrar a sua loja local para que possa saber quais são os eventos disponíveis.

O aplicativo ainda não esta completamente pronto - a versão para iPad não está otimizada e a versão do Toolbox para o Android está passando pelo processo de certificação. O único custo que você pode ter é, ao lançamento de cada nova coleção, para desbloquear as novas cartas para a ferramenta Deck Builder, você precisa pagar $0.99 para desbloquear TUDO. Ou seja, se você esperar acumular Dark Ascension e Avacyn Restored, você ainda pagará apenas $0.99 para desbloquear essas duas coleções. No lançamento de cada Core Set, todas cartas ficarão disponiveis para todos sem nenhum custo.



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Flavor Text: Holy and Unholy Strength


BORN UNDER THE SUN, THE FIRST CHILD WILL SEEK THE FOUNDATION OF HONOR AND BE FORTIFIED BY ITS RIGHTEOUSNESS.
- Codex of the Constellari

Tradução: Nascido sob o sol, o primeiro filho buscará os fundamentos da honra e será fortalecido por sua retidão.
- Códice de Constellari




BORN UNDER THE MOON, THE SECOND CHILD WILL STUMBLE ON TEMPTATION AND SEEK POWER IN THE DARK PLACES OF THE HEART.
- Codex of the Constellari

Tradução: Nascido sob a lua, o segundo filho sucumbirá à tentação e buscará poder nos cantos negros do coração.
- Códice de Constellari


Anatomia das Cartas

As partes de uma carta são nome, custo de mana, ilustração, linha de tipo, símbolo de expansão, caixa de texto, poder e resistência, crédito da ilustração, texto legal e número na coleção. Algumas cartas podem ter mais do que uma ou todas essas partes.

Nome: está impresso no seu canto superior esquerdo da carta.

Custos de Mana e Cor: o custo de mana de uma carta é indicado pelos símbolos de mana próximos à parte superior da carta. Na maioria das cartas, estes símbolos estão impressos no canto superior direito e representa o que um jogador deve gastar de sua reserva de mana para conjurar aquela carta. Alguns objetos não têm custo de mana, como todos os cards de terreno por exemplo, o que significa que são jogados sem pagar quaisquer custos. Um objeto (carta, ficha, etc) é da cor ou cores dos símbolos de mana em seu custo de mana, independentemente da cor da sua moldura e, logicamente, objetos sem símbolos de mana coloridos em seus custos são incolores. Da mesma forma, um objeto com dois ou mais símbolos de mana coloridos diferentes em seu custo é de cada uma das cores desses símbolos.

Ilustração: é impressa na metade superior de uma carta e não tem efeito no jogo. Por exemplo, uma criatura não tem a habilidade de voar a não ser que isso esteja escrito em seu texto de regras, mesmo que a sua ilustração a apresente voando.

Linha de Tipo: está impressa diretamente abaixo da ilustração. Ela contém os Tipos da carta. Ela também contém os Subtipos e Supertipos quando aplicáveis.

Símbolo da Expansão: indica de qual coleção de Magic uma carta é proveniente. Ele é um pequeno ícone normalmente impresso abaixo do canto direito da ilustração. A cor do símbolo da expansão indica a raridade da carta dentro da coleção. Um símbolo vermelho alaranjado indica que a carta é mítica rara. Um símbolo dourado indica que a carta é rara. Um símbolo prateado indica que a carta é incomum. Um símbolo preto ou branco indica que a carta é comum ou é um terreno básico.

Caixa de Texto: é impressa na metade inferior da carta. Ela geralmente contém o texto de regras que define as habilidades da carta. Algumas cartas (mais as criaturas) não têm nenhuma informação nesta área (sem contra os testos em itálico, aonde já chegaremos), que significa que aquela carta não tem nenhuma habilidade especial. Na maioria das cartas, você irá ver uma seção de texto em itálico abaixo do texto da habilidade que conta uma pequena história ou então dá a você uma citação de referência à carta. Isto é o que chamamos de flavor text. Flavor text é uma chance de você se sentir por trás da história do jogo contando a você um pequeno pedaço ou uma história sobre o card e como ele se encaixa no mundo de Magic.

Poder/Resistência: uma carta de criatura tem dois números separados por uma barra impressos em seu canto inferior direito. O primeiro número é o seu poder (a quantidade de dano que ela causa em combate), o segundo é a sua resistência (a quantidade de dano necessária para destruí-la). Por exemplo, 2/3 significa que o objeto tem o poder 2 e resistência 3. Poder e resistência podem ser modificados ou definidos a valores específicos por efeitos.

Informações Abaixo da Caixa de Texto: cada carta apresenta um texto impresso abaixo da caixa de texto que não tem efeito no jogo. O crédito da ilustração de uma carta é impresso na primeira linha abaixo da caixa de texto. Ele aparece após o ícone do pincel ou em cards mais antigos, após a abreviação “Ilust”. O texto legal (a fina linha impressa na parte inferior da carta), lista as informações de marca registrada e direito autoral. Algumas também apresentam o número da carta conforme a quantidade de cartas existentes naquela coleção.

Culto de Skirsdag

Originado a partir de uma antiga sociedade secreta demoníaca, o Skirsdag agora é um culto demonologista localizado no submundo de Innistrad e sediado na Cidade Alta de Thraben. Esta organização, ainda secreta, tem membros humanos em todos os níveis da Igreja, nobreza e comércios. Embora pequeno, tem sobrevivo durante muitas gerações. Quando Griselbrand subiu em poder acima todos os outros demônios, o Skirsdag ganhou destaque também. Griselbrand desapareceu na mesma época que Avacyn, deixando os membros do Skirsdag para promover seus objetivos na ausência do seu Senhor.

Atualmente em Innistrad, cultos como o Skirsdag instigam a convocação das forças infernais. Rachaduras na terra, tais como a Ashmouth, praticamente regurgitam demônios que espalham caos e morte onde quer que vão. Incentivados pela longa ausência de Avacyn, tais demônios começaram a usar seres humanos para fazerem seus caprichos pervertidos. Os seres humanos tornaram-se os brinquedos dos monstros lendários que uma vez eram apenas contos assustadores contados diante de fogueiras.

Igreja de Avacyn

Assim como o arcanjo Avacyn é o alvo principal da fé do povo de Innistrad, a sua Igreja é o ponto central da sociedade humana. Não há separação entre a Igreja de Avacyn e a vida pública; a Igreja participa de todos os aspectos da vida diária, desde as leis e a ordem até a educação e as forças armadas. A fé dos sacerdotes e dos matadores em Avacyn possui um poder de proteção verdadeiro contra o mal, portanto o desaparecimento de Avacyn foi um duro golpe na humanidade. Durante séculos, o poder da Igreja serviu de guia e de proteção para Innistrad, mas agora esse pilar da sociedade foi abalado no seu âmago. As armas de prata abençoada poderia destruir os piores horrores e as runas de Avacyn eram marcas tão poderosas que podiam manter vilarejos inteiros protegidos. A eficácia da igreja era concreta e visível, servindo como uma arma de esperança em um mundo de atrocidades.

Mikaeus, o venerado Lunarca, faz de tudo para tentar manter a calma entre os cidadãos, mas ele não passa de uma pálida poeira se comparado à luz de Avacyn. Sem a graça e a orientação do arcanjo, seu poder mingua, e ele depende muito dos guerreiros sagrados de Thraben para expulsar os lobisomens e vampiros utilizando tanto a força do aço quanto da prata. Mikaeus tenta com todas as forças solucionar o mistério do desaparecimento de Avacyn, mas a escuridão avança rapidamente e o tempo está acabando.

Um princípio fundamental da Igreja de Avacyn diz respeito às condições da morte. Para os cidadãos de Innistrad, a meta de uma vida boa não é procurar viver para sempre, mas para ter um reconfortante "sono" após a morte. O Sono Abençoado é uma eternidade tranquila, muito preferível à vergonha de se tornar um espírito atormentado, cadáver mutilado ou abominação morta-viva, como tantas vezes acontece em Innistrad. Este Sono é considerado uma recompensa por uma vida virtuosa e vigilante. "Que você possa passar a eternidade no chão" é um ditado bem comum entre o povo de Innistrad.

Mas o mundo está mudando. O mal está em vantagem, e Innistrad foi tomada pelas criaturas da noite. O arcanjo Avacyn desapareceu, e sua igreja se enfraqueceu dramaticamente. Enquanto sacerdotes e soldados lutam para conter as ameaças, os aldeões se refugiam em suas muralhas e rezam pela chegada da luz da manhã. Innistrad se tornou um pesadelo, um mundo de monstros e magia negra. Mesmo alguns anjos começaram a ceder ao desespero.

O povo de Innistrad contava com a Igreja de Avacyn para mantê-lo a salvo dos sedentos por sangue e dos mortos-vivos. Com a proteção de Avacyn, os humanos conseguiam enfrentar as criaturas que buscavam destruí-los. A fé tinha um poder real para o rebanho de Avacyn. Os cátaros, guerreiros sagrados da igreja, guardavam os povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia sagrada. Mesmo uma família isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de certa segurança em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o poder de suas proteções começou a falhar. Sem ela, ninguém está a salvo, nem mesmo em Thraben, a maior cidade e sede da igreja.

 

Nestes Tempos de Desespero

Esta é a história por trás dos eventos que acontecem durante o Bloco de Innistrad, conforme explicado de maneira fragmentada em diversos artigos no site da Wizards.

As criaturas horripilantes sempre existiram em Innistrad. Os humanos deste mundo sempre confiaram na própria fé como proteção contra vampiros, lobisomens, espíritos e carniçais. Mas ultimamente, os amuletos sagrados e as runas perderam sua força. A proteção dos sacrários dos viajantes e das orações campestres está diminuindo. As mágicas dos matadores de vampiros e dos caçadores de lobos não são mais garantia de proteção contra as criaturas que espreitam nas sombras. O Lunarca, líder da venerada Igreja de Avacyn, sabe o que os sacerdotes da aldeia sussurram: que o arcanjo Avacyn abandonou Innistrad.

O povo de Innistrad estavam acostumado a viver em um mundo atormentado pelo mal. As guaridas de proteção mantinha os monstros na baía, mantendo as aldeias relativamente seguras. Orações e símbolos sagrados baniam geists e vampiros, permitindo que os seres humanos controlassem os ninhos de horrores quando o perigo ameaça as cidadelas. Graças à presença do arcanjo Avacyn, esperança e crença mantinham o poder real para ferir a escuridão.

As pessoas estão acostumadas a verem seus entes queridos transformados em zumbis, vampiros e outras abominações. Agora, porém, os humanos, tanto vivos quanto mortos, estão se tornando monstros em quantidade alarmante. Uma morte pacífica, também conhecida como Sono Abençoado, é o objetivo da maioria dos humanos de Innistrad. Mas permanecer enterrado após a morte é um luxo para poucos, e os sobreviventes precisam suportar a indignidade de ver seus entes queridos se tornarem monstros homicidas. Os aldeões são mordidos por lobisomens nas ruas e em suas casas. As possessões por geists se tornaram demasiado comuns. Em Innistrad, a esperança está se tornando o que há de mais precioso.

Innistrad contava com a Igreja de Avacyn para mantê-lo a salvo dos sedentos por sangue e dos mortos-vivos. Com a proteção de Avacyn, os humanos conseguiam enfrentar as criaturas que buscavam destruí-los. A fé tinha um poder real para o rebanho de Avacyn. Os cátaros, guerreiros sagrados da igreja, guardavam os povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia sagrada. Mesmo uma família isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de certa segurança em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o poder de suas proteções começou a falhar. Sem ela, ninguém está a salvo, nem mesmo em Thraben, a maior cidade e sede da igreja.

Porém, a crença avacyniana não é a única fé. Cultos, como o Skirsdag, instigam a convocação das forças infernais. Rachaduras na terra, tais como a Ashmouth, praticamente regurgitam demônios que espalham caos e morte onde quer que vão. Incentivados pela longa ausência de Avacyn, tais demônios começaram a usar seres humanos para fazerem seus caprichos pervertidos. Os seres humanos tornaram-se os brinquedos dos monstros lendários que uma vez eram apenas contos assustadores ditos diante de fogueiras.

