sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Górgonas


A Górgona é uma criatura da mitologia grega, representada como um monstro feroz, de aspecto feminino, e com grandes presas. Tinha o poder de transformar todos que olhassem para ela em pedra, o que fazia que, muitas vezes, imagens suas fossem utilizadas como uma forma de amuleto.
 
Dizia-se que existiam três górgonas: Medusa, Esteno e Euríale. Como a sua mãe Ceto (uma das divindades marinhas filhas de Pontos, o titão do mar), as górgonas eram extremamente belas e seus cabelos eram invejáveis; todavia, eram desregradas e sem escrúpulos. Isso causou a irritação dos demais deuses, principalmente de Atena, a deusa da sabedoria, que admirou-se de ver que aquelas criaturas assemelhavam-se a sua própria beleza.
 
Como intuito de impedir que entidades tão parecidas com ela mesma mostrassem um comportamento maligno, tão diferente do seu, Atena deformou-lhes a aparência, determinada a diferenciar-se. Dessa forma, os belos cachos das irmãs foram transformados em ninhos de serpentes letais e violentas, que picavam suas faces. Da mesma maneira, seus belos dentes foram alterados para presas de javalis e seus pés e mãos macias se tornaram em bronze frio e pesado. Cobrindo suas peles com escamas douradas, para terminar, Atena condenou-as a transformar em pedra tudo aquilo que pudessem contemplar seus olhos. Assim, o belo olhar das górgonas se transformou em algo perigoso e fatal.
 
Mesmo monstruosa, Medusa foi assediada por Poseidon, que amava Atena mas esta negara seu sentimento. Para vingar-se, Poseidon acabou desposando Medusa. Atena sentiu-se tão ultrajada que tomou de Medusa sua imortalidade, fazendo-a a única mortal entre as górgonas. Mais tarde, Perseu, filho de Zeus, contou com a ajuda da própria Atena para encontrar Medusa e cortar a sua cabeça, com a qual realizou prodígios.
 
No Magic, as Górgonas são criaturas humanóides femininas com pele escamosa e o cabelo feito de cobras, bem como a capacidade de calcificar entidades orgânicas através do olhar. Tratam-se de um tipo raro de criatura, mas de poder comumente avassalador, estando geralmente associadas as cores Verde e Preto. Oficialmente, a primeira carta a receber o Subtipo de Criatura com a denominação Górgona foi a Górgona Mascarada. No entanto, a Medusa Infernal recebeu uma errata, tempos depois, atualizando seu Subtipo para Górgona e se tornando a mais antiga carta relacionada a esta raça.
 
Entre as mais notáveis Górgonas do Multiverso incluem uma lutadora da Liça da Cabala, em Dominária, chamada Visara, além de um quinteto que comandou o Enxame Golgari em Ravnica sob a alcunha de Irmãs da Morte Petrificante, uma poderosa feiticeira chamada Damia e até mesmo a famigerada planinauta Vraska.
 
Por fim, no bloco de Theros as górgonas passaram a ter uma figuração maior, com muitas cartas de diferentes raridas. Hitônia foi concebida pela equipe da Wizards como a "mãe górgona", enquanto a carta Górgona das Recordações seria a "filha górgona". Em outras palavras, a filha apresentaria a habilidade de destruir uma criatura quando sua Monstruosidade fosse ativada e a mãe destruiria todas as criaturas que não pertencessem à "família". No entanto, ao contrário deste poder, na história mitológica, as górgonas eram afetadas pela capacidade de petrificação uma das outras.
 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Asfódelos


A necrópole de Asfódelos, situada num extenso litoral pantanoso de Theros, é o lar dos Ressurgidos que têm uma profunda nostalgia por coisas que eles não podem mais se lembrarem. Trata-se, em sua grande parte, de uma campina vazia e sem vida, embora seus habitantes mortos-vivos mantenham um exército e uma ordem de magos para a defesa. Seus cidadãos procuram ficar sós, aventurando-se apenas quando tomados por fugas de emoção, ou quando recursos são necessários ou desejados (muitas vezes por razões esquecidas). As principais fontes de conflito desta necrópole são incursões ocasionais na cidade por seres vivos que foram convencidos por seus líderes ou pelos seus deuses de que os Ressurgidos são uma abominação e precisam ser eliminados. Asfódelos é simbolicamente alinhada com os pensamentos de Érebo, de maneira que seus moradores aceitam seus destinos.
 
