segunda-feira, 4 de março de 2013

Insurreição na Cidade Grande



Esta é a história por trás dos eventos que acontecem durante o Bloco de Ravnica, conforme explicado de maneira fragmentada em diversos artigos no site da Wizards.

Há muito tempo atrás, em algum dado momento durante a Era dos Dragões Ancestrais, Ravnica era uma zona de guerra entre diferentes Guildas. Além destas corporações, o mundo era repleto de criaturas poderosas e colossais. Os dragões sobrevoavam o mundo como semi-deuses subjulgando as raças inferiores aos seus caprichos e os nefilins eram personificações da total impotência dos mortais perante o explendor da natureza. Nestes tempos primordiais do plano, não havia nada que parasse o derramamento de sangue e uma guerra aberta era a ordem do dia.

Havia um fluxo de “visitantes” de outros mundos que foi gradativamente diminuindo até finalmente cessarem completamente. Este evento coincidiu com as aparições crescentes de espíritos dos mortos, que começaram a vagar sobre o mundo dos vivos. Ambos acontecimentos provavelmente fizeram parte de alguma anomalia do Multiverso.

Contruído com a tecnologia antiga dos planinautas que outrora visitaram Ravnica e projetado para ser capaz de se deslocar para qualquer lugar que existisse, o Parélio e seus tripulantes anjos viajaram até os confins do mundo, apenas para descobrirem que em algum ponto distante, a existência terminava em si mesma. Não havia caminho de saída. No entanto, como o espaço dobrava-se sobre si mesmo, uma bolha foi formado, criando um bolsão espacial onde antes era o local para onde se dirigiam os espíritos dos mortos (futuramente, este local seria chamado de Agyrem). Ravnica havia sido selada de alguma forma.

Antigamente, o mundo era um caos realmente perturbador e os espíritos dos mortos talvez fossem um aviso de que em breve as próprias guildas iriam se destruir. As guildas, nesta época, já eram o poder central em Ravnica, disputando entre si constantemente para alcançar um domínio. Esta “guerra fria” é, ainda assim, melhor do que o estado em que as coisas se encontravam antigamente, aonde uma constante guerra aberta ocorria todos os dias.

No entanto, foi no dia em que os inimigos Razia e Cisarzim se encontraram no campo de batalha, que tudo estava prestes a acabar. Todos acreditavam que os dois líderes máximos das maiores ordens militares de Ravnica começariam uma luta histórica que ficou conhecida como o Confronto de Dois Campeões. Porém, o combate nunca chegou a acontecer, pois ao invés disso os dois inimigos mortais apenas aguardaram juntos a chegada dos demais comandantes das guildas.

Os dez paruns (fundadores originais das guildas) estavam reunidos. Após um longo debate, eles decidiram baixar suas armas para sua própria sobrevivência e criaram o Pacto das Guildas, um grande tratado que definiria o papel de cada guilda na sociedade, tornando possível assim uma coexistência relativamente harmoniosa. É claro que nada foi tão simples. Dos dez paruns presentes, Apenas Azor (o principal interessado) e Razia estavam certos de que o Pacto seria a única alternativa para o fim do caos; enquanto os demais permaneceram em um impasse. Até que Svogthir, o líder Golgari, concordou em assinar, e depois disso os outros paruns o copiaram. Mesmo Cizarzim e Rakdos, que inicialmente foram radicalmente contrários à proposta, se viram obrigados à fazerem parte do acordo, pois caso contrário seriam severamente oprimidos por ele.

Os termos do documento foram escritos por Azor e, então, assinados com sangue e magia por todos os paruns. Cada signatário teria agora uma atribuição, uma parte no acordo, que iria fortalecer a própria magia do Pacto das Guildas e permitir que cada uma delas tivesse uma função na nova sociedade que se comprometeram a construir

É lógico que um mero pedaço de papel raramente é suficiente para acabar com a ambição. Enquanto as guildas fingem com falsos elogios defender o Pacto das Guildas, na verdade o fazem por que é necessário, ou caso contrário as outras guildas se aproveitariam disso como desculpa para eliminá-las. A maioria, em suas maneiras particulares, trabalha para enfraquecer as outras na intenção de se tornarem o poder único em Ravnica.

Quando o Pacto das Guildas foi criado, as facções que existiam não eram exatamente as dez guildas. Na verdade, ele não foi ainda chamado de Pacto das Guildas no momento. Seu nome original ficou perdido na história. No entanto, as facções que existiam, em seguida, foram as progenitoras das guildas posteriores. A cada uma foi dado o lugar e responsabilidade que uma guilda agora detinha. Cada um dos líderes dos grupos tornaram-se os primeiros paruns de suas respectivas guildas. Foi por causa do Pacto das Guildas que essas facções foram capazes de ordenar-se e prosperar.

O Senado Azorius é responsável por elaborar as leis de Ravnica e tentam mantê-la longe do caos. Seus membros são os mais odiados por muitos, já que eles é que elaboraram a rede social do mundo. Tentam a todo custo manter as coisas como estão, pois acreditam que a mudança traz a desordem e a guerra. Embora sejam pacifistas, mantém inúmeros cavaleiros sob seu comando. Mas quem os defende realmente é a sua magia da lei, pois a Lei é o maior aspecto da guilda. Muitos, porém, esquecem que os Azorius são o governo oficial de Ravnica. Foi fundada por Azor, no passado. Até pouco tempo atrás, o Grande Juiz Augustin liderava a guilda acreditando que mudanças apenas trazem caos e problemas. Na sua arrogância, ele decidiu que a melhor forma de servir a Ravnica era mantendo todos os demais incapazes de agir de qualquer maneira, modo ou forma. Infelizmente, os Azorius têm a mágica e os músculos para que assim as coisas permaneçam.