A situação é terrível, mas nem todos perderam a esperança de que Avacyn retorne. Os anjos não abandonaram os humanos apesar de seu poder de protegê-los ter diminuído. Os guerreiros sagrados da igreja trabalham incansavelmente para reforçar as defesas que mantêm o mal afastado. Firmes em sua fé, os sacerdotes fazem o melhor para assegurar a seu rebanho que às vezes a hora mais sombria vem pouco antes da aurora.

Sorin Markov, o planinauta vampiro, voltou a seu plano natal. Mas o herdeiro do Clã de Markov não é bem-vindo entre os seus, e nem esperaria ser. Os que conhecem o segredo de seu passado o execram. Em Innistrad, Sorin Markov é um traidor. A família Markov é uma das mais poderosas casas vampíricas de Innistrad, e Sorin foi criado em uma "vida" de sumo privilégio na Mansão Markov em Stensia. Por muitos séculos, ele viu os vampiros ficarem mais e mais ousados nos maus tratos, e às vezes massacres sem qualquer pudor, dos humanos de Innistrad.

Os vampiros tornavam-se cada vez mais fortes neste mundo, alimentando-se dos humanos a tal ponto que a existência da raça humana estava ameaçada. Sorin Markov, já então um poderoso planinauta, enxergava o suficiente para ver como isso acabaria. Os humanos seriam caçados até a extinção, o que causaria a morte dos próprios vampiros. Sorin sabia que precisava encontrar uma forma de impedir aquilo. Ele sumia de Innistrad por meses, até anos, de cada vez. Os outros vampiros presumiram que ele fosse um eremita, um príncipe excêntrico e antissocial. No entanto, sem que seus semelhantes soubessem, ele estava viajando pelo Multiverso em busca de uma solução para a grave situação de seu plano natal. Após anos de pesquisa, Sorin retornou com um plano revolucionário, um plano que lhe faria um pária para os próprios vampiros salvos por ele.

Dessa forma, Sorin estabeleceu uma religião de poder verdadeiro para ajudar os humanos a se defenderem das forças das trevas. Ele criou um contrato vivo, uma aliança, um anjo chamado Avacyn, capaz de manter o equilíbrio entre a humanidade e seus predadores. Na verdade, a fé de Sorin era uma série de encantamentos e mágicas criados para proteger os humanos do plano. E seu trabalho teve sucesso. Ele deu aos humanos a vantagem necessária para darem a volta por cima e repovoarem o mundo. E por séculos a religião se desenvolveu e deu frutos, tornando-se mais profunda e complexa do que Sorin imaginara originalmente.

Ele sabia que não poderia permanecer em Innistrad para manter os encantamentos que a abrangiam. Assim, instituiu uma forma de "renovação" da magia em sua ausência. Sorin formulou um sistema de proteções e mágicas que, quando conjuradas repetidamente, fortaleciam a magia protetora geral da fé. Para encorajar os humanos a evocar as proteções e manter a força dos encantamentos, ele fez de Avacyn o foco da adoração e incorporou crenças a respeito da lua e da vida após a morte, já prevalentes no mundo.

Mas seu guardião angelical desapareceu, e as ameaças sombrias de Innistrad ameaçam o povo mais uma vez. E Sorin voltou, determinado a encontrar Avacyn e impedir a extinção da raça humana, poiso povo de Innistrad contava com a Igreja de Avacyn para mantê-lo a salvo dos sedentos por sangue e dos mortos-vivos. Com a proteção de Avacyn, os humanos conseguiam enfrentar as criaturas que buscavam destruí-los. A fé tinha um poder real para o rebanho de Avacyn. Os cátaros, guerreiros sagrados da igreja, guardavam os povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia sagrada. Mesmo uma família isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de certa segurança em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o poder de suas proteções começou a falhar. Sem ela, ninguém está a salvo, nem mesmo em Thraben, a maior cidade e sede da Igreja.

Muito antes do próprio Sorin Markov nascer e mais tarde criar Avacyn, Innistrad já era habitada por criaturas malignas chamadas Demônios. O próprio ritual de imortalidade vampírica criado por Edgar Markov somente foi bem sucedido graça a um dos mais antigos demônios existentes neste plano: Shilgengar. Ele manipulou o velho alquimista e o fez dar início à maldição dos bebedores de sangue. Porém, quando o ritual foi realizado com seu neto Sorin, este despertou sua centelha de planinauta. Talvez este acontecimento não tivesse sido calculado por Shilgengar, ou talvez tenha sido. O fato é que será difícil descobrir a resposta, uma vez que o velho demônio desapareceu e nunca mais foi visto desde esta época.

Avacyn foi quem descobriu que o combate contra as forças infernais tinha um grande fator de deseqüilíbrio: cada vez que um demônio era morto em combate, ele reaparecia pouco tempo depois em algum ponto distante do mundo. Sendo assim, embora os vampiros alegassem ser imortais, a verdade é que os verdadeiros detentores de tal título deveriam ser os demônios. Mas o arcanjo não descansou enquanto não encontrou uma forma de derrotar definitivamente seus adversários. Dessa forma, surgiram o Colar de Prata e o Helvault.

O que não pode ser destruído deve ser exilado. Essa foi a solução de Avacyn para impedir a eterna ressurreição dos demônios derrotados. Ela forjou um colar que serviria como algemas e um receptáculo gigantesco que serviria como prisão, ambos moldados em prata pura. Um por um dos demônios capturados pelos exércitos angelicais de Avacyn era algemado com o colar e despachado para dentro do casulo sagrado batizado como Helvaul. O Colar de Prata tornou-se o símbolo da Igreja de Avacyn, empunhado constantemente pelos sacerdotes e cátaros. O Helvault está localizado no pátio da sede da Igreja, próximo à borda de um penhasco com vista para o mar, na Cidade Alta de Thraben. Depois de Avacyn, o Helvault é o maior símbolo de adoração que existe em Innistrad.

Liliana Vess, a ambiciosa maga da morte, veio para Innistrad em busca de um demônio. Ela acredita que se matá-lo, estará a um passo de se liberar do pacto infernal que fez e de retomar a posse de sua preciosa alma. Tal criatura se chama Griselbrand, um poderoso arqui-demônio e figura central do culto secreto conhecido como o Skirsdag. No entanto, nem mesmos seus cultistas sabem qual o seu paradeiro atual, pois ele desapareceu na mesma época que Avacyn.

