quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Fblthp


O ruído que escapa dos lábios de Fblthp poderia ser melhor descrito como um gemido. Ele não fala nenhuma língua que os cidadãos de Ravnica estejam familiarizados, mas soa como gemido agonizante de desespero que era instantaneamente reconhecível.

Fblthp era imensamente grato por seu serviço ao Senado Azorius, pois raramente o obrigava a deixar a segurança e simplicidade relativa do Jardim dos Magistrados. Suas funções eram relativamente simples: remover detritos das passarelas, polir as placas menores que decoram as estátuas de legisladores notáveis e alertar os agentes de segurança sobre qualquer problema.

Como outros que prestam serviço ao Senado, Fblthp desfruta de proteções básicas e subsídios adequados para o seu cargo, conforme previsto por lei. Inclusive ele cresceu acostumado com a maneira como era tratado por seus superiores (ou seja, ignorado). Ele recebeu uma casa modesta e tinha refeições todos os dias, em troca de seus serviços no Jardim. Da mesma forma, quando ele sofria alergias causadas por  plantas locais, o Senado prontamente lhe forneceu o remédio adequado. Era uma existência segura e maravilhosa.

Não é comum os membros das outras guildas visitar o Jardim do Magistrado e o aparecimento dessas pessoas de fora geralmente causava medo em Fblthp. Os druidas cobertos de folhas da Selesnya não eram muito malvados, apesar de terem tendência a acariciá-lo enquanto proferiam orações indecifráveis. Já os pesquisadores Simic diversas vezes murmuravam entre si sobre cruzar Fblthp com um bastão ou uma anêmona do mar. Nesses momentos, Fblthp geralmente "lembrava" de algum dever esquecido do outro lado do Jardim e escapulia.

Um dia, enquanto recolhia restos descartados de comida e outros lixos do Jardim, ele foi abordado por uma mulher humana. Reconhecendo a figura imponente por sua armadura e o traje estilizado dos Azorius, o homúnculo percebeu que ela era uma encarceradora. Isso era estranho, na verdade. A maioria dos encarceradores que visitavam o Jardim ignoravam completamente a presença de Fblthp, muitas vezes até o chutavam sem querer. No entanto, ela dirigiu-se até ele e inclinou o corpo de modo a olhar diretamente em seu olho.

"Você é Thbltpth?", perguntou ela. A última palavra trouxe uma incontrolável emoção que tornou-se evidente no rosto do homúnculo.

Fblthp piscou duas vezes e balançou a cabeça ligeiramente.

"Eu sou Parisha. Sirvo à Nona Delegacia e, nos termos do disposto IV.126.3 da Portaria Isperia, eu venho requerir sua ajuda. Favor, acompanhe-me."

Ela ofereceu a mão. Fblthp choramingou.

Fblthp nunca tinha estado dentro de qualquer uma das três majestosas colunas que compunham Nova Prahv. Elas eram incrivelmente altas, reluzente e impecáveis. Sem dizer uma palavra, ele foi conduzido até uma câmara no primeiro andar por um serviçal vedalkeano. Piscando lentamente, Fblthp nervosamente absorvia seu novo ambiente, as paredes nuas e a inútil mobília que era alta demais para o seu tamanho. Ali ele ficou pacientemente esperando pela moça conforme lhe fora instruído a fazer.

Eventualmente, Parisha abriu a porta de madeira e regressou. Determinada e eficiente, mas não de maneira rude, ela se sentou e colocou dois pergaminhos sobre a mesa. Ela olhou com expectativa para Fblthp, mirando em seqüência para a cadeira oposta. Percebendo a impossibilidade de seu pedido em silêncio, levantou-se e ergueu Fblthp da cadeira. Ele nunca tinha estado tão longe do solo.

"Esse é Vedax Gor", Parisha proclamou em tom ríspido enquanto desenrolava o primeiro pergaminho. "Há meses, ele associou-se à um certo estabelecimento Rakdos. Um tipo de clube de diversão, como eu soube que é conhecido". Parisha cuspiu a frase com desagrado. Fblthp tremeu um pouco perante a imagem do ser humano estranho. Seu rosto estava repleto de cicatrizes, piercings e tatuagens. Pedaços rasgados que mal podiam ser qualificados como roupas encontravam-se pendurados preguiçosamente sobre aquela criatura desnutrida. Fblthp nunca tinha encontrado nada parecido com ele. E nem queria.