A Legião de Boros acredita numa lei superior, uma em que a moral é fogo e a justica a luz brilhante que dele emana. Conduzida pela arcanja Razia, Boros é a força militar mais formidavel de Ravnica, enfrentá-la de frente seria suicídio e apenas os lutadores mais hábeis e ferozes têm a honra de ser parte da Legião. Tudo em Boros é ação, deixando a análise e a suspeita para outros. Talvez seja por isto que uma parte da Legião de Boros, a Liga Wojek, foi escolhida para fazer cumprir as leis em Ravnica. A sua fé cega na justiça os torna rápidos e eficazes na neutralização de qualquer conflito. Atacam primeiro e investigam depois. Os Skyjek são a divisão militar que cavalga grandes pássaros gigantes, patrulhando o céu de Ravnica. Os Wojek se concentram no Pavilhão, uma grande fortaleza chamada Morada do Sol. Os Boros tem tudo haver com controle de tensões. Os seus soldados, que  incluem humanos, goblins, e minotauros Ordruun, estão tão determinados a manter paz que irão aplicar qualquer tática de guerra que considerarem necessárias. Eles tendem a desembainhar espadas primeiro, depois perguntar, pois  estão quase sempre certos de que qualquer ação que tomem para manter a ordem é uma ação correta. As pessoas que se opõem a eles, por definição, na melhor das hipóteses estão erradas ou na pior das hipóteses são criminosos.

Se os Azorius são o poder legislativo de Ravnica, então a Legião de Boros é o poder executivo. Eles são designados a manter a ordem e sustentar o cumprimento das leis feitas ambos pelo Pacto das Guildas e pelos Azorius. Mas na prática eles tendem a impor qualquer lei que acham que devem impor, para não mencionar algumas que nem existem,  exceto ser em seus corações e em suas mentes. A Wojek, componentes da divisão especial da Legião de Boros, são os soldados-base nesta causa; cada distrito tem uma guarnição da Wojek para protege-la.

O Conclave dos Selesnya crê que a união definitivamente faz a força. Desencorajam todo tipo de individualismo. Para os demais, o Conclave é apenas uma seita de fanáticos totalmente cegos por sua causa. Se os Selesnya não são assim, pelo menos aparentam ser. São um grupo de druidas serenos que pregam viver em harmonia com a natureza, ou o que restou dela. Seu desejo é aumentar os números da guilda, literalmente. Seus evangelistas espalham-se por Ravnica pregando os ideais da guilda, e criam elementais gigantescos para servir de guardiães e trabalhadores. O conclave aceita muitas raças diferentes, desde bestas selvagens domesticadas, a elfos e homens. Os Ledev são a força militar Selesnya. Especialmente elfos montados em lobos e homens montados em cavalos alados. Sua líder se chama Trostany.

Apesar dos Selenya aparentemente serem todos doces e alegres, uma observação mais detalhada mostra o contrário. Muitos cidadãos acham que o Conclave é uma seita, tanto quanto os Rakdos são. Cada membro é um fanático pela causa, e a conformidade não é pedida, mas sim esperada de maneira natural. Ninguém tem certeza se o Conclave realiza lavagem cerebral em alguém ou não, mas muitos membros agem como se eles realmente fizessem.

A história do Conclave esta mais intimamente ligada à magia do Pacto das Guildas do que qualquer outra guilda, mesmo o Senado Azorius. Os Selesnya acreditam terem sido unisomos deste sua fundação pela parun da guilda, Mat’Selesnya – uma fêmea humana em forma elemental criada a partir da fusão de várias dríades (mais precisamente falando, as doze dríades que se sacrificaram quando o Pacto das Guildas original foi formulado). Naquele momento Mat’Selesnya deixava de se tornar uma entidade para formar o espírito de comunidade em si e dar vida a magia que sustentaria o acordo. Sua existência no interior da grande árvore Vitu-Ghazi seria o poder que iria reforçar o Pacto durante os próximos dez milênios.

Os adeptos da guilda Enxame Golgari acreditam que se Ravnica morrer, algo melhor surgirá. Mas eles não empregam violência direta. Ao invés disto, usam doenças contagiosas, fungos venenosos e pestes. Entre eles estão os Devkarin, os elfos da sombra, e os Tetrogenos, misturas de plantas com zumbis. Os Golgari enfiltram-se em Ravnica como um bolor fétido que toma contamina tudo lentamente. Eles exploram a fronteira entre vida e morte para criar seres decaídos e magias sombrias.

Os Izzet são os grandes bem-feitores de Ravnica. Foram eles que construíram Ravnica e a mantém funcionando, buscando sempre novas formas de aperfeiçoá-la. São como cientistas loucos, que abandonam idéias novas por idéias ainda mais novas que parecem melhores. Suas buscas frenéticas normalmente terminam em explosões ou gente carbonizada. Eles conseguiram neutralizar os desastres naturais de Ravnica, mas os desastres que eles próprios causam são tão devastadores quanto os que tanto lutaram para conter. Seu conhecimento avançado no funcionamento da magia e a combinação desta com a tecnologia os faz figuras de grande respeito. São os únicos que sabem como a magia realmente funciona. É importante lembrar que suas invenções são mais alquímicas do que tecnológicas. Apesar de serem eles os responsáveis pela maioria dos trabalhos cívicos benéficos de Ravnica, suas atitudes também levaram a alguns estrondosos e destrutivos fracassos. Isto reflete a personalidade do mestre de sua guilda, o brilhante, porém temperamental, mago dragão Niv-Mizzet.

A lenda diz que para encontrar os Orzhov, basta seguir o ouro, pois trata-se de uma guilda plutocrata de falsos clérigos. Um dia, foi uma verdadeira religião, mas hoje a fé é apenas a máscara que oculta seus negócios mesquinhos e o que mantém os fiéis sob dominação. Quando um nobre da guilda morre, ritos necromânticos fazem seu espírito surgir na terra dos vivos, o que os permite cuidar dos negócios mesmo depois de mortos. É uma representação de temperança da guilda e de vitória sobre a morte. O Conselho Fantasmal, composto dos espíritos imortais dos líderes do Orzhov de outrora, se certifica de que nada permaneça no caminho do Sindicato em controlar Ravnica através do ouro e da ganância. Há dúvidas sobre o símbolo da guilda, uns dizem que é uma bússola, o que afirmaria a sua posição de negociantes, enquanto outros afirmam que é um sol em eclipse total, que quando em um medalhão significa "dono/mestre", e quando tatuado no corpo significa "escravo".