O que ninguém sabe é que Griselbrand havia colocado em prática um plano sem precedentes e extremamente ousado para derrotar Avacyn: ele se dirigiu para o local mais santo da sede da Igreja em Thraben, sob a lua cheia, e desafiou o arcanjo para um combate ali mesmo, no jardim em frente ao Helvault. A luta perdurou um longo período e apenas um punhados de clérigos, juntamento com o lunarca Mikaeus, testemunharam-na. Por fim, em um ato de esforço desesperado, AVacyn usou toda sua força restante para conduzir Griselbrand para o interior do Helvaut. Mas o poderoso demônio alcançou o arcanjo com sua lança antes de ser tragado, transpassando seu coração e arrastando-o consigo para dentro da prisão de prata.

Como os dias e as semanas se passaram, os praticantes da fé sentiram os efeitos do desaparecimento de Avacyn. Curandeiras falhavam e orações para Avacyn ficaram sem resposta. As falanges angelicais começaram a diminuir e não tardou para que surgissem rumores de que o arcanjo havia abandonado aquele mundo, o que desencadeou a uma crise de fé em todas as quatro províncias. As criaturas das trevas sentiram a ausência do poder sagrado e tornaram-se mais ousadas e mais famintas. Mas Sorin voltou, determinado a encontrar Avacyn e impedir a extinção da raça humana. Embora os humanos estejam amedrontados e desesperados, o seu real protetor não os abandonou e pretende restaurar o eqüilíbrio da vida em Innistrad.

O problema é que o Helvault foi criado para ter o propósito de confinamento, ou seja, Avacyn o modelou para que a passagem foi apenas em um sentido: o de entrada. Por isso, nenhum dos demônios e nem o próprio arcanjo são capazes de romper o recepiente místico para escaparem através de suas próprias forças. Os clérigos que testemunharam seu destino ficaram aterrorizados e, devido ao ocorrido, não sabiam o que fazer. Eles não podiam contar a verdade para o povo, pois isso poderia destruir sua fé e até mesmo a própria Igreja. Assim, para evitar pânico em massa, o sacerdote Mikaeus fez os padres que haviam contemplado tal tragédia jurar segredo absoluto.

As mensagens dos membros da Igreja de Avacyn foram destinadas a conter rumores e despistar a falta de aparições de seu protetor, ainda que isso apenas tenha estimulado mais ainda a especulação e a desconfiança da população. No interior das muralhas da Cidade Alta de Thraben, a influência de fantasmas, vampiros e lobisomens ainda não foi sentida, com exceção de alguns incidentes dispersos. Nas províncias, no entanto, qualquer mensagem diferente de "auxílio está a caminho" era totalmente desnecessária para os aldeões.

Em Stensia, as famílias de vampiros estão experimentando um renascimento social: uma verdadeira demonstração de poder semelhante às primeiras eras de sua existência em Innistrad. Vampiros sempre tiveram apreciação por uma espécie de status macabro de celebridade neste plano e agora, cada vez mais, as famílias vampíricas assumiram direito de residência entre os seres humanos, sendo conhecidos por promoverem festivais de orgias, caça e sangue. Embora as mensagens de esperança e confiança cheguem aos párocos de Stensia, a autoridade da Igreja avacyniana está falhando. A proporção da população em Stensia já mudou radicalmente, em favor dos vampiros, e o receio de Sorin com relação a um mundo ausente de humanos parece cada vez mais real.

O papel da Igreja em Nephalia era manter os seres humanos a salvo das ações de necromantes. Agora que a magia santa está perdendo sua força, ataques de mortos-vivos em postos comerciantes e cidades portuárias ficaram ainda pior. O mercado negro de cadáveres funciona ativamente nos subterrânos das cidadelas, permitindo que os praticantes de magias obscuras tenham cobaias de sobra. Geists e espíritos inquietos de naufrágos que morreram no mar chegam pelas praias durante a calada da noite e outros surgem dos cemitérios devido ao enfraquecimento do selo místico proporcionado pela benção de Avacyn para o Sono Bendito. Nephalianos regularmente encontram os rostos ou outras partes do corpo de seus entes queridos nas extremidades de suas armas de prata.

Toda a agricultura foi abandonada em Kessig. Rebanhos de ovelhas e pastores têm sido dizimadas por lobisomens, bem como geists emergem das planícies para atormentar os fazendeiros ao longo das estradas solitárias. As canções populares e provérbios rústico de trabalhadores de campo, anteriormente impregnados com o poder da fé em Avacyn, agora são apenas palavras ao vento e de nada mais servem. Todos os habitantes dessa província sempre foram desconfiados por natureza, mas agora nenhum viajante necessitado vai encontrar qualquer tipo de ajuda por parte deles.

A província de Gavony, casa de Thraben e local da Helvault, pode ser o mais estranho onde as mudanças têm surgido. A fé era tão importante para tantas vidas em Gavony que a perda de Avacyn abalou esta terra muito mais do que as outras. Como os humanos estão enterrados aqui, os mortos-vivos corpóreos e incorpóreos sempre foram um problema, mas todos os incidentes sempre foram esquecidos pois eram rapidamente solucionados pelo arcanjo. Agora, com o abalo da sensação de segurança, a população de ghouls famintos cresce rapidamente e geists assombrando os becos escuros das aldeias Comunidades fundadas em torno das tradições acalentado de Avacyn estão fragmentandas. Pequenas capelas encontram-se em completo abandono. E, talvez o mais perturbador, as fileiras de cultistas adoradores do demônio Skirsdag têm crescido assustadoramente nestes tempos sombrios. Volpaig, um bispo menor da Igreja, tem secretamente trabalhando para o Skirsdag e descobriu rumores de que seu mestre Griselbrand foi trancafiado no Helvault. Aos poucos, Volpaig tem revelado seu envolvimento com o Skirsdag e difundido seu culto entre os cidadãos desesperados de Gavony. Alguns seres humanos realmente sacrificaram-se voluntariamente nas mãos dos Skirsdag, apenas por acreditarem que estavam fazendo a diferença e que eles podem afetar a onda de trevas que ameaça envolver Innistrad.