"Vadax Gor goza de todos os tipos de depravação", Parisha continuou, "mas ultimamente seus gostos têm crescido perversamente. Ele não está mais satisfeito para manter sua tolice contida ao Culto. Ele é suspeito no desaparecimento de dois dos nossos cidadãos. Com sua ajuda, não haverá uma terceira vítima. Investigadores ainda não encontraram evidências diretas do envolvimento em Gor nestes seqüestros, por isso precisamos pegá-lo no ato."

O olho de Fblthp se arregalou. Ele brevemente cogitou a possibilidade de sair correndo porta afora e se Parisha poderia alcançá-lo, mas ele sabia que isso era tolice. Ele não teria permissão para voltar para as suas funções se ele desobedecesse uma encarceradora. Além disso, ele ainda estava muito alto naquela cadeira. Ele não tinha certeza se poderia saltar para baixo, sem se machucar. Sem outras opções, Fblthp gemeu baixinho.

"Os últimos dois sequestros ocorreram próximo desta loja de peles", Parisha disse, apontando para segundo pergaminho desenrolado, que era um mapa. "Acreditamos que o proprietário da loja está de alguma forma envolvido. Talvez ele esteja informando Gor quando um provável alvo aparece. Você irá até lá para entregar esses formulários de impostos. Eles terão de ser preenchidos de imediato e em triplicado. Se as nossas suspeitas estiverem corretas, Gor vai fazer seu movimento assim que você sair de lá."

Se ela tivesse dito apenas isso, Fblthp certamente teria corrido, mesmo que isso significasse deixar para trás seus deveres no amado Jardim. Mas seu olhos suavizou momentaneamente e ela continuou. "Não temas, pequeno. Meus agentes e eu vamos estar vigiando toda a área. Nós nunca te perderemos de vista. Você estará em perigo, sim. Mas Gor não vai colocar as mãos em você. Você estará de volta no Jardim Magistrado em poucos dias. Além disso, o Édito Isperia não me permite deixar você." Ela sorriu um pouco.

Fblthp não tinha certeza se ele acreditava que isto, mas ele parou de tremer e assentiu lentamente.

Fblthp sempre tinha odiado multidões. Ele queria evitar a movimentada via ravniciana, pois sempre se sentia totalmente perdido entre aquelas centenas de pessoas que andavam perambulando de um lado para o outro, mas de qualquer forma ninguém em particular deu-lhe atenção. Aliás, ninguém fez qualquer esforço para contorná-lo também. Ele quase foi chutado uma meia dúzia de vezes antes que ele chegasse ao seu destino.

O proprietário era humano, mas apenas tecnicamente. Corpulento como um ogro e duas vezes mais feio. Fblthp humildemente apresentou uma pasta de documentos. O homem grunhiu e abriu-a. Pedaços de comida caíram de sua barba desgrenhada enquanto ele começava a leitura (um feito impressionante, considerando todas as coisas). Um fungar ensurdecedor retumbou do nariz daquele homem pela sala enquanto ele seguia para o depósito. Fblthp piscou e olhou para a comida no chão, desconfiado.

Depois de um tempo, o proprietário apareceu e empurrou os formulários preenchidos para cima de Fblthp. O homúnculo curvou-se e virou-se para sair. O homem aspirou ensurdecedoramente de novo, mas Fblthp não entendia por que. Como instruído, o pequeno regressou para as ruas dirigindo-se para trás da loja. Parisha, está disfarçcada como cliente no mercado de frutas ali perto, brevemente fez contato visual com o homúnculo como ele devesse adentrar no próximo beco. Isso fez com que ele se sentisse melhor.

Fblthp desceu a viela, lentamente, mas com crescente confiança. Ele imaginou Parisha e seus companheiros estariam fazendo prisões a qualquer momento e que ele poderia voltar para o Jardim. Pensava nas águas mansas dos lagos quando um som terrível surgiu atrás dele. Virou-se rapidamente, esperando ver Parisha ou um dos outros soldados, porém ao invés disso  a forma terrível de Vadax Gor emergiu das sombras. Fblthp deixou cair sua pasta e choramingou.