O Conluio Simic é o encarregado da natureza e da vida selvagem de Ravnica. Sua missão é preservar e promover o progresso do mundo natural ao mesmo tempo em que a cidade continua a crescer. A guilda busca proteger os elementos do plano que são incompatíveis ou mutuamente excludentes em relação a suas condições urbanas e de superpopulação. Isso não é fácil, é claro, já que as forças da civilização em Ravnica são tão prevalentes que ameaçam esmagar qualquer coisa que as contrarie. Porém, os Simic praticam um misto estranho de distanciamento e holismo que lhes oferece uma espécie de separação do sistema urbano maior, da qual sua missão de conservação depende.

Inicialmente, os Simics foram incumbidos de preservar tudo que restara da natureza, mas a marcha da civilização ultrapassou seu poder imenso. Desta forma então esta guilda deu-se outro objetivo: não apenas reviver a natureza, mas também melhorar o que dela sobrou. Eles continuamente trabalhavam como funileiros da própria essência da vida, criando novas formas de vida, poderosas, mas abomináveis paródias de seres vivos.
 
Os Simic, assim como os Izzet, sempre foram conhecidos por suas realizações científicas. Mas as semelhanças entre as duas guildas acabam por ai mesmo. Quando o Pacto das Guildas foi posto em prática, os Simic foram incubidos ​​de preservar a saúde das formas de vida e  a natureza, que já estava em uma espiral de morte. A vasta população, que se preocupava com nada a não ser em si mesma, logo asseguraram que os Simic falhassem em seu objetivo original, a medida que a cidade subjulgava rapidamente todas as áreas naturais do mundo. Mas a partir deste contratempo surgiram novas oportunidades, e um novo propósito para o Conluio: a criação de uma nova ordem natural para substituir o que havia sido perdida. Esta nova natureza seria melhor e mais forte, capaz de coexistir e prosperar junto com a agora entrincheirada civilização ravnicana. Assim, todo ser vivente – desde plantas e rãs até leviatãs e mesmo pessoas, estariam dispostas à pequenas manipulações biomanticas.

O Culto de Rakdos é um grande grupo de hedonistas, sádicos, criminosos e psicopatas liderados por um poderoso demônio chamado Rakdos. O Culto de Rakdos combina uma sede de sangue instintiva e o desejo de poder. Eles são sádicos e cruéis só por diversão. A violência oportunista é seu modus operandi. O caos e a gratificação pessoal são seus objetivos. Eles querem que Ravnica se curve a seus desejos, e qualquer coisa que ficar em seu caminho ou estiver apenas passando por ali é um alvo válido.

Um visitante de Ravnica pode perguntar por que o Culto de Rakdos não foi combatido pelas outras guildas milênios atrás. Afinal, que propósito útil poderia ter uma quadrilha de adoradores de demônios apaixonados pela matança, que não buscam nada senão o próprio prazer em detrimento do direito cívico do próximo? Muito pouco, ao que parece. Mas apesar de serem uma guilda causadora de caos, os Rakdos eram úteis para as guildas cumpridores da lei. Quando os habitantes de Ravnica precisavam remover um obstáculo ou entreter um cliente desagradável, os asseclas de Rakdos estavam sempre prontos para o serviço. Os assassinos Rakdos poderiam ser confusos, mas eles eram muito entusiasmados, e muitos ravnicanos acreditam até hoje que os restaurantes e discotecas do culto do demônio eram incomparáveis.

A abominação de fogo e corrupção, Rakdos, o Profanador, é o lorde demônio fundador da guilda cuja origem é desconhecida para todos. No momento da assinatura do Pacto das Guildas, Rakdos foi um dos paruns que não se sentiu confortáveis com o acordo; mas logo vira que era melhor que fizesse parte do Pacto para que não fosse oprimido por ele no futuro.

Após o Pacto, Rakdos continuou a fazer o que sempre fez: esmagar, matar e comer. O Lorde Demônio entreteve-se com os cidadãos de Ravnica por milhares de anos, mantendo um culto de personalidade cujos números só não aumentavam por causa da alta taxa de mortalidade da guilda. No entanto, para a sorte das pessoas em Ravnica, o Lorde Demônio mantinha-se durante a maior parte do tempo adormecido nas profundezas do Submundo, enquanto seus seguidores espalhavam o caos e a matança pela superfície.
 
Existe em Ravnica a lenda de que há uma guilda secreta, composta por espiões e assassinos. É a Casa Dimir, uma guilda que acredita que o melhor meio para controlar Ravnica é estar invisível. Para tal, espalham a idéia de que não existem e cuidam para que seu segredo não seja descoberto. Mesmo os líderes não se revelam aos seus seguidores. Usam fantasmas como mensageiros e espiões. O símbolo é uma aranha com um olho nas costas.

A guilda Gruul um dia foi poderosa e influente, mas sempre foi mal vista pelas outras guildas. Todos acabaram por lhes reduzir a um amontoado de tribos violentas isoladas da sociedade, e passaram a viver anárquicamente nos distritos arruinados afastados do progresso. Isso fez os Gruul odiarem a civilização, e esse desejo insano os fizeram violentos. Agora els querem destruir qualquer vestígio da sociedade que um dia os baniu de seu lugar. São bárbaros selvagens guiados pelo desespero, pela vingança e pela paixão.

Antes e durante um curto período de tempo após a assinatura do Pacto das Guildas, os Clãs Gruul eram uma guilda selvagem e nobre encarregada de manter os lugares selvagens de Ravnica. Eles deveriam manter a civilização em xeque. Seu parun foi o poderoso e grosseiro ciclope ancião Cisarzim, possuidor do lendário machado Skullhammer. A civilização e as outras nove guildas, no entanto, invadiram todos os lugares selvagens do planeta. Isso mudou os Gruul.

Conforme os ermos e selvas foram sendo engolidos, assim também eram tomas as responsabilidades dos Gruul. Os Simic alegaram jurisdição sobre futuro da natureza. Os Selesnya pregavam sobre a natureza, a fim de trazê-la para seu Conclave. Com as suas responsabilidades assumidas por outros, eles passaram a ser vistos como alheios ao Pacto das Guildas e o Senado Azorius começou a escrevê-los fora da lei. Fora da lei, os Boros não eram obrigados a protegê-los e os Orzhov eram livres para escravizá-los.

Os Gruul se descentralizaram, perdendo qualquer tipo de liderança real. A guilda se tornou nada mais que uma afiliação frouxa de clãs – e eles estão com raiva. Eles foram explorados e ignorados durante séculos e já tiveram o suficiente. Agora os anarquistas se agarram a qualquer razão para causar o caos e destruir um símbolo da civilização.