Uma curiosidade interessante é que na mitologia grega existe um local no reino de Hades chamado Campo de Asfódelos. Neste lugar ficam todas as almas esperando o seu julgamento, que resulta ou nos Campos de Punição ou o Elísio depende do comportamento durante a vida. Da mesma forma, é neste local que ficavam as almas que não foram más mas também não foram boas. Costuma ser representa como um prado de cor fúnebre e amarelada.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cérbero do Submundo


Oriundos do Submundo de Theros, os cérberos são criaturas que possuem pelo menos um metro e meio de altura até o ombro, além de que também possuem duas ou três cabeças. Os cérberos têm patas como pedras semi-derretidas e eles deixam trilhas queimadas e esfumaçadas quando andam. Como resultado, a terra que fica na margem do primeiro dos Rios que Contornam o Mundo é um terreno baldio enegrecido, ardente e que possui centenas de metros de largura. A natureza e as origens do cérberos são desconhecidas. Eles não são criações dos deuses e eles são temidos tanto pelos vivos quanto pelos mortos. Por causa de sua fome ilimitada por carne, especialmente a de humanóides, cérberos podem ser atraídos para longe da margem do rio que permeia o Submundo.

Na mitologia grega, Cérbero era um monstruoso cão de múltiplas cabeças que guardava a entrada do reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Ele era filho de Tífon e Equídina, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão da Nemeia e a Esfinge.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Oreskos


Oreskos é o domínio central dos leoninos e encontra-se em um vale de rio rochoso em uma região remota do Theros. Aqui pode ser vista a antiga influência humana, quando os leoninos foram governados por Meletis. Em Oreskos, um resquício da cultura humana permanece desde o tempo da opressão de Agnomakhos, mas os leoninos estão lentamente voltando à sua natureza original, abandonando a ideologia e a cultura que lhes têm sido impostas durante toda a sua história.
 
Por outro lado, Tethmos é o principal covil dos leoninos, no alto das montanhas. Leoninos em Tethmos treinam sem parar e estão constantemente preparados. Eles se preparam tanto para combates contra os acroanos invasores, bem como para o medo culturalmente arraigado de que o meletianos vão tentar escravizá-los novamente.

O rei leonino é um guerreiro e um líder espiritual para o seu povo. Cada rei é considerado como uma manifestação de vontade da natureza. Brimaz é um guerreiro capacitado e um líder inspirador, mas tem dúvidas pessoais sobre o isolacionismo da cultura dos leoninos.

Além das fronteiras da Ácros encontram-se as tocas dos leoninos. Eles estão espalhados por todo o cerrado rochosos e montanhas baixas, longe das cidades humanas de Theros. Os leoninos não gostam de se misturar, portanto interagem com outras raças apenas quando necessário, como por exemplo para o comércio e, ocasionalmente, para incursões.

Houve um tempo, séculos atrás, em que os leoninos adoravam os mesmos deuses que os seus parentes humanóides. Mas depois da era do arconte tirânico Agnomakhos, os leoninos rejeitaram todas as formas humanas em uma reação amarga que definiu seu papel em Theros desde então. A maioria reverencia a caça e o orgulho puramente, embora de acordo com o cronista Lanathos, alguns leoninos ainda fazem oferendas para Heliode e Niléia.
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Slobad


Slobad foi um goblin nativo de Mirrodin com uma incomum afinidade por artefatos e mais estranha ainda forma de falar, além de ser reconhecido como um dos heróis da Aurora Metálica.
 
A vida dele nunca foi um grande exemplo de felicidade, nem mesmo o dia em que nasceu. Infelizmente para o pobres goblin, o seu nascimento coincidiu com o zênite do Olho da Destruição, um tabu que significava a morte para cada goblin com o azar de nascer sob aquela data. No entanto, a mãe de Slobad não seguiu a tradição e, em vez disso, escondeu o filho nas aquedutos ao invés de jogá-lo na Grande Fornalha. Levou algum tempo, mas eventualmente o bebê foi encontrado por outro goblin chamado Dwugget. Ele era o chefe de um grupo de párias conhecido como Culto de Krark e se comoveu com o pequeno goblin abandonado, levando-o consigo e o criando como seu filho.
 
Entretanto, mesmo fazendo parte do Culto e vivendo entre outros goblins, Slobad não se sentia realmente integrado. Por isso, um dia ele partiu e passou a vagar por Mirrodin, sobrevivendo como podia. Tudo correu bem até ele ser capturado por um leonino que o transformou em seu servo. Porém, por incrível que pareça, o goblin conseguiu criar uma ligação com o jovem líder Raksha e procurou ajudar o novo amigo das melhores maneiras que conseguia. Ainda assim, Slobad era um escravo e submetido a muitas regras. Por isso, quando ocorreu uma falha catastrófica com uma de suas invenções mecanizadas, Slobad decidiu que era melhor fugir antes que qualquer punição pudesse acontecer. E nesse dia ele partiu.
 