Punhos vigorosos seguravam o pequeno homúnculo pequena braços e o deixava cara-a-olho com um humano magro. O rosto cheio de piercings e cicatrizes do homem se contorceu em um sorriso de escárnio. Fblthp ficou em silêncio e, instintivamente, começou a tremer. Ele estava mais assustado do que nunca. Também estava distante do solo do que nunca! Uma risada, como a raspagem de botas na calçada, saiu de seu captor. Logo em seguida, aquele humano o colocou debaixo do braço e seguiu em direção de um bairro conhecido por ser controlado pelo Culto do Rakdos e por não ser um bom lugar para ir.

Fblthp começou a choramingar de novo.

Gor era esperto e uma vez que estava com o homúnculo embaixo do braço, deixou a cena do crime para trás. Fblthp fechou seu olho, não querendo ver o destino que o aguardava. Ele sentiu Gor virar à esquerda em um cruzamento. Depois à direita. E então, sem aviso, parou. Fblthp abriu o olho um pouco para descobrir o que estava acontecendo e viu Gor paralisado. Ele abriu o olho um pouco mais, sem compreender o que estava acontecendo.

Parisha aproximou-se por trás depois da perseguição. "Vadax Gor", ela gritou entre respirações pesadas, "você está preso". Enquanto isso, ela já estava desalojando Fblthp das garras do detido. Fblthp notou um brilho azul ao redor de Gor, que ainda estava imóvel.

"Minhas desculpas, pequenino", Parisha murmurou. "O proprietário da loja deve suspeitado de algo e atacou um dos meus agentes, antes que pudéssemos começar a nossa busca. Foi um ligeiro atraso, mas você não estava em perigo." Eles rapidamente se reuniram com outros encarceradores, que arrastaram  Vadax Gor pelo beco em direção à praça.

Fblthp estava em uma antecâmara no sexto andar da Coluna Lyev. Ele nunca tinha estado em um lugar tão elevado. Parisha estava ao lado dele. Silenciosamente, ela se virou, ligeiramente curvada, e acenou para ele. Fblthp não tinha percebido a porta de mármore por onde um oficial entrou na sala.

Parisha o saudou com reverência. "O Senador", ela sussurou para o homúnculo. Fblthp piscou.

"Encarceradora, parabéns por uma missão bem sucedida. Isto é o que você mencionou no seu relatório?" Ele olhou para baixo enquanto lia um pedaço de pergaminho. "Cthillcip?"

"Sim, Vossa Excelência", ela respondeu.

"Muito bem". O ancião burocrata voltou seu olhar para o homúnculo de meio metro de altura. "Nos termos da Portaria III.875.2b Provisão Isperia, por favor, aceite meus agradecimentos em nome do Senado e dos cidadãos de Ravnica. Embora recompensa monetária não seja permitido, seus descendentes podem solicitar ao Senado o fornecimento de uma placa contando seus feitos honrosos para ser colocada em sua lápide após morte". Ele virou-se e saiu da sala.

Parisha acenou para a saída sul da sala. "Venha! Já está na hora de você retornar aos seus deveres." Fblthp praticamente saltou em direção à porta, ansioso para ver o Jardim novamente.

"Pelo menos, até a próxima missão."

Fblthp choramingou.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Colapso


Quando Urza apareceu gravemente ferido e perseguido por phyrexianos, o Reino de Serra, a líder dos anjos da graça, Reya, deu-lhes uma recepção à altura. Muito mais numerosos e preparados, os guardiões angelicais expulsaram os invasores. Porém, a conseqüência da luta foi que a essência do mana negro dos phyrexianos começou a macular o mundo e Serra, entristecida por descobrir que a paz e santidade do mundo que ela criara era tão frágil, decidiu partir logo depois que Urza também voltou para seu mundo de origem e deixar seu trono para Radiante, uma dos mais poderosos líderes arcanjos.

Desaprovando a atitude da planinauta, Radiante acreditava ser a única a verdadeiramente dar importância para o plano e acabou cada vez mais paranóica enquanto esteve no comando. Assim, não demorou muito para que o militarismo e a paranóia religiosa se instalasse. No entanto, Radiante não era uma planinauta e, portanto, não possuía poderes capazes de garantir as mesmas proteções que Serra. Dessa forma, após muita oposição de diversos anjos, como a própria Reya, instituiu-se uma cruzada para expulsar toda a influência maligna phyrexiana e restaurar a plena pureza do Reino de Serra.