Logo após a assinatura do Pacto das Guildas, o mundo ainda se encontrava em um caos residual, graças aos longos tempos de guerras abertas. A pilhagem, escravidão, miséria, fome e decadência poderiam ser vistas em todos os cantos. As guildas ravnicanas então assumiram a responsabilidade de reverterem isto e dividiram-se em tarefas com o objetivo de melhorarem o mundo como um todo. As criaturas monstruosas que fossem consideradas um perigo para a manutenção desta nova ordem foram caçadas até sua virtual extinção. Uma dessas apocalípticas entidades eram chamados de nefilims e foram aprisionados abaixo da terra. Assim, o plano começou sua longa evolução em um planeta essencialmente urbano.

A magia do acordo era implacável e conferia poder absoluto às guildas, embora também mantesse o equilíbrio entre elas. Com exceção dos Gruul, que acabaram sendo atropelados pelo progresso das cidades e excluídos do Pacto, as guildas de Ravnica fizeram suas agendas avançarem, sem que as demais pudessem interferir. Elas ainda continuaram a atacarem umas as outras, mas agora em uma constante guerra fria que acontecia nos bastidores onde sempre tentavam encontrar brechas nas leis para adquirirem mais poder.

O Pacto das Guildas durou bastante tempo sem violações graves, até o dia do Decamillennial (aniversário de 10 mil anos do acordo). Neste dia, o Coral do Conclave iria realizar a Canção da Convocação, um ritual através do qual todo o plano seria abençoado, e seus pecados perdoados. Este ritual também renovaria o Pacto das Guildas por mais milhares de anos.

No momento do Decamillennial, Szadek tomaria o controle do Conclave Selesnya (a força oficialmente oposta à ele segundo) afim de impedir que a canção da Convocação fosse realizada pelo Coral do Conclave. Em seguida ele mataria Mat’Selesnya e destruiria definitivamente o Pacto das Guildas. Enquanto isso, a ambiciosa Savra finalmente ajustou suas contas com o trono Golgari.

Mil anos antes do Decamillenial, o quinteto de górgonas conhecido como Irmãs da Morte Petrificante, que eram suas assistentes de maior confiança, rebelaram-se contra Svogthir e o desafiaram pela liderança do Enxame. Como resultado da batalha, o necromante matou duas górgonas antes do seu corpo ser apodrecido e petrificado. No entanto, como ele era um lich e não podia ser destruído, sua cabeça foi separada do corpo e trancada em uma tumba oculta chamada Svogthos.

Conforme prometido por Szadek, ela encontrou a cabeça parun dos Golgari escondida dentro de Svogthos e reanimou um corpo poderoso para que o lich pudesse vingar-se das Irmãs que o aprisionaram. Durante o novo embate, Svogthir matou outras duas irmãs das três que haviam restado. Porém, quando a vitória estava clara, Savra se mostrou uma traidora. Ela não havia contado que o corpo que havia reerguido para o lich não possuía força suficiente para manter-se em uso por mais do que alguns momentos. Dessa forma, ele se desmantelou novamente em um pilha de pedaços de carne putrefata e Savra colocou sua cabeça em seu cetro, proclamando-se a nova líder da guilda. Mais tarde, na noite do Decamillennial Savra se infiltrou no Conclave Selesnya  e tentou toma-lo também, mas Szadek a traiu e a matou.

Depois que Savra foi morta por Szadek, secretamente Svogthir apossou-se do corpo dela e se aliou à Momir Vig na esperança de destruir os cidadãos imperfeitos de Ravnica através do Experimento Kraj. No entanto, poucos segundos após a ativação do Kraj, Vig foi morto pelo espírito de Agrus Kos que viera tentar impedir os seus planos também escondido no corpo de Savra (tanto Agrus Kos quanto Svogthir haviam usado seus espíritos para possuírem o corpo da elfa, porém o Tenente Wojek manteve-se oculto fingindo que a força do parun Golgari o impedisse de agir). Sem uma inteligência superior para guiá-lo, Kraj continuou cego, guiando-se instintivamente e causando alvoroço na cidade. Após sua ativação, Kraj começou a chamar e absorver todo o citoplasto em Ravnica, assim incapacitando, mutilando e matando todos aqueles que usavam o bio-melhoramento Simic. Cada pedaço de citoplasto em todo o mundo rasgou-se livre e voou para Kraj. Seu corpo chegou a tais proporções que mesmo Novijen (o lugar onde o experimento manteve-se desativado) foi capaz de suportar o crescimento do mosntro. Nesse meio tempo, Svogthir desapareu e nunca mais foi visto desde então.

Os planos de Szadek acabaram sendo impedidos pelo tenente Agrus Kos, que capturou e prendeu o vampiro por crimes contra o Pacto das Guildas. Mas Mat’Selesnya ficou bastante debilitada após o episódio. O veterano tenente também descobriu o plano do mestre da guilda Azorius, Augustin IV, que ansiava destruir o Pacto para governar Ravnica. Agrus lentamente foi desvendando os mistérios com uma investigação insistente e participando voluntariamente das tarefas emitidas por Augustin durante todo o tempo para se manter próximo do inimigo.

Quando a guerra interminável entre diferentes facções dos habitantes de Ravnica teve um momento de pausa, Szadek se reuniu com outros poderosos líderes e incitou a proposta do Pacto que Azor I havia sugerido. Assim, sob a alcunha de Guildas, cada grupo teria oficialmente obrigações em troca de liberdade dentro de seus domínios. No entanto, uma cláusula intrigante foi adicionada a pedido do próprio vampiro: a presença e o envolvimento de Szadek com os paruns deveria ser totalmente secreta. Nenhum dos paruns, nem mesmo o próprio vampiro, poderiam tornar a Casa Dimir pública, senão o Pacto seria desfeito.

No entanto, esta parte do acordo era apenas uma forma de esconder a verdadeira função dos Dimir para o Pacto. Quando o documento foi assinado, Szadek foi indiretamente incubido de quebrá-lo um dia. O motivo disso era deixar a própria magia do Pacto das Guildas mais poderosa, pois uma vez que houvesse uma guilda que se opusesse ao acordo, as demais poderiam se unir para combatê-la, e assim a necessidade do Pacto das Guildas perpetuaria. Isso criou um paradoxo na estrutura do Pacto das Guildas que acabaria por permitir que ele fosse tão poderoso que nem mesmo os paruns poderiam desfazê-lo por mero capricho.