Novamente sozinho, Slobad retornou para sua vida nômade até encontrar uma caverna confortável no sopé das Montanhas de Oxida, na qual haviam máquinas entulhadas que mais tarde ele descobrou se tratarem dos niveladores de Memnarca. De qualquer forma, arrumando o local certamente parecia um ótimo recanto para se instlar.
 
Slobad é muito inteligente até para os padrões de um ser humano. Sua perícia como artífice é espantosa. Ele é sério e compenetrado, diferente dos outros Goblins. E nada covarde. Até meio amargurado, pois, por ser muito inteligente, não era compreendido por outras de sua raça, sendo expulso da tribo, e por ser um goblin, não era também compreendido por qualquer outra raça em Mirrodin. Nada mais natural ele acabar preferindo as máquinas aos homens. Sendo assim, seu conhecimento era vastíssimo no assunto e seria de grande utilidade para o Guardião.

O goblin foi capturado e torturado horrivelmente, seus membros foram amputados e ele foi preso na derradeira máquina de Memnarca. Assim, subjulgado pelo poder do Guardião, foi-lhe dada a tarefa de transformar a própria estrutura de todo o plano em uma enorme máquina de transferência de centelha de planinauta. A fonte de alimentação daquele aparato, como teria que ser potente o suficiente para realizar tamanha tarefa, seria a alma cada um dos habitantes de Mirrodin. Dessa forma, a mente de Slobad foi interligada a uma infinidade de minúsculos memnitos para que atuassem como suas mãos enquanto ele construía aquele ambicioso dispositivo.

Então, por cinco anos, Memnarca hibernou enquanto o sedado Slobad trabalhava na construção da poderosa máquina que iria transferir a centelha planinauta de sua amiga Glissa para o Guardião.

Porém, algo deu errado durante a luta entre o Memnarca e Glissa, de forma que Slobad livrou-se do controle mental estabelecido pelo Memnara. Ciente novamente da situação ao seu redor, o goblin usou seus novos poderes para ajudar a amiga elfa, tentando desmontar Kaldra. Mas nem suas perícias de artífice foram capazes de tal feito. Restava apenas a possibilidade de fugirem.
 
Cego pela raiva, o soberano de Mirrodin lutou uma batalha final contra Glissa no topo do cauterizante Núcleo de Mana e foi derrotado. Em fúria, Glissa atirou-se de encontro ao Guardião, fazendo com que ambos se chocassem e conseqüentemente despencassem para a morte certa. Para surpresa de Slobad, a centelha de Glissa foi acidentalmente transferida para seu corpo maltratado pela poderosa máquina de transferência. No entanto, ao receber a centelha seu corpo foi restaurado à perfeição depois de tantos anos e ele então se viu com os poderes semi-divinos que o Memnarca tanto tinha almejado obter.
 
Karn retornou e destruiu o corpo do Memnarca, devolvendo-o para sua forma original: o Mirari. O criador de Argentum destinou-se a restabelecer a ordem para o seu mundo. Não obstante, logo Slobad ficou cara a cara com o Karn, o criador de Mirrodin. O Golem de Prata se ofereceu para fazer do goblin seu aprendiz. Porém, sabendo que Glissa havia morrido para impedir o Memnarca, Slobad estava triste por ter perdido sua amiga e não acreditava que houvesse nenhum sentido em seguir vivo nem tampouco com um ofício tão glorioso. Em vez disso, o goblin sacrificou-se a centelha de planinauta que estava em seu corpo de forma que irradiasse poder suficiente para ressuscitar todos os habitantes de Mirrodin que haviam falecido em detrimento das ações do Memnarca e enviá-las de volta para seus mundos natais.

Os mirranianos remanescentes tiveram de lidar com o desaparecimento de seus ascendentes mais antigos. Poucos tinham alguma idéia do que havia acontecido em seu mundo — sabiam apenas que seus avós, anciãos e líderes haviam desaparecido. Quando Glissa e seu aliado goblin Slobad voltaram à superfície, foram atacados por hordas de pequenas máquinas em pânico. Slobad não sobreviveu ao ataque e Glissa retornou ao submundo, onde os minúsculos contructos que ainda sacolejavam por lá a mantiveram adormecida por um longo período.
 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Seguidores de Kiora


Cada mar é diferente, mas todos eles são conectados. Oh, havia as variações habituais: Temperatura; Salinidade; Pressão. Ela sabia daquilo, assim como qualquer tritões, por instinto. Um oceanógrafo pode passar a vida aprendendo a medir o que um tritão sabe desde a infância.
 
Mas havia outras coisas que nem sequer haviam palavras para descrever. Outras sensações que pintaram a visão dela do mundo. Apreço foi a palavra mais próxima, embora não fosse próxima o suficiente. Esta água, aqui, neste mundo, fluindo sobre suas guelras... possui um gosto diferente do que em qualquer outro lugar, em qualquer mundo.
 