Mesmo depois que Avacyn desapareceu e as criaturas diabólicas da noite avançaram, as pessoas das quatro províncias sobrevivem. O poder de proteção diminuiu, mas a Igreja recruta novos guerreiros sagrados para empunharaem armas e lutar. As orações aos anjos não foram respondidas, mas vilarejos fecharam suas fronteiras e as estradas encobertas pelo manto de névoa que leva ao deserto. Os ghouls e geists ganharam uma vantagem sobre os seres humanos, fazendo com que as criaturas da escuridão parecessem mais malignas do que nunca. Mas juntos, o povo de Innistrad apresenta uma frente unida, capaz de manter a humanidade segura quase como se Avacyn nunca a tivesse abandonado. Porém, infelizmente, segurança é apenas uma ficção confortável.

Os horrores da Innistrad aprenderam a fraqueza de suas presas. As matilhas de lobisomens testam as defesas das aldeias e cada vez mais descobrem o quão fracas elas estão se tornando. Agora, eles aterrorizam vilarejos por todo o campo sem medo de caçadores ou armas de prata abençoada. Vampiros conseguem escolher suas presas humanas como bem entenderem, possibilitando adquirirem ascendência entre as grandes famílias de cada província. Geists aparecem nos quartos das crianças e dos santos. Os zumbis furam as defesas mesmo de cidades fortemente protegidas pela Igreja. Monstruosas construções de carne avançam desimpedida em santuários protegidos, matando inocentes que confiaram nas promessas de Avacyn.

Os seres humanos enfrentam uma terrível distorção de conhecimento na luta contra os demônios. Até mesmo os laços da morte não mais obedecem às leis naturais. Lobisomens, aparentemente mortos, começaram se levantar novamente e cambalear, com muito mais fome do que antes. Geists retornam depois de ser exorcizados por magias de banimento dos clérigos mais poderosos. Vampiros estão rindo de estacas e fogo. Cada vez mais a queda da Igreja Avacynian corre pelos ouvidos impacientes, pois a sabedoria antiga já não se aplica mais na lutra contra as hordas das trevas.

A angústia cresce mais a cada dia, pois crescem os sinais de que o povo de Innistrad pode estar perdendo a esperança. Estátuas do arcanjo amado são encontradas derrubadas, e não pelos ataques aleatórios de lobisomens furiosos, mas sim por seres humanos desesperados. Cultos demoníacos ganharam a adesão das pessoas procuram algum poder, qualquer poder, no qual possam confiar. Enormes navios zingram os mares enfrentando as brumas em busca de algum porto seguro longíquo. Algumas aldeias têm feito oferendas de seus próprios membros mais fracos, acreditando que estes sacrifícios acalmarã as feras com fome durante a noite. Não há mais refúgio seguro, mesmo no coração dos cidadãos. E os monstros sabem disso.

Se nada de bom veio nesta época sombria, pelo menos foi devido a ela que a humanidade reconheceu a necessidade da coletividade. Clérigos não-ortodoxos, caçadores impiedosos e heróis locais que dispensam bons modos mobilizam as defesas das aldeias. Avacyn deixou de apoiar as proezas da fé, mas a sua magia tornou-se reforçada com o desespero, como a ameaça de morte iminente. Os praticantes de magia aprenderam a usar o desespero de suas perdas crescentes em seus feitiços, dando-lhes a força para deter as fileiras dos mortos, em vez de se juntar a eles. Os seres humanos têm até aprendido com seus inimigos, descobrindo novas maneiras de explorar o poder tentador das trevas.

Contudo, mesmo em meio à uma situação tão terrível, nem todos perderam a esperança de que Avacyn retorne. Os anjos não abandonaram os humanos apesar de seu poder de protegê-los ter diminuído. Os guerreiros sagrados da igreja trabalham incansavelmente para reforçar as defesas que mantêm o mal afastado. Firmes em sua fé, os sacerdotes fazem o melhor para assegurar a seu rebanho que às vezes a hora mais sombria vem pouco antes da aurora.

Para complicar as coisas, dois visitantes chegam a Innistrad com objetivos que vão mexer com os antigos segredos do plano. A ambiciosa planinauta Liliana Vess veio em busca de um demônio que ela acredita estar munida com poder suficiente para destruí-lo e ficar um passo mais próxima de liberar-se do pacto infernal que fez e de retomar a posse de sua preciosa alma. E o outro viajante que cruzou as Eternidades Cegas e desembarcou em Innistrad é o caçador Garruk Falabravo, que veio em busca de uma presa pessoal: a prõpria Liliana. Em seu último encontro, Liliana usou o poder do Véu Metálico para amaldiçoar Garruk, corrompendo seu poder de invocar feras selvagens. Ela ainda carrega o artefato sinistro e Garruk ainda carrega seu rancor.

Desde que Liliana adquiriu o Véu Metálico e, especialmente desde que ela destruiu um dos seus credores demoníacos, ela é como uma nova pessoa. Ou melhor, ela é uma versão de si mesma que está tomando um caminho ainda mais obscuro do que antes. Claramente, ela está assumindo maiores riscos; afinal qualquer um que procura por demônios acaba se vendo horrores além da imaginação. A feiticeira pode estar se colocando em grande perigo, usando o poder desconhecido do Véu para realizar seus objetivos, mas de uma maneira assustadora ela parece até estar se divertindo em fazê-lo. Tudo o que lhe falta agora para concluir sua missão macabra é descobrir o paradeiro atual de seu credor: o demônio Griselbrand, que está preso no Helvault devido à luta com Avacyn.

Thalia foi uma das mais promissoras aprendizes dentre os cátaros de Gavony. Como uma jovem inquisidora, soldada e caçadora de vampiros, ela provou seu valor logo após graduar-se na academia nas terras de Elgaud. Ela era uma espadachim excelente, superando os vampiros antigos de várias linhagens e ganhando uma reputação de sabedoria no campo de batalha. Mas era a sua alma obstinadamente carinhosa que a destacou e garantiu seu lugar entre fileiras de elite do Thraben.

Quando ela estava apenas no segundo ano como cátaro, ela atraiu a atenção de um homem chamado Lothar, o Guardião da cidade de Thraben, um soldado reverenciado que comandou uma força de protetores de elite a serviço do Lunarch. Lothar testemunhou Thalia investir contra uma horda de lobisomens de Krallen para resgatar um único homem de idade, e ficou impressionado com sua coragem altruísta. A jovem cátara cortou, lutou e arriscou tudo por uma única alma inocente e naquele mesmo dia fez parte dos históricos guardiões de elite de Lothar. Logo, ela cresceu para se tornar o segundo em comando de Lothar, confiada a ajudá-lo a defender a Cidade Alta de Thraben.