Dessa forma, a Casa Dimir nunca existiu oficialmente. A população geralmente acreditava que apenas nove guildas existiam e que, se um dia houve uma décima, esta dissolveu-se há milhares de anos. O nome Dimir manteu-se desconhecido pela maioria das pessoas e aqueles que o conhecem acreditam que ele seja um mito, uma história para crianças ou uma teoria da conspiração paranóica.

Szadek possuía um plano para tentar controlar Ravnica e, para realizá-lo, em determinado momento ele pretendia quebrar o Pacto das Guildas. Por milênios ele organizou tudo para que culminasse em uma grandiosa vitória que ocorreria durante o festival do Decamillenial. Através de uma aliança com a elfa devkarin Savra, que desejava libertar Svogthir (o parun da guilda Golgari) para que ele derrotasse as Irmãs da Morte Petrificante que haviam aprisionado-o e lideravam o Enxame Golgari no momento, Szadek garantiu que seu estratagema funcionasse. Assim que ele prometeu ajudá-la confidenciando a maneira de trazer o antigo parun de volta de sua forma de pedra (cortesia da górgonas), Savra tornou-se uma assecla do vampiro. O próximo passo foi manipular o interior da Legião Boros, fazendo com que diversos cargos de chefia fossem ocupados por asseclas de sua confiança. Em seguida, ele também forjou uma aliança com o Conclave Selesnya e indicou a própria Savra para fazer parte do Coral do Conclave. Era um jeito muito astuto de adentrar em Vitu-Ghazi e se aproximar de Mat'Selesnya, o parun da guilda.

A história do Conclave esta mais intimamente ligada à magia do Pacto das Guildas do que qualquer outra guilda, mesmo o Senado Azorius. Os Selesnya acreditam terem sido unisomos deste sua fundação pela parun da guilda, Mat’Selesnya – uma fêmea humana em forma elemental criada a partir da fusão de várias dríades (mais precisamente falando, as doze dríades que se sacrificaram quando o Pacto das Guildas original foi formulado). Naquele momento Mat’Selesnya deixava de se tornar uma entidade para formar o espírito de comunidade em si e dar vida a magia que sustentaria o acordo. Sua existência no interior da grande árvore Vitu-Ghazi seria o poder que iria reforçar o Pacto durante os próximos dez milênios.

Enquanto Mat’Selesnya permanecesse viva em Vitu-Ghazi, o Pacto das Guildas teria poder e assim foi até que Szadek conspirou para tomar o controle do Conclave e matá-la, com o objetivo de destruir para sempre o Pacto das Guildas e impedir que se renovasse no momento do Decamillennial. Szadek e sua guilda manteram sua parte no acordo e trabalharam invisíveis até o momento crucial de seu plano milenar.

Nas vésperas do aniversário de dez mil anos do Pacto das Guildas a Legião de Boros sofreu um ataque direto, algo considerado completamente improvável para eles (e todos em Ravnica). Os responsáveis pelo ataque eram os Golgari e sua mais nova líder, a ambiciosa Savra. Os teratógenos Golgari juntamente com outras forças aliadas atacaram o Décimo Distrito, pegando a Legião de surpresa. A resistência seria bem mais fácil não fosse o total desaparecimento do escalão angelical Boros. Sem o auxilio dos poderosos anjos, os mortais defenderam a fortaleza com bravura até que os Golgari foram vencidos.

Contudo, o incidente acarretou em uma baixa na auto-estima e confiança da Legião de Boros apartir da qual a guilda descobriria que seus líderes misteriosamente pareciam não estarem mais entre eles e agora os mortais estavam entregues à prórpia sorte. Pior de tudo, os magos da guilda, os únicos que poderiam contatar os anjos, não sabiam dizer o paradeiro de seus mestres. A agora dizimada Liga Wojek teve que pedir ajuda temporária para organizações semelhantes de outras guildas. Muitos cavaleiros ledev do Conclave Selesnya, assim, serviram como oficiais de patrulha auxiliares.
 
O cidadão comum de Ravnica jamais saberá o quanto o Pacto das Guildas esteve perto de uma dissolução na noite em que os Golgari atacaram Vitu-Ghazi, a sede do Conclave Selesnya. Pela primeira vez em séculos, as guildas entraram em guerra declarada. Obviamente, uma reviravolta assim não acontece da noite para o dia: Savra levou anos para infiltrar-se no Coral de Selesnya e ganhar voz na consciência coletiva. Ela tramou a morte de um importante hierarca loxodonte, a queda das górgonas e até mesmo a manipulação total de seu próprio irmão Jarad. Então, novamente, ela obteve uma ajuda "invisível".

Entretanto, o plano de Savra teve uma vítima inesperada: uma garota encontrada morta na luta contra Agrus Kos, o veterano Wojek de muitos anos na guilda onde os melhores e mais brilhantes costumam morrer em ações de guarnição. Ele é determinado, e leal a Razia, mas um pouco cansado da vida, pois já viu politicagem e sofrimentos excessivos em seus dias. A morte da garota levou Kos a um ataque onde nem mesmo os anjos de Boros ousavam entrar e ele acabou por entrar na Árvore-Cidade, o local que seria palco da exterminação quase total do Conclave dos Selesnya.

Mesmo com a revelação dos conspiradores Golgari e Dimir, outras guildas continuaram a agir por conta própria. Com o frágil equilíbrio das guildas ameaçado, os Orzhov colocaram seus planos em ação. A Guilda dos Negócios estava de olho na perturbada província de Utvara, e os patriarcas sabiam que este era o momento certo para reivindicá-la.

Graças à engenhosidade dos Izzet, Utvara já havia sido salva de uma invasão Simic. No entanto, a situação tornou-se complexa com a interferência de um jovem e cruel comandante militar Gruul, que simplesmente não pretendia que os Orzhov conquistassem o que era seu sem uma boa briga.