Embora em nenhum lugar seja como o nosso lar, ela julgou que este plano era bastante agradável. O mar estava quente, a mana era rico e a vida selvagem era abundante, mesmo que fosse um pouco... diminuta. Um dos moradores tinha mostrado a ela como os marrecos aqui mergulhavam direto do céu para o mar e vice-versa, eloquentemente demonstrando sua mestria em mover-se entre reinos.

Ela não disse nada. Parecia educado. Em qualquer caso, ele claramente não poderia ajudá-la.

Zendikar.
 
Lar.
 
Ela desejava voltar para seu próprio mundo, com seu temperamento selvagem e rabugento. A maioria dos mundos eram como baleias - elegantes, pacíficos e sem presas. Zendikar, no entanto, era um tubarão.
 
Mas ela não podia voltar para Zendikar. Ainda não. Não sem uma arma para lutar contra as monstruosidades chamadas Eldrazi. E, por isso, ela estava decidida a continuar sua busca.
 
Andar pelos planos, é como eles chamam o poder dos planinautas.
 
Kiora não nasceu para andar, mas sim para nadar.

Ela aprofundou-se, em trevas e frio. Ajudou seu foco, a fim de deixar um mundo para trás e encontrar outro. Ela reuniu o mana lânguido das profundezas e empurrou contra as paredes do mundo.

Era arriscado aventurar-se nas Eternidades Cegas sem destino em mente. Mas o mar ajudou. O mar a guiou. Ela caiu no vazio e nadou, de um oceano para  outro.

O universo fragmentou-se em torno dela, fazendo-a cair através de um infindável vazio. Era como estar muito abaixo do mar, nos locais mais profundos. A pressão era enorme e todos os seus sentidos estavam inutilizados. Tudo o que restava era a vaga sensação de movimento, e de coisas, mundos, imensos e inimagináveis, flutuando silenciosamente através deste mar que não era um mar.
 
Subitamente, algo se destacou. Luz, som e movimento. Água. OutrO oceano. Kiora nadou em direção a um novo mundo.

Água morna e sal fluíam através de suas brânquias, sem vestígio de nenhum tipo de contaminação artificial. Havia um cheiro de enxofre, vulcanismo, seja em terra ou para baixo, nas profundezas. Um mundo ativo. O sol brilhava através de uma centena de metros de uma clareza cristalina e fortes correntes a empurravam em sua direção.

Acima dela, foi possível sentir o bater desajeitado de remos e o ranger de madeira. Aqui, como na maioria dos lugares, os habitantes terrestres usam suas pequenas embarcações e rastejam sobre a pele superficial do grande oceano enquanto temem seus mistérios. Ela olhou para a pequena casca de um barco, um pontinho distante que desenhava um caminho deselegante através do mar. Um piscar de olhos. Isso era tudo o que aquilo merecia.

Em um barco como aquele, eles não estariam muito longe da costa e, de fato, em uma nebulosidade distante, ela pôde distinguir penhascos subindo em direção à superfície.

Kiora nadou em direção oposta, saboreando este novo lugar, sentindo o seu mana. Ao longe, um pouco da vida selvagem local brincava saltando com uma curios sincronia que lembrava algum tipo de dança. Tratavam-se de algum tipo de peixe-cavalos, que possuiam duas patas dianteiras e cauda longa escamada. Ela tinha ouvido falar de tais animais, bem como já ouvira que tritões eram capazes de montá-los, mas ela nunca tinha visto nenhum. Bem, agora que ela poderia dizer que não apenas sabia o que era, como também tinha visto um Hipocampo. No entanto, eles não lhe interessavam.

Ela dirigiu-se cada vez mais para o fundo do oceano, procurando algum traço dos grandes seres que costumam habitavar os lugares mais profundos em quase todos mundos. Porém, não havia nada exceto uma vasta escuridão. Kiora enviou um pulso de mana, chamando-os, mas não ouviu resposta.

Não havia tempo para isso. A planinauta começou a reunir mana. Ela esta tentando chamar a atenção de grandes criaturas e sua experiência lhe ensinou que para isso as vezes é necessário uma grande magia.

Ela flutuou, de olhos fechados, cada músculo e osso estendido com o esforço. Muito abaixo dela, em uma profundidade onde o sol não alcança, a água começou a se mover. Correntes imensas de água formavam-se ao redor do corpo dela, à medida que se dirigia para a superfície. Depois de um longo tempo nadando e arraastando um enorme afloramento de água atrás de si própria, ela tinha certeza que os titãs das profundezas aquáticas sairiam de seus esconderijos para investigarem.