Como braço direito de Lothar e sendo considerada sua subalterna de plena confiança, Thalia soube do Helvault, o obelisco de prata no pátio da Catedral. Ela aprendeu sobre o Hevault, uma relíquia protegida e sagrada da Igreja de Avacyn. Mas não lhe foi dito todo o segredo: que o arcanjo desaparecido estava aprisionado em seu interior.

O papel e o propósito do Helvault eram conhecidos apenas pelo Lunarca Mikaeus e alguns de seus bispos mais confiáveis. Para tornar o mundo seguro dos demônios, Avacyn, o arcanjo protetor, tinha usado o obelisco para confinar os demônios mais poderosos que não podiam ser mortos. Mas, o Helvault se tornou eventualmente a ruína do anjo. O mais antigo dos demônios, Griselbrand, desafiou Avacyn para um duelo. Ele próprio pousou com ousadia e hereticamente no Helvault, bem no centro do pátio da Catedral de Thraben. Anjo e demônio lutaram observados pelo Lunarca e os mais altos oficiais, uma batalha titânica por vários dias. Eventualmente, Avacyn reuniu o restante de sua força e invocou a magia de selamento para enviar Griselbrand à prisão de prata e assim aprisioná-lo para sempre. Porém, Griselbrand enganou Avacyn, apunhalando-a no coração com sua lança e causando a reversão do feitiço. Tanto o perverso lorde demônio e como o ferido arcanjo, foram trancafiados no Helvault, mergulhando Innistrad em um tempo de trevas.

Com o desaparecimento de Avacyn, o poder da magia sagrada foi diminuindo. Como Thalia testemunhou em primeira mão, na ausência de Avacyn, os males do mundo subiram para atacar a humanidade.

Mikaeus lutou contra o que fazer sobre o aprisionamento de Avacyn. Ele trabalhou com magias que pudessem romper a superfície de prata do Helvault, que potencialmente liberasse Avacyn. O Helvault continha o salvador do mundo, mas também continha Griselbrand e várias hordas de horrores inimagináveis que Avacyn ao longo dos anos, aprisionou. Se quebrasse o Helvault, Avacyn estaria livre, mas todos esses demônios também seriam lançados de volta ao mundo.

Pior que isso, o coração de Avacyn estava perfurado quando ela caiu dentro da prisão de prata. Dentro do interior atemporal do Helvault, a magia do artefato a deixava numa espécie de êxtase, que iria mantê-la viva quando de outra forma ela iria morrer por causa da ferida. Caso Mikaeus encontre uma maneira de romper o Helvault, ele pode se tornar um traidor de Griselbrand e deixar Avacyn ser destruída para sempre.

Foi tomada a decisão, diante da natureza dos acontecimentos que envolviam o gigantesco fragmento de prata, que tudo seria mantido em silêncio. Mikaeus nem sequer informou o capitão da guarda, Lothar, que o Anjo da Esperança estava preso dentro do santo obelisco, ele apenas disse a Lothar para protegê-lo com sua vida.

Lothar ensinou a Thalia sobre este dever, por sua vez. Ela nunca entendeu o que estava dentro, apenas sabia que o Helvault deveria ser protegido das garras do mal a todo o custo. Thalia prestou o mesmo juramento que jurou Lothar: que sob a pena de morte, ela nunca permitiria que o Helvault fosse molestado.

Porém, depois vieram as hordas dos mortos.

Geralf e Gisa, uma dupla de irmãos mestres zumbis, desencadeou a maior conquista da sua vida: uma vasta horda necromântica de ghouls e necro-alquímicos skaabs. Eles cercaram a cidade de Thraben com seu exército macabro, cada um com a esperança de superar o outro em sua rivalidade entre irmãos loucos, enviando ondas de criaturas profanas à cidade santa. Dezenas de civis e cátaros caíram em defesa de Thraben. Em última instância, Thalia traçou um plano, recolhendo a palha de todos os telhados ao redor de Thraben, para criar uma armadilha para as hordas de mortos-vivos. Ela enganou os ghouls e skaabs, queimando-os até as cinzas em um grande círculo de fogo antes que eles pudessem penetrar o santuário da Catedral de Thraben.

Mas ela não foi capaz de salvar a vida de seu superior amado. Estranhamente atormentado, por vozes do mal durante a batalha, Lothar pulou de um dos altos muros de Thraben direto para morte. O Lunarca Mikaeus promoveu Thalia, dando a ela o título de Guardiã de Thraben. Mas, o Lunarca logo foi assassinado também no decorrer do assalto de Geralf e Gisa. A morte do Lunarca seria uma triste notícia para as quatro províncias e mais um outro duro golpe sobre a eficiência da Igreja. Então Mikaeus foi enterrado em segredo, levado às catacumbas clandestinas sob a catedral. E junto com ele foi enterrado o segredo da prisão de Avacyn dentro do Helvault.

Thalia encarregou-se dos cátaros de elite de Thraben após se promovida ao lugar de seu antecessor. Ela tornou-se também o único ser humano que tinha o dever de manter o Helvault seguro e, sem seu conhecimento, de manter Avacyn selada dentro do mesmo. Poderia até ter sido capaz de quebrar o própria Helvault, se ela tivesse o conhecimento e inclinação para fazê-lo, pois foi a única com coragem suficiente para enfrentar as criaturas demoníacas e seu poder desencadeado. Porém, ela tinha feito uma promessa ao seu velho amigo Lothar e ao Lunarca. Tanto a prisão de prata quanto sua palavra permaneceram intactas. Por um certo tempo.

Há muito tempo atrás, Liliana prometeu sua alma para quatro poderosos demônios em troca de juventude eterna e um comando extraordinário sobre magia necromântica. Mas, embora ela desfrute dos benefícios de seu acordo das trevas, Liliana não é de pagar suas dívidas de forma justa. Acreditando que se assassinar os demônios conseguirá libertar sua alma da dívida, ela começou uma missão de caça através do Multiverso. Ela já matou Kothophed, o primeiro dos quatro demônios que reclamaram a sua alma. Mas isso não lhe trouxe paz. Porém, as marcas que brilham em seu corpo quando ela usa a magia, os termos rúnicos de seu contrato que se inscrevem diretamente em sua pele ainda permanecem. E o poder sombrio do artefato, o Véu Metálico, continua atraindo seu desejo cada vez mais que ela o carrega.