Porém, sem a presença de Serra, as investidas phyrexianas eram cada vez mais hostis, causando inúmeras perdas das falanges angelicais. Quando Selênia, braço direito de Radiante, é derrotada e aprisionada pelos phyrexianos, a situação tornou-se incontrolável e Radiante começou a perder a razão, exterminando até mesmo outros anjos por pensar que eles fossem agentes phyrexianos infiltrados. Esta atitude faz com que a energia do mana branco maculado pelos phyrexianos entre em um irrecuperável Colapso, que culminaria com a extinção daquele mundo muito em breve. Tal fenômeno, de acordo com a compreensão de Urza, ocorreria devido ao fato de que o Reino de Serra era um plano artificial criado pela planinauta. Sendo assim, sem a presença dela, a corrupção causado pelo mana preto em confronto com a pureza do mana branco abalaria aquele mundo de tal forma que ele se desintegraria por falta de matéria prima para se sustentar.

Urza reaparece com a recém-construída nau voadora Bons Ventos e, vislumbrando a extensão da corrupção que está ocorrendo no Reino de Serra, propõe-se a ajudar os anjos, levando-os para o plano de Dominária antes que morram em decorrência do Colapso iminente. Radiante tenta impedir Urza de salvar os anjos, alegando o próprio Urza era o causador de toda aquela desgraça que recaíra sobre o mundo e iniciando um terrível batalha contra o planinauta. Em um ato de extrema loucura, ela arranca as pedras (Powerstone e Mightstone) das cavidades oculares de Urza e tenta uni-las, mas isso resulta em um explosão muito forte que a destrói. Em seguida, Urza retira o máximo de energia possível do mana que ainda restava no Reino de Serra para que a  Bons Ventos possa ser transportada de volta para Dominária. Por fim, o plano é extinto logo após sua partida.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Nau Voadora Bons Ventos


A nau voadora Bons Ventos foi uma lendária embarcação capaz de viajar através de um Plano para outro. Projetada pelo planinauta Urza e construída na Academia Tolariana usando o metal Thran e a Semente dos Ventos (madeira proveniente da mais antiga árvore viva de Yavimaya), este navio era uma das peças do Legado e provou ser uma parte fundamental nos esforços para salvar Dominária dos invasores phyrexianos. O "esqueleto" de metal foi forjado em Shiv pelos viashinos e a Semente dos Ventos foi um presente de  Multani. Sua principal fonte de energia veio de uma Powerstone que tinha sido energizada com a mana branca do Reino de Serra, antes que deste deixar de exister devido ao Colapso.

Em um esforço para poupar a Bons Ventos das atenções dos phyrexianos, Urza confiou a nau às mãos de uma rica família zhalfiriana para mantê-la escondida. Foi assim que Sisay herdou o navio de sua família depois que eles foram misteriosamente mortos por Yawgmoth. Urza também sabia que precisava do humano perfeito para conduzir o seu navio perfeito. Dessa forma, ele deu início a um grandioso projeto de engenharia genética destinado a criar guerreiros aptos a confrontar os phyrexianos. Tal projeto foi chamado de Bloodline e dele surgiram os Soldados Metathran, que haviam sido mutantes gerados a partir de resquícios das características da antiga civilização Thran, bem como um grupo de humanos e humanóides no auge de sua força, agilidade e inteligência. Muitos testes foram feitos e nem todos foram bem sucedidos, mas com o tempo as pesquisas baseadas no clã Capasheno resultou no nascimento de Gerrard  Capasheno, que eventualmente se juntou à tripulação do navio e, com o tempo, provou sua capacidade de liderança conforme esperado. 

A principal missão que a tripulação tinha era resgatar a coleção de artefato chamada Legado. Em Mercádia, eles encontram a Matriz de Energia e os Fragmentos de Ramos (Dente, Crânio, Chifre, Coração e Olho), bem como foi durante esse tempo que a Bons Ventos também serviu de meio de transporte para libertar os povos de seus opressores phyrexianos. Mais tarde, antes que a missão seja completamente concluída, Sisay é aprisionada por Volrath, mas a tripulação sob o comando de Gerrard segue para Rath a fim de resgatá-la. Lá, eles encontram pela primeira vez aquele que seria um dos seus mais poderosos adversários: o Predador. Trata-se de galeão phyrexiano em forma de garra, comandado pelo ameaçador comandante Greven il-Vec, de espetacular força e crueldade.