No momento do do Festival do Decamillenial, Szadek tentaria tomaria o controle do Conclave Selesnya (a força oficialmente oposta à ele segundo) afim de impedir que a canção da Convocação fosse realizada pelo Coral do Conclave. Em seguida ele mataria Mat’Selesnya e destruiria definitivamente o Pacto das Guildas. Enquanto isso, a ambiciosa Savra finalmente ajustou suas contas com o trono Golgari. Conforme prometido por Szadek, ela encontro o corpo petrificado de Svogthir e devolveu-lhe a vida para a ajudá-la a derrubar as Irmãs que o aprisionaram. Em seguida, Savra usou magia matka antiga para abater Svogthir e retirar seu espírito, aprisionando-o em seu cetro, para em seguida proclamar-se a nova Rainha dos Golgari. Mais tarde, Savra se infiltrou no Conclave Selesnya  e tentou toma-lo também, mas Szadek a traíu e matou.

Augustin IV compreendia as detalhadas minutas do acordo mágico e encontrou um paradoxo que poderia ser criado para destruí-lo. Uma vez que a força opositora (Szadek) devia ser mantida em segredo e os paruns não estavam autorizados a transmitir essa informação, ele apenas precisaria nutrir a vontade do vampiro em dominar o mundo para que sua existência fosse ocasionalmente descoberta, arruinando o equilíbrio forçado e permitindo aos Azorius governarem sozinhos. Como um mestre de marionetes, Augustin guiou Agrus Kos a criar tal paradoxo.

O segredo do Pacto das Guildas de que todos os paruns haviam concordado com a violação do acordo por parte de Szadek somente foi compreendido por Agrus Kos quando ele prendeu o vampiro ancião. O tenente havia impedido que tal feito fosse realizado e, consequentemente, abrindo uma deixa para que líder da Casa Dimir iniciasse uma revolta baseado nesta premissa. Obviamente tudo foi premeditado por Szadek, que não apenas planejou tudo aquilo como apenas encenou sua resistência à prisão para que o Pacto fosse quebrado no momento em que ele possuía o poder necessário para enfrentar os outros paruns. Ou assim ele pensava, pois também era esse o plano de Augustin.

Com a magia do Pacto começando a ruir, Augustin visitou Szadek em sua cela no Senado Azorius e frustou os planos do vampiro retirando-lhe a alma do corpo e a enviando para o distrito Agyrem (local onde as almas dos mortos eram destinados na cidade, também chamado de Quarteirão Fantasma). Porém, mais uma vez, Szadek antecipou este movimento e, quando sua alma chegou em Agyrem, seu plano final teve início. Ele acumulou um grande exército espectral, reunindo grande parte dos espíritos desgarrados sob sua bandeira e preparava-se para uma investida aberta contra as demais guildas. 

Depois que o Pacto foi criado, os Alto Juizes viram a forma definitiva de exercer o controle necessário em todo o plano. Isso porque a cláusula que se referia às responsabilidades do Senado dizia que eles teriam a função de criar as leis de Ravnica, o que os colocava na posição de maior poder na cidade. Os Azorius não precisariam nem mesmo de aprovação das outras guildas para isso. No entanto, por ironia, a maior pedra no sapato do Senado ela patriocinada pelo próprio documento que seu parun elaborou.

Razia monitorava as atividades Szadek e ficou irada com tal acontecimento, decidindo que não permitiria que aquele exército infame tomasse as ruas da Ravnica, adentrando no Parélio e se dirigindo para Agyrem afim de atacá-los antecipadamente. Os anjos da Legião Boros entraram em combate aberto com os espectros de Szadek e acabaram perdendo o confronto, bem como a própria Razia foi morta pelo parun vampiro, que estava mais poderoso do que nunca. Durante estes evento, Agrus Kos também encontrou seu fim, enquanto combatia as falanges espectrais. Mas, devido a um contrato Azorius pela prestação de seu serviço, ele não estava preso continuou no distrito fantasma.

Com o Pacto das Guildas quebrado, o parun Dimir Szadek começou a criar o caos enquanto tentava conquistar o poder supremo e não demorou muito para que o resto das guildas de Ravnica também se envolverem em uma grande corrida pelo controle de Ravnica. Agrus Kos, com o auxilio da baronesa Teysa Karlov e do lich Jarad, tentaram encontrar meios de impedir uma guerra generalizada.

No final de tudo, Augustin IV e os demais senadores Azorius se reuniram no Prahv. O árbitro-mor alegou que o plano estava á beira de uma guerra iminente entre as guildas e os senadores iniciaram uma votação para decidirem o destino de Ravnica. Sob o argumento de que a Legião Boros era uma guilda falida sem a presença de Razia e, consequentemente, incapazes de manter a ordem na cidade; os senadores decidiram declarar o Pacto das Guildas uma falha e estabeler uma nova “lei marcial” sob controle do Senado. Com esta medida Augustin assumiria as responsabilidades de um ditador judicial, colocando os azorius sobre controle absoluto sobre o plano por tempo indeterminado.

Entretanto, após derrotar a parun Boros, Szadek foi capturado pelo agora espírito de Agrus Kos, que o prendeu com um “aterrador” (um equipamento feito para capturar espíritos). Sabendo dos planos ditatoriais de Augustin, Kos assumiu o controle do Parélio, reparado por sua companheira Pluma, e partiu para Pravh, o distrito Azoriu onde os senadores estavam reunidos. O falecido tenente forçou a embarcação angelical a se colidir com o Senado, causando centenas de mortes dentre os azorius. Augustin IV ainda estava vivo e tentava encontrar uma rota de fuga, mas Agrus Kos o surpreendeu mais uma vez, ouvindo o avanço de tropas lideradas por Teysa, que havia se unido ao tenente para dar um um fim àquela insurreição. Enquanto Augustin tenta argumentar, Kos arremessa o "aterrador" em sua direção, de forma a quebrá-lo e libertar o espírito capturado de Szadek. Enfurecido e ansioso por vingança, o vampiro destruiu o corpo e devorou a alma do árbitro-mor.

Após esses acontecimento, o irmão de Savra, o Caçador Mestre Jarad vod Savo, que tinha ajudado a derrotar Szadek, assumiu o posto de líder a guilda.  Quando Savra lhe confidenciara o plano de libertar e trair Svoghtir para que ela própria assumisse a liderança dos Golgari, Jarad se opôs à ela. Tentando se afastar desta trama, ele passou um longo tempo longe do Submundo. Porém, a notícia da morte de Savra pelas mãos de Szadek lhe encheu de ressentimentos e Jarad retornou. Após derrotar todos os desafiantes, ele assumiu a liderança da guilda e se casou com Fonn Zunnich, com quem ele teve um filho.