Ela sabe que o demônio Griselbrand reside em algum lugar no plano da Innistrad. E sua busca se aproxima do fim. Pela intimidação, persuasão e ameaça direta de morte, Liliana reuniu as pistas de que precisava para traçar seu caminho até seu destino. Na província de Stensia, ela aniquilou demônios enquanto procurava as informações ao redor do Ashmouth, até cruzar com um demônio menor, que só a provocava e ria de suas tentativas de intimidação. Mas ela conseguiu o que queria, lubridiando o demônio enquanto ele se gabava da adoração que os humanos tinham por ele. Liliana tinha uma nova pista para prosseguir. Tomou o rumo para a província de Nephalia, onde ela desenterrou fofocas sobre adoradores de demônios nas cidades de Havengul e Selhoff. Suas investigações conseguiram para ela um nome e um lugar: o culto Skirsdag e a cidade de Thraben.

Porém, Liliana tem outro fator para lidar: o planinauta Garruk Wildspeaker, a quem ela amaldiçoa com o poder do temido Véu Metálico em seu último encontro. Ao mesmo tempo em que ela está na trilha de Griselbrand, Garruk está na dela, e sua aflição junto com a mana preta, só fez o enorme caçador se tornar mais implacável.

Até agora, Griselbrand demonstrou ser frustrantemente tímido. Liliana teve de traçar seu caminho para Thraben e descobrir mais sobre o culto Skirsdag, na esperança de que alguém saiba o paradeiro do demônio. Entretanto, ela está começando a sentir dúvidas sobre a sensatez de usar o Véu para continuar a sua necromancia. A insistência do Véu foi crescendo de forma alarmante. Mas ela não tem certeza se será capaz de derrotar Garruk sem poder do artefato e nenhuma de suas táticas para despistá-lo tem dado certo, pois o amaldiçoado persegue-a incansavelmente.

Essas duas únicas mulheres de espírito logo se encontrarão uma com a outra. Thalia, a mulher que jurou proteger Thraben, que nunca permitiria que mal algum chegasse a relíquia sagrada, o Helvault, no coração de sua cidade, vai enfrentar Liliana, a feiticeira determinada a destruir Griselbrand, que nunca permitirá que um soldado vinculado a Innistrad ficasse no caminho das suas ambições. E com este confronto, o destino de Avacyn será descoberto.

Liliana rumou até Thraben. Seus pés doíam e suas runas coçavam. Ela vasculhou Innistrad em busca de Griselbrand, encadeando pistas frustrantes após pistas, lidando com todo o tipo de criaturas, de demônios até os seres humanos irritantes ligados ao plano de Innistrad. Agora, ela se encontra entre os sacerdotes, símbolos sagrados e (o pior de tudo) estátuas de anjos: é a cidade santa de Thraben. Mas um fato a faz sorrir, pois ela consegue encontrar Volpaig, o chefe do culto de adoração ao demônio, conhecido como Skirsdag.

Não houve surpresa para Liliana ao descobrir que o líder do Skirsdag também é um bispo. Em todos os mundos, as pessoas buscam o poder em quaisquer formas que elas consigam encontrar - um princípio que ela entende muito bem. Liliana confronta Volpaig, assim como ela esperava e exige saber o paradeiro de Griselbrand, mas o bispo recusa. Ela o ameaça com dolorosas e imediatas lesões corporais, mas Volpaig promete proteger seu mestre a qualquer custo, mesmo sob a ameaça de morte. Liliana prepara um feitiço para destruir esse patético peão, mas em seu último suspiro, ele deixa escapar alguma coisa. Quando Volpaig morre, ele sombriamente observa que a única pessoa que sabe onde está o demônio, está morto: Mikaeus, o Lunarca, que morreu em um recente cerco a Thraben por hordas de mortos-vivos furiosos.

Finalmente, as coisas estão começando a dar certo para Liliana. Um pouco a mais de intimidação a leva ao lugar de descanso de Mikaeus, as catacumbas sob a Catedral de Thraben. Ela sopra vida antinatural para o corpo em decomposição de Mikaeus, revivendo o antigo Lunarca para que assim possa saber o segredo final de seus lábios podres. Compelido a servir, o corpo profanado de Mikaeus diz à necromante o que ela tanto anseia saber: que Griselbrand está preso no Helvault.

Liliana utilizou muita energia para levantar um pequeno exército de ghouls. Antes que Thraben conseguisse reunir forças suficientes para detê-la, ela caminha em direção ao pátio da catedral onde o Helvault se localiza, destruindo cátaros e clérigos no percurso. Ela se aproveita mais uma vez do poder tentador do Véu, sabendo que sua magia negra terá de ser ampliada para superar as forças da guarda da catedral. Mas o verdadeiro problema está por vir, mostrando sua silhueta contra a lua. Como pode um necromante reunir a magia necessária para quebrar um altaneiro e sólido monólito sagrado feito de prata da lua? Ela tem uma idéia que pode funcionar, mas ela terá que deixar a Igreja de Avacyn desempenhar o seu papel.

Thalia, a Guardiã de Thraben, sai correndo com seu plantel de cátaros de elite para enfrentar a ameaça dos mortos-vivos. Uma onda de espadas e lanças se choca contra as forças profanas dos mortos-vivos de Liliana no pátio da catedral. Thalia e seus cátaros cercam o Helvault, protegendo-o com suas vidas. Isso é exatamente o que quer Liliana. Com uma onda de magia negra, ela paralisa os cátaros, mantendo-os em um feitiço de paralização. Os ghouls continuam o ataque contra eles, horrivelmente roendo a carne de seus ossos, enquanto eles são incapazes de resistir. Em seguida, Liliana dá seu ultimato: um feitiço que obriga jovem Guardiã a fazer uma terrível escolha.