A torrente de água passou por ela, envolvendo-a, ganhando velocidade como um trovão em direção à superfície. Estava frio, terrivelmente frio, e havia uma sensação de estranheza. Sentia-se livre mesmo que por um breve momento, saboreando a sensação de estar no oceano e contemplando toda sua vastidão, na qual grandes volumes de água e escuridão davam lugar à vida e ao mana que espreitava desapercebidos.

A torre de água formou-se sobre a superfície, formando uma onda enorme. Kiora veio à tona, piscando enquanto seus olhos se ajustavam a luz do sol e ao ar externo. Ela assistiu, ao longe, o barco que havia avistado anteriormente, rolando por debaixo da onda e seus marinheiros se agarrando ao mastro e grades de proteção. A planinauta mergulhou e ficou escutando. Ela não podia ver a onda atingindo a costa que ela havia vislumbrado antes, mas ela pôde ouvir. O oceano soou como um sino.
 
Kiora esperou, ouviu e assistiu.

Ondas rebentavam. Golfinhos saltavam. A superfície da água logo retornou ao normal, exatamente como estava quando ela chegara.

O mar é antigo, mas tem uma memória curta.
 
Nada mais se ouvia nas profundezas, nem mesmo havia qualquer movimento. Tudo estava completamente calmo novamente. Ela sabia que eles estavam lá embaixo. Onde estariam? A planinauta precisava de mais informações e certamente não seria na superfície que ela as obteria.
 
Mais foco. Mais mana. Uma colossal forma escura tomou forma sob ela. Era um leviatã, oriundo de outro plano. Kiora estava convocando a criatura, arrastando-a para este mundo. Tratava-se de uma magia muito poderosa, o corpo de Kiora estava no limite, mas ela não estava com disposição para esperar.
 
O leviatã ergue-se debaixo dela, rompendo o oceano e exibindo-se parcialmente fora da água. Ela ria contemplando o sucesso de seu feito. A criatura mergulhava por um breve momento e depois tornava a se lançar acima do limite aquático, como se quisesse exibir sua imensidão assustadora de suas presas.

Enquanto a planinauta e seu companheiro titânico contemplavam um ao outro, um grupo de cabeças emergiram nas proximidades. Kioras notou a presença deles e soube que eram habitantes locais, talvez até estivessem aptos a conferirem algumas respostas que ela ansiava. Assim, ela enviou o leviatã até um recanto seguro nas profundezas e voltou sua atenção para os tritões nativos. Embora ela própria também fosse uma tritã, estes outros tinham uma aparência um pouco diferente, principalmente com relação a crista que havia em suas cabeças. Era perceptível que eles a observavam cheios de medo e pavor, mas ao mesmo tempo com uma grande curiosidade no olhar.

"Onde estou?" , perguntou ela.

Os nativos trocaram olhares e um deles nadou para a frente com a intenção de responder.

"Perto de Melétis, a pólis humana", disse ele .

Inútil. O olhar dela certamente tornou agressivo, mas ela esperou.

"No Mar Sirênico", disse ele.

Ela franziu a testa e fez um gesto apontado para o todo (mar, terra e céu).
 
 "Onde estou?", ela perguntou de novo.

Os olhos do orador se arregalaram, e seus companheiros murmuravam entre si. Ela entendeu apenas as palavras Nyx e Tassa, além de algo sobre o Silêncio.
 
"Você está em Theros", disse ele. "Você está no mundo dos mortais."
 
Ela sorriu, mas não disse nada, deixando que eles conversassem entre si. Havia algo estranho sobre este mundo e Kiora não estava disposta a deixar transparecer que ela não sabia o que poderia ser.

"... Tassa retornou!"

"... Mas não tem a marca de Nyx, como ela poderia ser ..."

"Tolo! Uma deusa pode aparecer como quiser..."

Deusa? Agora Kiora estava ficando mais interessada.
"Chega", disse ela. "Você tem perguntas?"

O orador considerou suas palavras. Ele não era um idiota afinal de contas e Kiora gostou disso.

"Quem é você?", perguntou ele.

"Você realmente duvida de mim?"

"Claro que não", alegou ele, "Nós, tritões sempre estivemos a seu serviço, mas..."

"Isso soa como dúvida", disse ela.

"Como é que você ousa desafiar o Silêncio, minha senhora?"
 
"O Silêncio?"
 
"Quando Crufix falou e os deuses se retiraram para Nyx...", ele narrou, "Nós entitulamos a sua ausência como O Silêncio. Nossas orações se tornaram sem respostas. O céu ficou cheio de escuridão e as estrelas tornaram-se imóveis. Estamos com medo desde então."
 
Parecia que havia muito sobre este mundo que ela não entendia. Talvez mais tarde ela poderia encontrar um ser humano e compará-los com os tritões para descobrir se tudo não passava de uma apenas uma cultura complicada. Mas por enquanto...

"Eu me movo com as correntezas", disse ela. "O Silêncio não me comanda."
 
"Fomos levados a acreditar que é obrigatório para todos os deuses", disse o orador.

"Foi o crime de um ser humano que trouxe o Silêncio", interroompeu  um dos outros tritões. "A Campeã do Sol matou a Hidra, que era uma das protegidas de Niléia. No entantto, por que isso importaria para Tassa? Ou para nós? Por que devemos sobre pelos erros dos povos da surperfície?"
Kiora sorriu.

"Realmente, por que?"

Ela silenciosamente comandou o leviatã para que ficasse novamente abaixo dela, próximo da água que tocava seus pés.

"Você", disse ela, apontando para o orador. "Junte-se a mim."

Kiora estendeu a mão e o tritão a tomou, embora receoso, mas dando um passo em direção sobre o longo focinho do leviatã. A planinauta era mais baixa do que aquele tritão e, embora tivesse uma aparência diferente, ela o considerava bonito de uma forma exótica. O leviatão ergueu-se acima do mar novamente, ganhando os céus muitos metros acima das ondas e dos outros tritões. Assim, os dois sobre seu focinho poderiam conversar em particular.

"Qual o seu nome?"

"Kalemnos, minha senhora."

"E você acredita que eu sou Tassa?"

"... Não," ele disse engolindo em seco. "Eu não acho que Tassa desafiaria descaradamente o mais velho dos deuses."

"Bom", disse ela. "Então, quem você acha que eu sou?"

"Eu acredito que você possa ser uma de suas emissárias, enviada para nos guiar, enquanto ela está ausente. "

"E quando ela voltar?"

"Suponho que nesse momento descobriremos quem você realmente é", disse ele.

Ela sorriu.

"Eu gosto de você", disse ela. "Além disso, também tenho um monstro do mar. Quer me ajudar?"

Ele olhou para os tritões lá embaixo. As mandíbulas do leviatã poderiam facilmente se fechar em torno de todos eles ao mesmo tempo.

"Eu não poderia imaginar nada melhor", disse ele.

"Ótimo", ela respondeu. "Agora então me diga onde as mais poderosas crianças de Tassa? Eu as chamei, mas nenhuma respondeu. Onde estão?"

"O mar é vasto e até mesmo os tritões não conhecem seus limites", disse Kalemnos. "Os krakens apenas aparecem quando querem ou quando Tassa assim lhes ordena."

"Então, considere esta uma busca em nome de Tassa", disse Kiora. "Se ela não está aqui para sondar as profundezas, você deve explorá-las por si mesmo. Segure-se em algum lugar e vamos lá!"

Kalemnos agarrou uma das barbatanas do leviatã.

"Sigam-me!", ela gritou para os tritões à medida que a criatura colossal submergia lentamente para retornar às profundezas do oceano de Theros. Eles desapareceram na água e nadaram atrás dela, montandos na cauda do leviatã.

Kiora voltou-se para Kalemnos, que estava agarrado com força em uma barbata facial, tentando não transparecer todo o temor que estava sentindo.
 
"Agora, conte-me mais sobre esses krakens".

Kalemnos começou a falar sobre as criaturas que poderiam devastar a terra e o mar, pois eram monstros tão terríveis que aparentemente só os deuses podiam controlar (ou pelo menos tentar).

A planinauta sorriu.
 
Kiora deitou-se sobre a cabeça do leviatã, exausta por conta de sua conjuração , mas seu orgulho a impedia de demonstrar seu cansaço. O sol aquece a pele, enquanto o mar a umidece. Ela ficou em silêncio, apenas apreciando a cadência da voz de Kalemnos e o poder prometido por seus contos. O leviatã nadou com movimentos firmes, longe da costa, em direção ao mar aberto e todos os segredos que detinha.

Eles estariam lá, apenas esperando ser tomados. Tudo que ela tinha que fazer era encontrá-los.

  

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Efara


Efara é a deusa da civilização e das construções, de forma que representa e preside qualquer estado organizado de pessoas. Ela é adorada, em especial, na suntuosa Meletis, onde suas atribuições ramificam-se em diversas áreas do conhecimento, tais como a filosofia, o progresso social, a indústria, a arquitetura e a economia.
 
Cultuar Efara é algo amplamente comum entre os habitantes de qualquer grande cidade, pois acredita-se que sua presença mantém afastados os seres selvagens que vivem do lado de fora das muralhas. Provavelmente é este tipo de crença que faz com que sempre que um edifício ou muro é erguido, alguma representação do rosto de Efara é quase sempre esculpido nele.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Mogis


Mogis é o deus da ira e da dor em Theros. Seu semblante lembra um magnífico minotauro de porte físico intimidador e seu temperamento é amplamente conhecido como rancoroso e raivoso.
 
Não obstante, Mogis é irmão gêmeo do deus Iroas, patrona de Ácros. Ambos governam o domínio da guerra, embora Mogis esteja associado a violência opressora e a fúria da força bruta e já Iroas represente a coragem e a glória dos combates honrados.
 
Dizem que Mogis deleita-se com prazeres doentios oriundos dos adversários fracos, incluindo uma gama de atribuições bastante peculiar que seus seguidores admiram, tais como a vingança, a dominação, o sadismo, os despojos de guerra e até mesmo o canibalismo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Fenax


Fenax é o deus ligado a todo o tipo de elementos de sorte e azar no mundo de Theros, sendo comumente creditado como guardião dos trapaceiros e dos mentirosos. Entre as esferas de crença que seus adorares clamam por seu auxílio encontram-se a falsidade, a traição, os jogos, os segredos, o logro e as táticas escusas. No entanto, ele não é efetivamente um deus dos criminosos. Afinal, embora seja parte do seu caráter a habilidade de subverter as regras, ele glorifica o uso de estratagemas que corrompem as regras e não os crimes em si.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Carametra


Carametra é a deusa da colheita, do lar e da proteção do mundo de Theros. Trata-se de uma deusa tranqüila e sábia, que valoriza a comunidade, a estabilidade e o equilíbrio da natureza. Dessa forma, ela é fortemente associada com a pólis de Setessa, onde se concentra a maior quantidade de adoradores desta divindade.
 
Entre outras atribuições, Carametra é reconhecida por diversos acólitos como a deusa da maternidade, da família, dos órfãos, da domesticação e da agricultura. No entanto, embora esteja ligada a tantos elementos que rementem à serenidade, ela não é considerada pacífica, uma vez que também é cultuada em nome da proteção, então é comum ver seus adoradores pronunciando seu nome para auxiliar na defesa do lar e do território onde entes queridos residem.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Comemorando Quatro Anos


Neste dia 11/02, o blog MTG Vortex completa 4 anos de existência desde sua Inauguração. Resolvi abrir uma exceção entre as postagens habituais sobre as informações e backgrounds do Magic para agradecer a todos os leitores e seguidores deste projeto. Fico imensamente feliz por saber que muitas pessoas também curtem as histórias e demais materias sobre o jogo! Quando tiverem sugestões ou reclamações, deixem comentários ou entrem em contato, pois serão sempre bem-vindos!

Em comemoração dos 4 anos desde a inauguração deste blog, gostaria de anunciar que nos próximos dias haverá uma pequena reformulação nos menus para facilitar a navegação pelas postagens, bem como novos itens para assinalar atualizações de postagens mais antigas. Espero que, assim, todos se beneficiem com a praticidade de localizar os textos sem precisar recorrer a uma pesquisa aprofundada no material do MTG Vortex. Da mesma maneira, também estou terminando de revisar todas as postagens mais antigas e incorporando novas informações conforme foram obtidas.
 
Vale lembrar que a proposta do material contido neste blog não faz referência a nenhum tipo de torneio nem tampouco visa promover dados sobre decks e suas respectivas funcionalidades em termos de jogabilidade. Nunca foi o intuito escrever sobre isso, pois já existem centenas de fontes onde qualquer um pode pesquisar a respeito desse tipo de informação. Pelo contrário, aqui será encontrada apenas leitura e diversão, em seu conceito mais puro e simples, para quem apreciar a história por detrás das cartas de Magic
 
Além disso, também ressalto que o número crescente de plagiadores realmente é algo curioso. Todo o material que é postado aqui foi devidamente escrito, adaptado ou traduzido por mim de fontes oficiais diversas (site oficial da Wizards, Wikipédia, livros, HQs, manuais antigos, etc). Vejo um grande número de pessoas divulgando o blog em diversos sites e eu realmente fico contente com isso. Porém, copiar os textos descaradamente mudando o autor é digno de pena. De qualquer forma, como intuito sempre foi apenas ajudar outros fãs de Magic para que possam obter tais informações, mesmo dessa forma excusa, pelo menos é possível afirmar que tal objetivo de expandir a diversão foi atingido.
 