Durante a Invasão, a nau voadora estava sempre no centro dos planos de Urza para a defesa de Dominária. Ela quase foi destruída por Crosis, o mais poderoso dos dragões primordiais. Sisay aproveitou-se de um momento de fraqueza dos poderes da criatura e, literalmente, jogou a Bons Ventos contra ele. O choque fez ambos despencarem dos céus e, mesmo com o corpo do dragão absorvendo grande parte do impacto, o resultado foi a inutilização da Bons Ventos e, por sorte, a morte de Crosis. Porém, Karn consegue repará-lo após reler o Tomo Thran e descobrir novas formas de modelar o metal existente na embarcação (consequentemente alterando a aparência da Bons Ventos também). Após diversas batalhas, o navio foi definitivamente destruído em sua última batalha sobre os céus de Urborg ao defender Dominária perante a chegada de Yawgmoth.

Ao longo dos anos, a embarcação teve muitos tripulantes, mas foi esta equipe escreveu seu nome como os heróis da história de Dominária: comandante Gerrard Capasheno; capitã Sisay; navegadora-mestre Hanna; primeiro-imediato Tahngarth; curandeira Orim; assistente Ertai; engenheiro Karn; soldados Mirri, Crovax e Rofellos; patrulheiro Starke il-Vec; grumete Squee; e o feiticeiro-maro Multani. Obviamente, houve também inúmeras outras pessoas que trabalharam na Bons Ventos, afinal tratava-se de um gigantesco navio e dezenas de pessoas estavam envolvidas com atividades menores ou engrossavam as fileiras de combatentes ali existentes.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Assistindo a Hibridação

Processo e Resultado da Hibridação

A carta Hibridação Veloz mostra um humano em processo de transformação em um híbrido de sapo e lagarto, vítima de um típico experimento da guilda Simic. O responsável pela arte foi o artista Jack Wang, que trabalhou a partir da seguinte descrição fornecida pela equipe criativa da Wizards: "Mostre-nos um mago que está sendo transformado em uma criatura com a cabeça de algo parecido com um peixe e com as abas laterais no pescoço, como de um lagarto-de-gola, além de ter o corpo proporcional a um gorila mas com aspecto de sapo. Ele está rasgando  suas vestes à medida que se transforma. Se houver espaço, mostre um espectador horrorizado."
 
Em seguida, Wang completou o trabalho ilustrando adicionalmente a ficha correspondente ao Sapo Lagarto resultante da transformação. Um detalhe curioso é que olhando atentamente para este híbrido mutante, você perceberá que ainda restam alguns pequenos fiapos da roupa nos braços e nas pernas. Note também que todos os espectadores horrorizados não estão mais presente. Provavelmente fugiram aterrorizados... ou foram devorados!

 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Flavor Text: Jolrael, Imperatriz das Criaturas


I NEED NO ARMY. I HAVE JAMURAA.

Tradução: Eu não preciso de exército. Eu tenho Jamuraa.


A maga protetora das florestas e dos animais era integrante da corte real de magos do reinado Zhalfir até se tornar uma xenófoba que se refugiou no interior da Selva Mwonvuli para viver em comunhão com a natureza. Seu poder era vastamente conhecido e temido, pois era capaz de dar vida e força para toda a terra ao seu redor.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sursi


Sursi descreve tanto uma área de planícies de Dominária quanto a aldeia localizada em suas proximidades. Tal povoado fica perto da Meseta Sagrada, uma das lendárias áreas de reprodução dos pégasos. Também fica perto da Catedral de Serra, um local de culto construído para homenagear a planinauta Serra e seus anjos.

A partir do nome, você pode imaginar que a carta Cavaleiro de Sursi, da série Visões do Futuro, vem exatamente deste local. Antes de Visões do Futuro, Sursi era apenas mencionado no flavor text da carta Pégaso de Meseta, da edição Alpha. Nela, o texto dizia:

Antes de uma mulher se casar na aldeia de Sursi, ela deve visitar a terra dos Pégasos de Meseta. Diz a lenda que, se a mulher tem o coração puro e seu amor é verdadeiro, um Pegasus de Meseta aparecerá, abençoando sua família com vida longa e boa sorte.