A necromante fala em alto e sombrio tom para que Thalia decida o que acontecerá em seguida. "Ou esta pedra brilhante será aniquilada", diz ela, "ou os seus compatriotas morrerão aqui e agora. A escolha é sua." Thalia pode sentir o poder da magia coercitiva que está sobre ela. Ela prometeu que nenhum mal se abateria sobre o Helvault durante sua vigia. Era a sua promessa, como Guardião de Thraben, cumprindo o legado de seu antecessor. Está ciente que é a sua única missão, o trabalho que só ela é responsável. Mas ela sabe que esta bruxa não vai parar apenas com seus cátaros e pode continuar avançando, talvez até contra as pessoas inocentes. Thalia hesita, murmurando baixinho maldições contra a necromante, pesando o seu voto contra as vidas dos soldados sob seu comando e todos os outros povos de Innistrad que possam dificultar o caminho de Liliana. Por seu lado, os cátaros lutam para permanecer em silêncio, abafando a dor com os ghouls de Liliana a devorá-los. Mas, finalmente, apenas o grito abafado de um de seus cátaros, leva Thalia a fazer sua escolha.

As paredes de Thraben foram cercadas por mortos-vivos. Famílias de vampiros vagam abertamente nas aldeias e escutam-se uivos de lobisomens que assolam as terras distantes. O Helvault pode ser uma relíquia sagrada, mas a promessa de Thalia não vale nada se ela for obrigada a apoiar a dor e a morte. Cabisbaixa, Thalia aponta para o obelisco de prata. Liliana acena com a cabeça, seu feitiço estava completo.

Por um momento, todos os sons cessaram.

Fendas surgem no Helvault, revelando de seu interior os raios de uma luz que perfuram a noite. Em seguida, uma grande explosão arremessa longe as duas mulheres, destrói os ghouls e os cátaros caem no chão. Uma espiral de luz dourada irrompe o obelisco, iluminando o céu com seu brilho ofuscante. O monólito feito de prata da lua foi rompido e uma série de entidades demoníacas está agora livre de sua prisão, correndo para as sombras. Entretanto, todos os olhos estão voltados para o ser luminoso que apareceu diante dos seres humanos.

É Avacyn, o anjo da esperança: pura, inteira e eterna.

Em poucas tempo, o retorno Avacyn provoca um aumento na magia sagrada em todo o plano. A presença de Avacyn revitaliza as bênçãos sagradas de párocos e nas enfermarias entalhadas em santuários de beira de estrada. O retorno do vôo dos anjos, o final da desesperançca e a expulsão das feras monstruosas que afligiam as províncias. Arquimagos cuja magia divina havia sido atenuada recuperam o seu poder e agora são capazes de conjurar feitiços poderosos em nome de Avacyn novamente.

Criaturas nunca avistas antes em Innistrad começam a surgir, algumas que haviam se escondido durante os tempos sombrios e algumas totalmente novas, forjadas para o serviço divino pela própria Avacyn. O mal não foi destruído no mundo, longe disso. As trevas podem ser construídas em Innistrad pela própria natureza. Mas aqueles que dependem da proteção de Avacyn têm novas armas nessa luta. O exército de cátaros de Thalia é renovado, sua força e fé são restauradas. E isso nem mesmo importa para Liliana, pois ela só tem olhos para o seu encontro com o demônio que finalmente reencontrou.

Conforme Griselbrand é libertado do Helvault, o seu primeiro pensamento, é claro, é de alimentação. É um momento agridoce para um lorde demônio. Ele contemplou que seu plano havia dado certo e a escuridão estava reinando sobre Innistrad, porém enquanto embriagava-se com seu sucesso, Griselbrand também observou tudo se desfazendo. Avacyn e os demônios presos na prisão de prata foram liberados novamente, restituindo tudo como era anter. O culto Skirsdag terá a abundância de seres escuros para adorar mais uma vez. E Griselbrand será capaz de continuar a alimentação da tentação dos mortais, mesmo enquanto consome suas almas.

Mas Avacyn está de volta agora, restaurada e ilesa. O truque de Griselbrand, em última análise, não fez nada. Os anjos estão retornando e o poder divino está sendo restaurado. A melhor coisa que ele pode fazer agora é escapar discretamente para o Ashmouth, enquanto os mortais estão ocupados comemorando. Ele deve aguardar o momento propício, reconstruindo o seu domínio sobre este mundo, atraindo os mortais com promessas de poder. Então, talvez um dia, ele estará pronto para planejar sua vingança. Este mundo, ele pensa, vai contemplar Griselbrand em toda a sua majestade, mais uma vez, e sobre os seus joelhos se lamentando.

No entanto, Liliana não chegou tão longe para vê-lo escapulir de um obelisco à distância. Talvez o demônio não a tenha visto devido à explosão de luz, no pátio da catedral, ou talvez ele não pudesse reconhecê-la depois de tantos anos. Mas ela o reconheceu, um dos demônios que reivindicou a posse da sua alma.

A bruxa abandona a cidade de Thraben, pois seu trabalho por lá estava completo, e seguiu Griselbrand até Ashmouth. A troca de olhares é breve. O lorde demônio fica surpreso ao vê-la e ele rapidamente percebe o quão grave essa reunião será. Ele conduz com bravatas, rapidamente silenciadas por Liliana, ao mesmo tempo em que destrói alguns de seus asseclas. Ela não está aqui para jogos ou bate-papo.

Ele tenta negociar com a feiticeira, oferecendo-lhe ainda mais poder. Ela vê através de suas mentiras e recusa. Liliana permite que o Véu Metálico alimente-se de sua tentação por poder e assim um vórtice de energia sombria se forma, revelando uma profundidade de ódio que nem mesmo ela não sabia que possuía. Ela finalmente vê perecer Griselbrand.

O sentimento de satisfaçãoo a enerva e, por um momento fugaz, ela se pergunta se será capaz de controlar esse poder se manifestou diante dos seus olhos. O chão onde estava Griselbrand está vazio agora. O ar sulfuroso do Ashmouth continua estranho. Uma multidão de demônios menores se afasta, dando a Liliana um amplo espaço, formando um círculo silencioso em torno da planinauta enquanto ela se prepara para sair.

Através das quatro províncias, os seres humanos estão alegre e tranqüilos pelo retorno de Avacyn. Com a chegada de um novo ciclo lunar, os moradores destrancam as portas, abençoam as lanças de pratas e os anjos estão de prontidão mais uma vez. Os cátaros respondem as chamadas dos aflitos, golpeando as criaturas demoníacas. Avacyn lidera o ataque, estendendo as suas asas como se quisesse abraçar o plano inteiro.