Doze anos mais tarde, Jarad é morto pela cultista de Rakdos, Izolda, ao tentar resgatar seu filho Myc Savo Zunich das garras da bruxa sanguinária. Contudo, Jarad mostrou-se exímio nas artes necromânticas e foi o único ser em toda a história da guilda que conseguiu repetir a façanha de Svogthir de se tornar um lich.

De maneiras cada vez mais estranhas, os Simic começaram a modificar a natureza para que ela pudesse sobreviver em um mundo cada vez mais coberto pela cidade. Eles começaram a "melhorar" a biologia, empurrando evolução e criando novas formas de vida. Os biomantes visionários ainda foram além, e desenvolveram maneiras de aprimorar os corpos das pessoas. Infelizmente para os Simics, o povo de Ravnica não queria ser melhorado ou se submeter a cirurgia necessária para receber estes benefícios (exceto membros do próprio Conluio e pessoas que necessitavam de próteses).

Frustrado e furioso pela rejeição de suas idéias visionárias, o então líder Momir Vig, que comandava os Simic desde até onde se sabia, resolveu fazer as coisas ao seu próprio modo ao invés de contar com a aceitação das pessoas ignorantes de Ravnica. Ele criou os citoplastos e, durante anos a fio, manteve-se ocupado com um projeto biomântico misterioso que envolvia a criação de uma forma de vida definitiva. No entanto ele manteve segredo absoluto sobre o que realmente era este experimento, assim como pra que seria usado.

Durante a Insurreição das guildas, Momir Vig decidiu revelar ao mundo sua obra de genialidade. O Experimento Kraj era, tecnicamente falando, um corpo enorme e amorfo feito de citoplasto, com um enorme aglomerado neurônios em seu cérebro. Vig se uniu à Svogthir (parun Golgari que no momento habitava o corpo de Savra) para finalmente ativar Kraj e usá-lo para varrer Ravnica e contruir um novo futuro para o plano. Kraj derrotaria Rakdos; o lorde demônio que seria libetado em breve também graças às ações de Vig e Svogthir; e com isso o líder da guilda mostraria para os cidadãos de Ravnica que quem comandasse Kraj comandaria todo o mundo.

No entanto, poucos segundos após a ativação do Kraj, Vig foi morto pelo espírito de Agrus Kos. Sem uma inteligência superior para guiá-lo, Kraj continuou cego, guiando-se instintivamente e causando alvoroço na cidade. Após sua ativação, Kraj começou a chamar e absorver todo o citoplasto em Ravnica, assim incapacitando, mutilando e matando todos aqueles que usavam o bio-melhoramento Simic. Cada pedaço de citoplasto em todo o mundo rasgou-se livre e voou para Kraj. Seu corpo chegou a tais proporções que mesmo Novijen (o lugar onde o experimento manteve-se desativado) foi capaz de suportar o crescimento do mosntro.

O episódio mais notável e catastrófico que se tem notícia desde o Decamillennial envolvendo experiências insanas dos Izzet foi com um mago chamado Zomaj Hauc na zona de reclamação do Vale Utvara. Hauc foi sem dúvida o mago mais demente da recente história da guilda Izzet. Sua genialidade e obsessão foram talvez apenas rivalizada pelo seu líder, Niv-Mizzet. Nos últimos anos, Hauc arquitetou um plano que, se funcionasse, teria devastado uma enorme quantidade de cidades de Ravnica. Escondendo seus estratagema no Vale Utvara, uma área afastada da megalópole, ele trabalhou diligentemente explorando seus servos todas as maneiras que pôde para que tudo desse certo e Ravnica se ajoelha-se diante dele. Seu plano envolveu três ovos de dragão que ele tinha descoberto anos no passado. Os dragões de Ravnica, em tempos  antigos, eram imensos e praticamente divindades, que guerreavam entre si. Nos tempos modernos, os dragões são apenas uma sombra pálida daqueles poderosos espécimes de outrora. Com exceção, é claro, do dracogênio líder da Liga Izzet. Hauc manteve aqueles ovos sob grande cuidado durante anos, esperando chocá-los e, em seguida, controlar suas mentes, tornando-se o regente de três semideuses. Inicialmente ele tinha a ajuda da baronesa de Utvara, Teysa Karlov, mas quando ele revelou que usaria os dragões para aniquilar Ravnica e governar a partir das cinzas, ela ficou descontente com a proposta e decidiu que encontraria uma forma de impedí-lo.

Conduzindo seu plano em segredo de sua guilda, ele criou uma bolha de éter que sugava os espíritos e acumulava sua energia ectoplásmica, chamada Cisma. Durante anos, Hauc abasteceu as máquinas que seriam usadas para despertar os dragões. No entanto, seus planos foram interrompidos por Agrus Kos, seus aliados, e a baronesa Teysa Karlov. Zomaj ainda conseguiu despertar dois dos dragões, mas Teysa tomou o controle de um deles e o sacrificou para matar Zomaj Hauc.

O caos causado por Hauc teve fim, mas trouxe conseqüências sérias posteriormente. Cinco nefilims, que haviam acordado devido as obras de construção de Utvara, alimentaram-se do cadáver de um dos dragões acordados por ele. As monstruosidades cresceram exageradamente em tamanho e começaram a destruir tudo. Foi o suficiente para que ninguém menos que Niv-Mizzet aparecesse para resolver a situação e ajudar a goblin engenheira Crix a impedir a destruição. O parun matou dois dos nefilins, mas foi gravemente ferido pelos outros. Entediado com a luta, o dragão partiu e deixou sua guilda abandonada por muitos anos, até retornar recentemente.

Não se sabe ao certo como a Liga Izzet passou a operar desde então, mas é provável que os cientistas loucos não cessaram os trabalhos, ainda mais depois da destruição causada no últimos tempos antes da ruptura do Pacto das Guildas. É muito provável que os Izzet tenham ordens específicas deixadas pelo Mente de Fogo para que toda a guilda se empenhe em reconstruir a cidade (como sempre fizeram).