Depois de vagar pelos planos por mais algum tempo, Serra voltou sua atenção para Dominária. Mais especificamente para as planícies de Sursi, onde ela encontrou uma magnífica raça de pégasos e passou algum tempo com eles. No entanto, ela foi atacada por um ladrão que na verdade era um planinauta disfarçado.

Serra percebeu que a perda de Feroz era uma dor que ela nunca superaria, pois era maior que pensar que veria um mundo paradisíaco definhar novamente. Sendo assim, ela não ofereceu nenhuma resistência ao ladrão que queria sua aliança de casamento, pois pensava ser algum artefato poderoso, e foi apunhalada mortalmente.

Um clérigo chamado Angus que passava pelo local testemunhou a cena covarde do ladrão desferindo o golpe em Serra, embora não soubesse quem ela era. Reunindo toda a coragem que possuía, Angus conseguiu distrair o assaltante e fugir com o corpo de Serra em seus braços. Serra poderia ter curado a si mesma, mas seu desejo era morrer. Dessa maneira, em seus últimos dias antes de morrer, ela transmitiu valiosos ensinamentos ao clérigo. Inspirado por tudo que Serra lhe transmitira, Angus iniciou a construção da Catedral de Serra a redor de seu túmulo.

Algumas lendas antigas dizem que foi o desejo de morrer de Serra que havia criado um portal planar para Ulgrotha que ocasionalmente aparecia nas planícies de Sursi, quando nevava muito e a lua estava cheia. Não se sabe se ele ainda existe, pois pode ter sido destruído após os sucessivos eventos que afetaram Dominárias. Mas, de acordo com os registros do povoado, o método a utilizar o portão era bem específico:

Nas águas frias de um profundo lago perto de Sursi encontram-se três menires empilhados de maneira a formar uma porta. Se alguém passar por aquela porta quando a Lua estivesse cheia e houvesse neve no chão, então sairia pouco tempo depois nas montanhas de Koskun.

Uma pedra menir é uma grande pedra em pé, ou seja, um monolito. As montanhas que formam as Cataratas de Koskun são lugares de Ulgrotha que possuem uma gama altamente rica em metais e carvão. A Fortaleza de Koskun pode ser encontrado ali, na qual legiões de clãs de goblins e orcs são governadas por Eron, o Implacável.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Carrilhão do Apocalipse


Não se sabe ao certo como Ravi adquiriu o Carrilhão do Apocalipse, mas especula-se que ela tenha recebido e sido instruída sobre como usá-lo por seu próprio mestre, depois que a iniciou na seita. É provável que tenha sido guardado como um às na manga pelos Tolgath e, quando a derrota fosse iminente, eles fariam uso daquele item. Ou talvez Ravi apenas tenha elaborado um plano ambicioso para ser a única sobrevivente daquela Guerra, pois a única informação confirmada é que a planinauta trancou-se na torre Espiral de Basalto, no centro de Ulgrotha, para depois ativar o Carrilhão do Apocalipse.

O poder do artefato soou através de todo o plano, resultando na Grande Destruição. A Guerra dos Feiticeiros terminou, pois o efeito do Carrilhão rompeu todo o fluxo de manas existente no plano e, assim, destruiu quase tudo que havia nele. Além disso, embora talvez a própria Ravi não soubesse, o estrago provocado por tamanho poder destrutivo se propagou através de vários outros planos e gerou efeitos que os desestabilizaram, bem como também criou as Zonas Mortas em Ulgrotha (locais onde a energia do mana se extinguiu por completo) e desencadeou o surgimento de pequenas brechas que conectavam alguns mundos entre si. Ou seja, o estrago provocado em Ulgrotha se propagou através de vários planos e gerou efeitos que os desestabilizaram. Por exemplo, em Kamigawa o “mundo espiritual” começou a se fundir com o “mundo físico”. No entanto, algumas destas brechas acabaram sendo ampliadas até o ponto de se tornarem Fendas Temporais devido à diversos eventos através da história de Dominária e que, mais tarde, convergiria ao evento da Emenda.

Atualmente, Ravi vive sob a alcunha de Avó Sengir em Ulgrotha. Dizem que ela ficou louca após o utilizar o Carrilhão, mas talvez a informação mais assustadora é que ninguém mais conhece o poder deste singelo item que ela ainda possui até hoje em seu poder.