Agradeço todos os visitantes e espero que tenham ótimas leituras!
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Xenagos


Não mais satisfeito em viajar pelos planos do Multiverso em busca de prazeres orgiásticos, Xenagos voltou para sua casa com uma ambição sem precedentes: tornar-se o deus dos festins. Em sua busca para alcançar a divindade, o planinauta sátiro começou uma série de rituais místicos, que tiveram um efeito colateral inesperado: a indefinição das fronteiras entre o reino dos deuses e existência cotidiana. Criaturas que costumavam exclusivamente habitar Nyx agora são avistadas também no mundo mortal. Tais seres, oriundos do domínio estrelado dos deuses, são conhecidos como o Nyxnatos.
 
O panteão estava ignorante ao plano de Xenagos para ascender como a divindade, mas reconhecia que algo estava errado. À medida que mais nyxnatos apareceram no reino mortal, os deuses culparam uns aos outros pelo caos e, devido a esta raiva, eles enviaram ferozes entidades contra os mortais.
 
Agora que os deuses conheceram a verdade, que um mortal lançou-se em Nyx e forçou a sua entrada no panteão, eles estão com medo. Pela primeira vez, os deuses foram forçados a confrontar sua própria natureza, mas não como os criadores do mundo, e sim como eles próprios sendo criações deste mundo. Os deuses não se atrevem a deixar os seus adoradores reconhecer esta verdade, por medo de que seu domínio tenha chegado ao fim.
 
No entanto, o paradoxo da divindade é que um deus não pode destruir ou criar outro deus. Embora eles desprezem a intrusão de Xenagos, o resto do panteão não pode expulsá-lo do seu meio. Nem mesmo pode um ser nascido de Theros encontrar ou atingir uma divindade.
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Brimaz


Brimaz é o rei do povo leonino de Theros. Trata-se de um guerreiro e um líder espiritual para o seu povo, pois entre os leoninos existe a cultura de que cada rei é considerado uma manifestação de vontade da natureza. Ou seja, ele é visto como aquele que é mais capacido para inspirar o restante de seus companheiros. O rei possui uma habilidade nata para o combate, assim como um grande conhecimento acerca de táticas de guerra, no entanto em seus pensamentos ecoam dúvidas a respeito do isolacionismo da cultura dos leoninos após a quera do Império dos Arcontes.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quimeras


Quimera é uma figura mística caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas, sendo, portanto, uma fera ou besta mitológica.
 
Embora as lendas originalmente se percam sobre a origem da Quimera mitológica, a versão mais difundida é de que se tratava de um monstro originado pela união entre uma criatura chamada Equidna (metade mulher, metade serpente) e o titã Tifão. No entanto, outras lendas citam a Quimera como sendo uma prole da hidra de Lerna e do leão da Neméia, que foram ambos mortos por Hércules. Criada pelo rei da Cária, ela mais tarde assolaria este e outros reinos bafejando fogo incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.
 
Por um longo tempo Quimera era um tipo de criatura artefato exclusivo da série Visões. O motivo é que embora tivesse origem mitológica, a denominação "quimera" foi mais também utilizada por alquimistas para denominar um tipo de ser criado artificialmente a partir da fusão entre dois seres vivos. Dessa forma, as quimeras de Visões foram concebidos para evocar uma sensação de criaturas mecanóide que pudesse combinar um com o outro para fazer um único grande monstro. Quimera Garras de Bronze, Coração de Ferro, Ventre de Chumbo e Asas de Estanho formaram um ciclo de quatro de criaturas artefato 2/2 cuja habilidade consistia em se sacrificar para conceder para qualquer quimera um marcador +2/+2 e uma capacidade adicional de combate.
 
A partir do bloco Theros, no entanto, as quimeras foram reapresentadas como um tipo de criatura não-artefato. Neste plano, as quimeras são o produto de ambiciosas magias da fusão de essências de três, quatro ou até mesmo cinco criaturas para criar uma besta nova e perigosa. A maioria destas monstruosidades voam, cospem fogo, possuem um olhar mortal, ou até mesmo possuem uma mordida venenosa.
 
Alguns acreditam que eles são o produto da loucura de Queranos, que ele "inspirou" um mago através de um raio que lançou diretamente em sua cabeça, deixando a mente daquele mago danificada e, ao mesmo tempo, apaixonada. É comum entre a população de Theros dizer que alguém vr uma Quimera Costeira no céu é presságio de boa sorte (embora outra parte do ditado diga que o motivo dessa "sorte" é porque ver uma mais de perto é presságio de desmembramento).
 
Outros acreditam que os segredos para a criação de quimeras vêm de uma cidade, há muito esquecida, onde a magia era exercida de forma imprudente. De qualquer forma, enquanto trabalham enfurnados em seus laboratórios e bibliotecas ocultas, os taumaturgos permanecem em silêncio perto das Quimeras Enfeitiçadas para evitar que suas palavras conjurem feras ainda mais estranhas.