Em Utvara, os nefilins despertos que Niv-Mizzet não destruiu assolaram completamente a região e depois rumaram para a cidade principal. No mesmo ano, uma série de inssurreições ocorreram causando caos e confrontos diretos entre as guildas, como não acontecera desde antes da assinatura do Pacto das Guildas

Enquanto isso, graças às ações da cultista Izolda, o demônio Rakdos despertava. Tendo permanecido na liderança da guilda durante as centenas de anos que seu parun esteve adormecido, Izolda queria levantar Rakdos e tomar o controle dele para causar o caos em grande escala. Para o ritual funcionar, ela usou fluído cerebral dracônico, fornecido por Momir Vig e retirado do cadáver de um dos dragões mortos em Utvara; e do sangue de um líder de guilda – neste caso, foi utilizado o de Myc Savo Zunich, o filho do recém consagrado líder dos Golgari, Jarad. Isto fez com que os membros do Enxame entrassem em conflito com os cultistas e intervessem. No entanto, o ritual não foi interrompido a tempo, o que resultou na libertação de Rakdos.

Faminto, após centenas de anos adormecido, Rakdos rumou até a superfície devorando todos que via pela frente e com isso aumentando sua força. Ele parou finalmente aos pés de Vitu-Ghazi, o líder Selesnya, onde planejou causar a maior rebelião já vista desde a assinatura do Pacto das Guildas. O Profanador chegou a atacar os muros da Árvore-Cidade permitindo que um enxame de ratos infernais invadissem o local. Momentos mais tarde, Izolda terminou seu ritual, matando Jarad e assumindo finalmente o controle da mente de Rakdos.

Sem que ela soubesse, os Simic conheciam seus planos e planejavam usar o Experimento Kraj para derrotar Rakdos. O demônio lutou com o ser medonho criado por Momir Vig e, na batalha épica que se seguiu, o parun acabou sendo absorvido para o interior do corpo do monstro. Isto pôs Rakdos em um coma e também paralizou Kraj. Izolda recebeu todas as lesões que haviam sido infligida sobre Rakdos durante a luta, assim, entrando em coma também. Logo depois ela foi comida viva pelos insandecidos cultistas que a rodeavam.

O Culto de Rakdos e o Enxame Golgari entraram em conflito direto após a cultista Izolda raptar o filho do líder Jarad. Manipulada por Momir Vig do Coluio Simic, Izolda completou um ritual para despertar o próprio Rakdos. O lorde demônio emergiu até a Cidade de Ravnica causando caos e destruição, matando um nefilim e aparecendo logo em seguida em Vitu-Ghazi, onde planejava causar uma grande rebelião.  

Momir Vig se uniu ao parun Golgari, Svogthir, para ativar o Experimento Kraj e, como primeiro passo, usariam-o para derrotar Rakdos e mostrar aos cidadãos de Ravnica que quem controlasse Kraj controlaria a cidade inteira. Vig acabou morto e Kraj perdeu o controle, destruindo Novijen, matando incontáveis pessoas e avançando para o centro da cidade.

Assim, Vitu-Ghazi haveria de ser alvo de um novo ataque. O lorde demônio Rakdos, depois de ser despertado nas profundezas do Submundo, emergiu no Distrito Selesnya com intenções de causar uma grande revolta. Ele abriu um enorme buraco no muro construído ao redor da Árvore-Cidade após o ataque no Decamillennial, permitindo que uma ninhada de incontáveis ratos invadissem o guildhall. O próprio Rakdos atacaria Vitu-Ghazi, mas o Experimento Kraj desviou sua atenção. Os dois seres entraram em confronto e Kraj absorveu Rakdos em seu corpo, colocando o demônio em um estado semelhante ao coma. Isso, no entanto, foi demais também para Kraj.

Após Kraj ter sido desmembrado por integrantes do Conclave Selesnya, o corpo de Rakdos permaneceu em torpor, embora ainda vivo. Mais tarde, Aurélia, a nova líder Boros, despejou o corpo de Rakdos de volta em seu poço de lava em Rix Maadi.

O destino do Culto de Rakdos após isto tornou-se incerto. Os Golgari formaram a um grupo para ajudarem à levar o corpo de Rakdos devolta até seu local de repouso, na esperança de obter vingança sobre os cultistas. Mas a maioria deles já estavam muito ocupados lutando entre si. No entanto, é possivel que o grupo ainda permaneça ativo mesmo sem a presença de um líder.
 
Depois de tudo isso, é fácil deduzir que o Conluio Simic certamente deixou de existir. Com a morte de seu líder, a destruição da sede e a morte de cada ser que foi aprimorado por citoplasmo (virtualmente todos no Conluio Simic), certamente não restou nenhum resquício da guilda. Ou assim todos pensavam.

Após a dissolução do Pacto das Guildas, Mat'selesnya entrou em uma hibernação profunda e ninguém conseguiu penetrar fundo o bastante na mente-mundo para contata-la. Parecia que a guilda Selesnya estava fadada a desaparecer completamente. Trostani conseguiu reestabelecer o elo com a parun de Selesnya e desenvolveu uma compreensão profunda de sua vontade. Através dela, o Conclave Selesnya foi reestabelecido, um renascimento da cultura e arquitetura de Selesnya ocorreu, e a guilda retornou da beira da dissolução.

O parun vampírico Szadek foi banido definitivamente para Agyrem. A guilda Dimir é considerada destruída e é omitida do novo pacto não-mágico criado por Teysa. O Conselho Fantasma ainda lidera o Sindicato Orzhov, apesar de muitos dizerem que Teysa Karlov é o verdadeiro poder por trás do Obzedat.

Há dez mil anos, as guildas baixaram armas e assinaram um tratado de paz elaborado a fim de que cada uma teria uma função para melhorar o mundo. Segundo o Pacto das Guildas, assinado por todos os líderes das guildas, cada uma das dez guildas teria uma função na sociedade. Algumas guildas, como o Conclave Selesnya e a Legião de Boros estavam contentes com sua função, mas outras, como o Sindicato Orzhov, que tentavam manipular ao máximo os estatutos do Pacto das Guildas ao seu favor. Assim, um pedaço de papel não conseguiu parar a ganância, e as guildas mantiveram uma guerra-fria pelo controle de Ravnica, e suas intrigas aumentam ante o caos da cidade grande até o contrato ser enfim desfeito.


 

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