quarta-feira, 17 de abril de 2013

Lobotomia

A lobotomia é uma incisão pequena para separar o feixe de fibras do lobo pré-frontal do resto do cérebro. Como isso provoca o desligamento na parte das emoções, pessoas agitadas se acalmam como se estivessem sob efeito de  tranquilizantes. Essa técnica cirúrgica, criada pelo neurologista português Antônio Egas Moniz, foi realizada pela primeira vez em 1935 e também lhe rendeu um Nobel, em 1949. Os resultados foram tão bons que a lobotomia começou a ser usada em vários países como uma tentativa de reduzir psicose, depressão severa ou comportamento violento em pacientes que não apresentavam melhoria se tratado com qualquer outro meio (na época, não havia muitos disponíveis). O problema é que a técnica, que deveria ser o último recurso, passou a ser usada maciçamente nos manicômios para controlar comportamentos indesejáveis, inclusive em crianças agitadas e adolescentes rebeldes. Entre os anos de 1945 e 1956, mais de 50 mil pessoas foram sujeitas a lobotomia no mundo inteiro e os efeitos colaterais eram horríveis: a pessoa virava um vegetal, sem emoções e apáticas para tudo. Com o aparecimento de drogas efetivas contra ansiedade, depressão e psicoses, em meados dos anos 50, além da evidência de seu abuso difundido e efeitos colaterais, a lobotomia foi abandonada pelos médicos.

A carta Lobotomia, originalmente lançada na série Tempestade, faz analogia a este método cirúrgico, representando a retirada da carta da mão e, consequentemente, do grimório do oponente, como uma "incisão" que tira determinada informação (a carta escolhida) de seus "pensamentos".

Um comentário: